Sexta-feira 20 de Setembro de 2024

Sem ninguém para fazer a diferença indispensável, Portugal baqueou ante a Espanha na final do Europeu de Hóquei em Patins

HoqueiPatins-Europeu-22-07-2023

FP Patinagem

A seleção nacional sagrou-se vice-campeã da Europa, depois de ter perdido a final, frente à Espanha, por 4-2, no Europeu de Hóquei em Patins que se realizou em Espanha e com muito calor humano de nuestros hermanos.

Sem ter a figura de um “pivot” que resolvia jogos (como se recorda, por exemplo, com Livramento) Portugal não encontrou antídoto para evitar mais uma derrota ante a Espanha, que soube guardar a bola e controlar o jogo, para se tornar campeão pela terceira vez consecutiva.

Portugal entrou bem e confiante na partida e esteve perto do golo. Por seu lado, os espanhóis também pressionaram, com o jogo a revelar-se intenso e de ritmo muito elevado nos momentos iniciais. A partir do minuto 15, Espanha ficou mais ofensiva e organizada, mas Portugal mostrou-se tranquilo a defender, com Pedro Henriques a ser crucial.

O encontro seguiu partido, mas foi a seleção espanhola a inaugurar o marcador, ao minuto 12: depois de um primeiro remate de Julià, Marc Grau marcou na recarga (1-0).

O golo tranquilizou Espanha que começou a jogar com o cronómetro esgotando os 45 segundos de ataque, enquanto Portugal, a ter de patinar atrás de prejuízo, pressionou mais, mas não conseguiu ser eficaz na finalização, com o resultado a manter-se inalterado ao intervalo.

No tempo complementar Rafa viu o cartão azul com quatro minutos jogados, mas Bargalló não conseguiu converter o livre direto. Em power play, os espanhóis pressionaram ao máximo e conseguiram ampliar para o 2-0, ao minuto 20. Segundos depois, foi assinalada a 10ª falta de Portugal, que Julià não desperdiçou (3-0).

Ao minuto 18’ Portugal reduziu por Gonçalo Alves, autor de uma stickada fortíssima ao ângulo, sem hipóteses para o guardião espanhol (3-1). Um minuto depois, Aragonês viu o azul, mas sem lugar à marcação de livre direto. Portugal ficou em power play, mas não conseguiu aproveitar a vantagem, jogando com alguma precipitação e sem conseguir organizar o ataque.

A seleção nacional tentou pressionar e arriscar mais, mas o guarda-redes espanhol foi conseguindo negar o golo, inclusive na 10ª falta assinalada aos espanhóis. A seis minutos do final, Hélder Nunes colocou a bola em Gonçalo Alves que arrancou para a baliza e perfez o 3-2, mas no mesmo minuto, foi assinalada a 15ª falta lusa, que Julià não desperdiçou, perfazendo o 4-2 final.

Segundo o capitão João Rodrigues, “faltou eficácia à seleção: tivemos uma oportunidade na primeira parte de ficarmos na frente e penso que poderia mudar o rumo do jogo. Depois, acho que não conseguimos ser demasiado perigosos. Penso que eles foram superiores e mereceram ganhar. Temos de trabalhar para na próxima oportunidade nos superiorizarmos a eles e ganhar”. O jogador fez questão de salientar estar “orgulhoso da atitude de todos os jogadores. Deixámos tudo na pista e isso ficou claro. Houve entrega de todos, tanto nos treinos como nos jogos…Foi uma oportunidade perdida”. Está tudo dito!

Para o selecionador nacional, Renato Garrido, o conjunto luso “deu tudo, mas estivemos sempre atrás do resultado e foi o que correu mal”, tendo explicado que “sempre que nos tentámos aproximar ou aparecia um livre direto ou um golo”. Concluiu afirmando que “estamos tristes. Queríamos muito ganhar este europeu, mas não conseguimos. Tudo demos. Nada a apontar aos jogadores porque foram brilhantes, mas não conseguimos e estamos tristes por causa disso”.

 

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