Quarta-feira 24 de Novembro de 3706

Portugal ficou à porta do Paraíso do Mundial de Futebol feminino

FPF-MundialFeminino-01-08-2023

FPF

No que foi o melhor jogo da seleção portuguesa no Mundial de Futebol feminino, na Nova Zelândia, faltou apenas um golo para que a equipa nacional pudesse ter passado aos oitavos-de-final, dando mostras do que seria efetivo caso tudo acontecesse normalmente.

Como o técnico da equipa norte-americana referiu antes da partida, Portugal seria um perigo iminente, pelo que escolheu as estratégias que pudessem ter efeito para controlar o jogo, entrando em campo com um espírito menos pesado do que as portuguesas, que só seriam apurados se vencem-se o bicampeão mundial das duas últimas edições.

Mais soltas, a passarem bem a bola de umas para outras e com maior pressão, os EUA aguentaram a maior fogosidade da formação lusa, que só surgiu a criar perigo aos 9’, quando Andreia Norton surgiu isolada, a passe de cabeça, e rematou forte, mas por cima da barra, no que foi o primeiro momento de perigo na partida.

Assentando arrais na zona do meio-campo norte-americano, Portugal voltou a criar perigo (16’) quando Jéssica Silva se voltou a isolar, face a uma maior velocidade do que as defensoras, desta vez para chutar fraco e ao lado da baliza.

Os EUA voltaram à carga e (27’), a atacante foi até à linha de cabeceira para centrar para a baliza portuguesa, com a guardiã lusa a, instintivamente, defender para a frente, mas a bola a ser aliviada pela linha final, dando origem a um canto, que não teve resultados práticos.

Na resposta, as portuguesas voltaram à carga, com a bola a ser jogada pela direita do ataque, dando origem a um centro que a defesa norte-americana resolveu.

À passagem da meia hora (31’), as norte-americanas voltaram a pressionar, mas sem nexo, numa altura em que Portugal tinha a posse de bola dominada, ainda que sem golos, tendo surgido (40’) um remate de Kika que passou por cima da barra.

Com o Estádio Eden (que não foi paraíso nenhum) Park Outeroval quase cheio (40.000 espectadores), o segundo tempo iniciou-se com uma pressão maior das norte-americanas, na procura do golo da vantagem, só que terão sido surpreendidas por um “realinhamento” da formação lusa, que passou a jogar mais bonito, ainda que sem acutilância atacante, porquanto os remates não surgiram como se poderia esperar.

O encontro tomou um “cariz de final de campeonato”, com os EUA a continuarem a avançar, ainda que sem a força de “tração” inicial, numa altura em que o “outsider” (Portugal) se mexeu de forma diferente, mas falhando no terço final, porquanto não houve remates para a baliza.

Com as substituições feitas, a formação lusa empolgou-se, avançou no terreno, com maior segurança, com o objetivo de chegar ao triunfo, a única coisa que interessava, porquanto no outro encontro a Holanda goleava (7-0) as raparigas do Vietname.

No período (8 minutos de compensação), os EUA criaram (90+1’) nova oportunidade para golo mas não concretizada, o mesmo sucedendo a Portugal, no mesmo minuto, quando Ana Capeta surgiu isolada frente à guardião americana e rematou forte mas ao poste esquerdo da baliza, no que foi a oportunidade derradeira, concluindo-se o jogo com um empate, favorável aos EUA, que seguiu para os oitavos-de-final.

De igual para igual, Portugal bateu-se bem frente às campeãs mundiais em título, no que foi o melhor jogo da seleção portuguesa nesta fase do Mundial, ainda que conseguisse o apuramento.

Daí que o “cerne da questão” tivesse estado na partida inicial, frente às holandesas, onde o ataque português não atuou da forna adequada.

