Quarta-feira 24 de Novembro de 0691

Portugal no “tudo ou nada” frente aos Estados Unidos no Mundial de Futebol feminino

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Nesta terça-feira, às 19h00 locais (08h00 em Lisboa), Francisco Neto aponta à conquista de três pontos, apesar de esperar as maiores dificuldades frente às bicampeãs mundiais. Ana Borges também mostrou confiança no sucesso luso.

Quanto ao selecionador nacional, salientou que “a equipa sente-se motivada, com vontade de jogar. É mais uma oportunidade, mais um momento, mais um jogo de campeonato do mundo, mais uma ocasião para representarmos o nosso país ao mais alto nível. Trabalhámos muito e meritoriamente estamos na posição em que nos colocámos: chegar ao último jogo a depender só de nós num grupo extremamente difícil. Estamos com muita ambição e vontade de fazer as coisas bem”.

Sobre a formação norte-americana, expressou que são “uns Estados Unidos a darem continuidade ao que fizeram na segunda parte contra os Países Baixos. Altamente pressionantes, querendo dominar o jogo desde o início, tendo bola, empurrando a equipa adversária para o último terço com uma pressão muito grande, com muitas jogadoras na sua linha ofensiva no ataque ao último terço. Teremos de estar preparados e contrariar esta estratégia, que é o que acho que os Estados Unidos farão, está no ADN delas. Têm vindo a crescer no Mundial, cabe-nos a nós termos armas para o contrariar”.

Acrescentou ainda Francisco Neto que “se a pressão que paira sobre as bicampeãs mundiais pode ser vantagem para Portugal, isso é algo que não controlamos. Estamos a falar de jogadoras que estiveram em muitas finais de Mundiais, estão há muitos anos em espaço de seleção, muitos Jogos Olímpicos. Claro que são seres humanos e claro que, também, quando as coisas não estão a correr bem têm alguma pressão extra. Mas quando a bola começar a rolar, a pressão de parte a parte vai desaparecer. Nós temos de ser capazes de nos impormos e não estarmos a contar com o nervosismo dos EUA. Notou-se, contra os Países Baixos, que as jogadoras dos Estados Unidos crescem com o encontro, crescem com as necessidades e a adversidade. Temos de estar preparados para a melhor versão dos EUA. Terá de aparecer, também, a melhor versão de Portugal”

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Expressou também que “temos a nossa estratégia para o ataque ao último terço, queremos colocar as nossas avançadas em boas situações para finalizar. A concretização disso estará, também, relacionada com a capacidade individual das jogadoras”.

Para a internacional portuguesa Ana Borges “sabemos que vai ser um jogo muito difícil, frente às campeãs do Mundo, mas, independentemente das dificuldades, queremos continuar na competição. Se não acreditássemos não estávamos aqui. Tínhamos dado a vaga aos Camarões [2-1 na final do play-off intercontinental] ou nem a fase de grupos passávamos”, tendo acrescentado que “é nestes palcos que queremos estar, é contra estas seleções, as melhores do Mundo, que queremos jogar, pois crescemos com elas. Queremos fazer história e deixar fora as bicampeãs do Mundo”.

Apesar das derrotas sofridas anteriormente com os EUA, Ana Borges acredita que “são jogos completamente diferentes. Este é de uma fase final, enquanto o outro foi um amigável. Nós crescemos e os Estados Unidos têm muitas jogadoras novas, continuando fortes. Mas nós também temos um coletivo forte e é isso que queremos demonstrar”.

O encontro entre Portugal e os Estados Unidos, da terceira jornada do Grupo E do Mundial, e dirigido pela árbitra britânica Rebecca Welch, deverá atrair cerca de 43 mil adeptos às bancadas do Estádio Eden Park.

Portugal, que iniciou a sua participação no Mundial com uma derrota frente aos Países Baixos (0-1), e bateu o Vitename na segunda jornada (2-0), chega à última jornada do Grupo E a depender apenas de si próprio para alcançar os oitavos de final. Para que isso aconteça, terá de vencer os Estados Unidos, bicampeões mundiais e primeiros colocados no ranking FIFA de seleções femininas. Um empate também poderá ser suficiente, desde que o Vietname vença os Países Baixos.

Enquanto a Equipa das Quinas se estreia na competição, os Estados Unidos chegam ao jogo desta terça-feira na condição de recordistas de títulos mundiais, pois venceram quatro das oito edições disputadas. O último desaire norte-americano em mundiais remonta ao ano de 2011 [perdeu por 2-1 com a Suécia].

Os Estados Unidos lideram o Grupo E, com quatro pontos (4-1 em golos), os mesmos das neerlandesas, segundas (2-1), enquanto Portugal é terceiro, com três (2-1), e o Vietname, já eliminado, segue em quarto, sem qualquer ponto conquistado (0-5).

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