O segundo dia dos Campeonatos da Europa de Equipas, integrado nos Jogos Europeus, proporcionou a terceira medalha para o atletismo e a manutenção no top-7 da classificação, com 211,5 pontos, lista liderada pela Itália, com 294.
O melhor resultado do dia foi alcançado nos 1 500 metros, com Isaac Nader a terminar na segunda posição, com a marca de 3.37,37 minutos, perdendo apenas com o espanhol Mohammed Katir que, mesmo no final, foi fechando uma aberta que o português estava a tentar aproveitar.
Ainda assim, Isaac não estava satisfeito. “Não estou mesmo. Vinha aqui com o objetivo de vencer, como fiz sempre esta época. Esta é a minha terceira corrida de 1 500 metros e só queria ganhar. Senti sempre que seria entre mim e o espanhol, porque sei que estou bem. Mas ele tem 3.28 minutos, é o segundo melhor do ano no mundo e é já uma referência. Sabia que era difícil, pois é um atleta de classe mundial, algo a que eu estou a chegar agora, mas sabia ser possível, mas foi o que deu”, referiu o atleta luso.
Isaac que queria mais e acrescentou que: “a medalha de prata não é suficiente para o que eu desejo. Claro que é uma medalha, respeito muito a competição, uma prova europeia de grande nível, mas não há outra forma de abordar senão ganhá-la. Assim, é satisfatório quanto baste, mas para sair totalmente satisfeito necessitava de ganhar”, atleta que ainda quer progredir mais este ano, em busca do recorde nacional.
Uma boa classificação foi ainda obtida por Décio Andrade, no lançamento do martelo. O madeirense terminou em sexto lugar, com 72,03 metros ao primeiro ensaio. O atleta que estuda e treina nos Estados Unidos (e foi quarto nos nacionais universitários), não sentiu “a diferença de horários de ter vindo do continente americano para o europeu, mas não estava tão solto como queria. Estou satisfeito porque era o 10º em marcas e terminei em sexto lugar”, afirmou.
Ainda nos lançamentos, Emanuel Sousa deu boa conta de si ao conseguir fechar no oitavo lugar, com a marca de 59,44 metros, um resultado que deixou Portugal na primeira metade da tabela.
Nos 110 metros barreiras, brilhou o jovem Sissínio Ambriz, que foi terceiro na série B (11º no geral), com 13,85 segundos (v: +0,1 m/s), batendo o recorde nacional de sub-20, que já lhe pertencia. O melhor júnior europeu do ano, ainda viu um cartão amarelo, por se ter mexido nos blocos, o retraiu um pouco. “Parti mais lento e não cheguei ao resultado que queria. Mesmo assim estou muito satisfeito por estar aqui, bater de novo o recorde nacional”, concluiu.
Nos 400 m barreiras, Yuben Munary terminou em sexto lugar da sua série (13º no geral), batendo o seu recorde pessoal com 50,79 segundos; Ivo Tavares terminou o salto em comprimento no 12º lugar, com 7,40 metros (v: -0,2 m/s), ao segundo ensaio, não estando muito satisfeito com a sua abordagem na chamada.
A equipa masculina de 4×100 metros terminou no sexto lugar da série A (11º na geral), com 39,74 segundos. O quarteto português, com a melhor marca da época, foi composto por Carlos Nascimento, Gabriel Maia, Delvis Santos e André Prazeres.
Nas provas femininas, o primeiro destaque foi para a estafeta de 4×100 metros, que voltou a bater o recorde nacional da prova com 44,27 segundos. O quarteto português, composto por Lorene Bazolo, Arialis Martinez, Rosalina Santos e Íris Silva, até tinha instruções, cumpridas, para não arriscar nas transmissões, o que foi cumprido. Não fora isso e o recorde poderia ter caído por uma fatia maior. “Fica para a próxima oportunidade”, disseram as atletas no final.
Fatumata Diallo, que nos 400 metros barreiras brilhou com um triunfo na série B com recorde pessoal de 55,57 segundos, sendo sétima no conjunto das duas séries. “Senti-me bem durante toda a prova, exceto nos metros finais, mas na minha mente só queria estar na frente”, disse a atleta algarvia que vive em França.
Em bom plano esteve também Patrícia Silva, oitava classifica nos 800 metros com a marca de 2.01,82 minutos. No final da corrida, a portuguesa confessou que “não foi bem o que queria, pareceu-me partir muito rápida e também notei falta de experiência na luta pelos melhores lugares. Sinto-me contente por não ter perdido com nenhuma atleta do outro grupo para poder pontuar na primeira metade da tabela”; afirmou.
