Depois da goleada (5-0) frente à Noruega, é provável que poucos pensavam que Portugal não ganharia este europeu de sub19, apesar das facilidades que foram concedidas pelos noruegueses.
Na verdade, com um score desta natureza, seria impensável que, neste domingo, Portugal perderia frente a uma equipa, como a Itália, que se apresentou em campo com uma “pizza pronta”, para conquistar o segundo título, depois de ter perdido com Portugal na final de 2018, tendo aprendido como dar a volta aos negativos 5-1 com que foi batida pela equipa nacional na fase de grupos.
E Portugal acabou por não ter capacidade mental suficiente para mudar as regras do jogo, apesar de ter iniciado bem o jogo, mas sem a clareza que apresentou ao longo da competição, o que redundou numa derrota (1-0), em especial porque os italianos “entalaram” a equipa nacional no seu último reduto.
A Seleção Nacional sub-19 perdeu, diante da Itália, por 1-0, na Final do Campeonato da Europa de Sub-19, disputada no National Centenary Stadium, em Ta´Qali, Malta. Um golo italiano no final da primeira parte garantiu a vitória transalpina.
O primeiro remate, à passagem dos 15 minutos, pertenceu a Cher Ndour que atirou por cima da barra. Pouco depois, Esposito também cabeceou para o alto.
Dando sequência a um certo domínio italiano que se foi estabelecendo, um cruzamento da meia direita, aos 18´, de Hasa, foi concretizado com sucesso (18’), de cabeça, por Michael Kayode, que acorreu ao segundo poste para saltar mais alto do que o defesa esquerdo português que defendia a zona, com o guardião Gonçalo Ribeiro a ser mal batido, porque não arriscou e saiu ao cruzamento.
Após o golo, alguns nervosismo e dois jogadores lusos foram advertidos pelo árbitro, com Portugal começou a reagir e a afirmar mais o seu jogo de posse, vendo o guardião transalpino evitar, com rapidez, que Rodrigo Ribeiro pudesse concretizar uma jogada de combinação.
Controlando a defesa, na transição ofensiva os italianos foram mais acutilantes e voltaram a criar perigo, aos 30´e 32´, e 36´, com cruzamentos e remates perigosos a serem intercetados por Portugal.
Aos 41’, dando sequência a uma boa primeira parte, os italianos voltaram a criar perigo com Hasa a atirar com perigo para a baliza de Gonçalo Ribeiro.
Encerrando o primeiro tempo com uma nota positiva, um livre perigoso, convertido por Hugo Félix passou por cima da barra italiana.
A segunda metade arrancou com um domínio ainda mais acentuado da posse de bola por parte da equipa portuguesa, que aparecia mais perigosa no último terço. Diogo Prioste, recém-entrado, deu o primeiro aviso e Gustavo Sá esteve pertíssimo do golo ao minuto 58′, com o corte italiano a ser providencial, sendo que essa maior posse de bola não correspondeu a golos.
Dois minutos depois, Martim Fernandes, o outro atleta que entrou para o segundo tempo, foi à pequena área cabecear ao segundo poste. O cabeceamento saiu perfeito, mas o guardião transalpino respondeu com uma belíssima intervenção.
O domínio era absoluto e apenas os golos portugueses iam escasseando. Hugo Félix voltou a ameaçar ao minuto 77′, na sequência de um livre direto, mas a bola voltou a sair por cima da trave,
Contudo, na jogada seguinte (79’), Gonçalo Ribeiro foi chamado a brilhar, com uma grande intervenção após remate de Vignato, que ganhou a bola ao central português e rematou à vontade, que deu um ganho de um pontapé-de-canto do que nada esultou.
Os últimos segundos do encontro foram disputados com muito esforço e capacidade de sacrifício da Equipa das Quinas e, na derradeira oportunidade, Herculano Nabian quase empatou a partida, mas a bola saiu a rasar o poste.
Com um cartão amarelo (66’), Joaquim Milheiro, técnico da equipa nacional, ficou condicionado e perdeu um pouco a atividade no comando da formação, que só não fez melhor porque os italianos não deixaram, entrando a jogar à defesa e quase homem a homem, o que levou Portugal a não ter espaço para espraiar a sua maior criatividade e capacidade técnica, levando os italianos a uma pressão psicológica que resultou em cheio junto dos jovens portugueses.
A Equipa das Quinas teve algumas quebras de rendimento, que podiam ter justificado o prolongamento, no mínimo, se a Itália estivesse para aí virada.
Como aprendeu a lição dos 5-1 com que Portugal venceu na fase de grupos, a Itália entrou de forma diferente e Portugal não conseguiu vantagem suficiente.