Os EUA remataram mais, fizeram mais remates para a baliza mas a posse de bola foi de Portugal (57/43%)

Francisco Neto, selecionador nacional, lamentou o empate da Seleção Nacional frente aos Estados Unidos (0-0) no Mundial Feminino, que ditou a eliminação da equipa das quinas na fase de grupos, mas fez questão de elogiar a exibição da Seleção:

“Está fora do Mundial a equipa que não merecia. Acho que fizemos um jogo enorme, dos melhores dos últimos anos. Fomos coletivos, não tivemos medo de ninguém, fizemos aquilo que tínhamos de fazer. Fomos muito competitivos. Eu, enquanto treinador, e todos os portugueses, só tenho de estar orgulhoso destas jogadoras”.

“Foi a melhor versão de Portugal, mais coletiva. As jogadoras foram brilhantes, interpretaram à risca aquilo que era a nossa estratégia. Tivemos as nossas oportunidades e, para mim, as melhores do jogo. Não as conseguimos concretizar. Vamos embora, mas de cabeça erguida”, insistiu..

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Neto admite sabor amargo pela eliminação, mas acima de tudo um enorme orgulho: ”Neste momento, é sempre amargo. Amanhã, será orgulho. Lá dentro, disse-lhes que têm de estar orgulhosas daquilo que fizeram. São incríveis. Muitas delas, com um passado de Seleção muito grande, de muita luta. Se o objetivo era criar referências, vamos criá-las. Acho que toda a gente que está envolvida no futebol feminino tem de estar orgulhosa. Os clubes de onde vêm, as associações, a FPF, as colegas e as equipas técnicas delas. Foram tremendas. Só temos palavras de agradecimento para elas”.

“Para nós, enquanto equipa técnica, sim. Claro que há sempre coisas a melhorar, claro que queremos sempre mais em todos os jogos, mas não nos podemos esquecer de quem estava do outro lado. Dissemos, antes de vir para cá, que o grande objetivo era sermos competitivos e competir. Foi um Portugal incrível durante todos os minutos que se jogaram no Mundial”

Uma oportunidade única que foi perdida.

Francisco Neto, selecionador nacional, lamentou o empate da Seleção Nacional frente aos Estados Unidos (0-0) no Mundial Feminino, que ditou a eliminação da equipa das quinas na fase de grupos, mas fez questão de elogiar a exibição da Seleção, afirmando que “está fora do Mundial a equipa que não merecia. Acho que fizemos um jogo enorme, dos melhores dos últimos anos. Fomos coletivos, não tivemos medo de ninguém, fizemos aquilo que tínhamos de fazer. Fomos muito competitivos. Eu, enquanto treinador, e todos os portugueses, só tenho de estar orgulhoso destas jogadoras”.

Insistiu ainda “foi a melhor versão de Portugal, mais coletiva. As jogadoras foram brilhantes, interpretaram à risca aquilo que era a nossa estratégia. Tivemos as nossas oportunidades e, para mim, as melhores do jogo. Não as conseguimos concretizar. Vamos embora, mas de cabeça erguida”.

Neto admitiu um sabor amargo pela eliminação, mas acima de tudo um enorme orgulho, salientando que ”neste momento, é sempre amargo. Amanhã, será orgulho. Lá dentro, disse-lhes que têm de estar orgulhosas daquilo que fizeram. São incríveis. Muitas delas, com um passado de Seleção muito grande, de muita luta. Se o objetivo era criar referências, vamos criá-las. Acho que toda a gente que está envolvida no futebol feminino tem de estar orgulhosa. Os clubes de onde vêm, as associações, a FPF, as colegas e as equipas técnicas delas. Foram tremendas. Só temos palavras de agradecimento para elas”.

Concluiu que “para nós, enquanto equipa técnica, sim. Claro que há sempre coisas a melhorar, claro que queremos sempre mais em todos os jogos, mas não nos podemos esquecer de quem estava do outro lado. Dissemos, antes de vir para cá, que o grande objetivo era sermos competitivos e competir. Foi um Portugal incrível durante todos os minutos que se jogaram no Mundial”.

A Seleção Nacional portuguesa chega a Lisboa às 12h35 desta quinta-feira, depois de uma escala no Qatar.

 

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