Carina Paim, confirmando a condição de candidata ao pódio, conquistou a medalha de bronze na prova dos 400 metros (T20) nos Campeonatos do Mundo WPA Paris 2023, com a tempo de 58,51s, no que foi a segunda medalha da Portugal.
Com esta medalha a atleta abre a quota portuguesa na disciplina para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, ficando apenas atrás da ucraniana Yuliia Shuliar, que conquistou a prata em 56,29s, e da norte-americana Breanna Clark, que venceu em 55,12s, batendo o recorde do mundo na disciplina na sua classe.
“Tínhamos como objetivo ficar nos quatro primeiros lugares para abrir quota para os Jogos
Paralímpicos Paris’2024. Estou muito mais contente com o bronze, não estava nada à espera, mas todo o esforço que fizemos foi recompensado. Assim que passei a meta e vi que tinha chegado ao pódio, foi uma sensação incrível. Este resultado deixa-me mais animada para o resto da preparação”, afirmou a medalhada portuguesa.
Márcia Araújo, na qualificação para a final dos 400 metros T12, terminou a sua eliminatória em 1m07,14s, a sua melhor marca nesta temporada, mas que ainda assim não foi suficiente para chegar à próxima fase.
Os resultados completos estão disponíveis na página oficial da competição em https://wpaparis23.org.
Os atletas portugueses voltam a competir nesta sexta-feira, com Igor Oliveira a entrar em ação para disputar a semifinal dos 400 metros T2 (10h06m-hora de Portugal), seguindo-se (19h00), Sara Araújo na qualificação dos 100 metros T12.
Inês Mendes foi 5ª no Europeu de Sub-23
Inês Mendes alcançou um excelente quinto lugar na prova dos 20 km Marcha, com o tempo de 1.35.58, a 18 segundos do pódio e perto do seu recorde pessoal (1.35.44), no Europeu Sub-23 que esta quarta-feira se iniciou na cidade finlandesa de Expoo.
No final, a ribatejana assumiu que “quando iniciei a época, o objetivo era fazer recorde pessoal e estar numa boa forma neste europeu. Obter uma melhor classificação que nos europeus [9ª] e mundiais [10ª] de sub20”.
Inês adiantou que “esta última fase da época foi algo conturbada, não só pela mudança de treinadora [de Susana Feitor para Ainhoa Gonzalez] e nova adaptação ao seu treino, mas também devido à faculdade. A conciliação dos estudos com os treinos foi difícil, mas tentei gerir o cansaço que sentia. Não tinha grandes expectativas traçadas mas fico feliz pela prova que desempenhei. Cumpri os objetivos traçados no início do ano”, concluiu.
As outras duas portuguesas também estiveram em bom plano. Fizeram uma prova segura, apoiando-se mutuamente, e terminaram ambas com recordes pessoais, com Bruna Marques a chegar na nona posição, com 1.37.49, tendo retirado quase dois minutos ao seu anterior máximo. Adriana Viveiros fechou em décimo lugar, em 1.37.57, também retirando quase dois minutos ao anterior recorde (1.39.54).
A francesa Pauline Stey isolou-se no momento certo para terminar com um recorde nacional do escalão (1.31.17) e com mais de um minuto de vantagem sobre a italiana Alexandrina Mihai (que bateu o recorde pessoal com 1.32.32). Outra francesa, Camile Moutard foi terceira, com 1.35.40.
Quanto à prova masculina, o espanhol Paul MacGrath e o italiano Andrea Cosi estavam entre os favoritos e estiveram na frente durante algum tempo, mas o espanhol soube atacar no momento certo e terminou na primeira posição com um recorde pessoal (1.21.03), com mais de dois minutos de vantagem sobre Cosi (1.23.02), com o finlandês Jerry Jokinen a terminava em terceiro, com recorde nacional do escalão (1.24.41).
Os atletas portugueses fizeram uma prova dentro das suas possibilidades, com Tiago Ramos (que se sagrara recentemente campeão nacional do escalão) a aproveitar “esta excelente experiência”, para terminar em 16º lugar com um recorde pessoal (1.30.12), melhorando em quase quatro minutos o anterior máximo (1.34.07). Pedro Dias, o outro marchador presente, não foi tão feliz e terminou em 18º com a marca de 1.34.57.
As competições continuam esta quinta-feira.
Mariana Machado superou a mãe (Albertina Machado) nos 3.000 metros
Mariana Machado continua na sua carreira triunfante (ao mesmo tempo que estuda Medicina) no atletismo português e internacional, tendo batido – esta quarta-feira – o recorde pessoal nos 3.000 metros (8.49,09) no Meeting de Bilbao (Espanha).
Com este resultado, Mariana subiu ao 8º lugar do ranking nacional português de sempre, que era ocupado (desceu a 9ª) pela mãe, Albertina Machado, que registou (1987) o tempo de 8.52,02.
Mariana Machado foi segunda classificada na prova, ganha (por um peito) pela britânica Aimee Pratt, que foi cronometrada também com o mesmo tempo, num sprint final emocionante.