Catarina Queirós foi sexta na série B dos 100 m barreiras (13,43 segundos) – “o medo de poder ser desclassificada por falsa partida não me deixou arriscar na partida e não consegui ir mais além”; Evelise Veiga, que ainda não tinha feito nenhuma prova de triplo-salto, foi 12ª com a marca de 12,60 metros ao terceiro ensaio; e Marta Onofre, depois de saltar 3,90 metros, lesionou-se na corrida de chamada e foi obrigada a parar a prova, ficando no 16º lugar.
No final do dia, apesar das contrariedades, Portugal fechou a classificação coletiva com um sétimo lugar, somando 211,5 pontos.
Em termos de medalhas, a Itália soma 10 (4 de ouro, 5 de prata e 1 de bronze), seguida da Holanda (3-2-4) e da Polónia (3-2-0), com Portugal no 8º lugar, com uma de ouro e duas de prata.
Letícia Lopes venceu priva internacional em Vagos
A portuguesa Letícia Lopes venceu, este sábado, em Vagos, a prova de lançamento do peso sub-20, no âmbito do Encontro Internacional de Lançamentos Sub-20 e Sub-23. A atleta liderou o concurso desde o primeiro lançamento, de 13,43 metros, alcançando 13,68 metros da vitória no sexto e último ensaio, a sua segunda melhor marca de sempre na disciplina.
Letícia Lopes participou ainda na prova de lançamento do disco Sub-20, tendo alcançado a segunda posição, com a marca de 42,24 metros, recorde pessoal.
No lançamento do peso feminino sub-23, Mariana Câmara, classificou-se na segunda posição, com 11,32 metros.
Eduardo Neves (Sub-20) e Tomás Rodrigues (Sub-23) classificaram-se em segundo lugar nas suas provas de lançamento do peso, respetivamente com 14,44 metros e 15,37 metros. Eduardo Neves classificou-se também na segunda posição na prova de lançamento do disco, nesta última com a marca de 43,59 metros, recorde pessoal.
Catarina Flor venceu a prova do lançamento do martelo com 52,42 metros, recorde pessoal, conseguida no terceiro ensaio. A atleta abriu o concurso com 49,26 metros, o segundo ensaio foi nulo e depois da marca da vitória ainda lançou o engenho a 49,14 metros, a 48,94 metros e terminou com 50,23 metros. Na prova Sub-23, a ainda Sub-20 Mariana Gonçalves classificou-se na segunda posição com a marca de 47,27 metros.
Do lado masculino, Diogo Gomes (Sub-20) e Francisco Pereira (Sub-23) classificaram-se na segunda posição nas suas provas, respetivamente com as marcas de 52,48 e 56,82 metros.
Na prova de lançamento do disco Sub-23, Raquel Gomes classificou-se na terceira posição, com a marca de 48,19 metros. Do lado masculino, André Jidkov terminou na segunda posição, com a marca de 46,09 metros.
A competição terminou com as provas de lançamento do dardo. Em femininos sub-20 e sub-23, respetivamente, Inês Custódio e Aleida Mendes, classificaram-se na segunda posição, com 39,19 e 43,20 metros.
Do lado masculino, Miguel Costa (Sub-20) e Ruben Santos (ainda Sub-20 a disputar a prova de Sub-23) classificaram-se também na segunda posição, respetivamente, com as marcas de 58,35 metros e de 56,73 metros, esta última com recorde pessoal.
Coletivamente, Portugal classificou-se na segunda posição, com 22 pontos, atrás da Espanha, com 44 pontos.
Francisco Calhau e João Pedro Santos com ouro na Alemanha
Francisco Calhau e João Pedro Santos subiram, este sábado, ao lugar mais alto do pódio na 29ª Gala Bauhaus Júnior – Mannheim, na Alemanha, respetivamente, no lançamento do martelo e nos 3000 metros.
No lançamento do martelo, Francisco Calhau chegou à vitória no último ensaio. O português abriu o concurso com a marca de 63,43 metros e, depois de três lançamentos nulos, lançou o engenho a 64,12 metros, terminando com a marca de 66 metros, recorde pessoal e melhor marca júnior nesta temporada. João Pedro Santos venceu a prova de 3000 metros em 8m29,69s.