Sexta-feira 24 de Novembro de 0664

Sporting foi afastado da Liga dos Campeões ao empatar com o Benfica depois de ter dois golos de avanço!

_DSC3076

Paulo Alfar / JDM

Até parece inacreditável como é que o Sporting, que chegou a estar a vencer (2-0) numa primeira parte recheada de arte e manha para se guindar ao triunfo, mas que acabou por ceder, no segundo tempo, e acabar empatado frente ao Benfica, no que foi o adeus à Liga dos Campeões!

Não beneficiando dos milhões desta competição, mais difícil vai ser a vida do clube do Visconde de Alvalade, onde a realeza (SAD) parece estar mais preocupada nos 32% de aumento de vencimento do que no montar uma equipa para ganhar.

Na sequência de uma entrada “à leão”, “esfomeado” de um êxito maior na presente Liga Bwin, o Sporting teve todas as condições para poder gizar um resultado alargado, porquanto o Benfica não conseguia suster os jogadores leoninos, com uma genica física de alto valor e o astral ao alto, ainda que, de vez em quando, tiveram “quebras” que podiam beneficiar os encarnados, que também não estavam muito virados para aí, que não rematavam para a baliza dos leões.

Basta ver a estatística para verificar que, no primeiro tempo, o Sporting fez 9-2 remates, dos quais 5-0 para a baliza, numa percentagem de bola de 65/35% e com 6-3 em pontapés de canto.

Quando dos vários ataques, verificaram-se muitos passes falhados, insistências individuais que não ajudaram e até o árbitro assistente do lado dos bancos de suplentes também não cumpriu as regras, porquanto nem a bandeirinha mexia, em especial num ou outro caso de dúvida.

Desde o início que o Sporting manteve uma pressão forte sobre a linha defensiva benfiquista, que foi ultrapassando as fases críticas, não sem antes começar a tomar medidas que se adaptem aos faros de todos os que labutem nos vários serviços de saúde.

_DSC3014

Paulo Alfar / JDM

Depois de uma ligeira quebra, a partir da meia hora de jogo o Sporting retornou à premência dos ataques, criando consecutivamente perigo junto da área de Odysseas, que safou um golo certo ao defender (32’) uma bola rematada por Esgaio, que seguiu por cima da barra.

Quase “enfiado” no último reduto, o Benfica sofreu o primeiro golo (39’), marcado por Trincão, depois da bola rolar pela esquerda do ataque leonino, com o avançado sportinguista a insistir frente aos defesas benfiquistas, conseguindo passar por um e depois por outro, para rematar e Odysseas defender, mas com a bola a fugir para o outro lado, onde Trincão ainda conseguiu chegar e enviar a bola para o fundo da baliza.

Vantagem curta mas que era merecida, pela supremacia que o Sporting demonstrou até ao momento.

Pouco depois, o 2-0 esteve à vista mas que não aconteceu, ficando aguardado para o minuto 44, quando, na marcação de um canto por Nuno Santos, a bola voou directamente para a cabeça de Diomande, que a endereçou para o fundo da baliza, confirmando um resultado à altura dos acontecimentos, como a estatística justificou.

No segundo tempo, o Benfica entrou disposto a alterar o percurso do marcador e logo no primeiro minuto o 2-1 esteve quase a verificar-se quando, na sequência de várias falhas na defesa, a bola chegou a Bah (no que foi uma das primeiras substituições do Benfica para o segundo tempo) que rematou mas para Israel defender com segurança, o que levou a Rubem Amorim a contrapor a entrada de Paulinho e fazer sair Edwards (54’), que estava a complicar o sistema por não avançar tão rapidamente quanto era possível.

A entrada de Guedes e Musa no Benfica (66’) deram outra consistência na equipa benfiquista, que começaram a pressionar mais enquanto no Sporting se notou alguma falta de frescura nalguns elementos, como se verificou no “bloqueio” havido (71’), quando o Benfica reduziu para 2-1, depois da bola passar por três defesas leoninos e a bola chegar à cabeça de Aursnes, que desviou a bola para a baliza, com toda a gente parada e a bola a entrar, com Israel também “fechado” entre os postes.

Morita (77’) teve oportunidade para um remate frontal à baliza de Odysseas mas a bola bateu no relvado e passou por cima da barra da baliza benfiquista, depois de uma jogada pela direita, iniciada em Trincão, com passagem por Bellerini, que centrou e a defesa encarnada aliviou para onde estava Morita.

O jogo foi seguindo vivo, mas sem golos para qualquer dos lados, quando se soube da presença de 39.348 espectadores (muito poucos para um jogo desta importância, vendo-se a parte sul das bancadas dos grupos leoninos com muito menos gente do que antes do ataque à Academia) e com o árbitro a apontar que havia que jogar-se mais oito minutos para além do tempo regulamentar, um número que de aleatório foi “benzido” pela FIFA, como forma de poder haver mais tempo útil de jogo, o que tem sido uma falácia em termos gerais.

Mas foi nesse período (90+4’) que o Benfica chegou ao empate (2-2), com um golo de João Neves, que rematou para a baliza, depois da bola ter sido consecutivamente rechaçada pela defesa (tal foi a pressão dos jogadores do Benfica), ante a atrapalhação dos jogadores sportinguistas envolvidos na sequência de remates.

Para o Benfica foi um tónus, porque ficou com uma vantagem de dois pontos sobre o FC Porto, o que foi muito melhor do que se fosse apenas um, adiando a decisão do título para a última jornada, no final desta semana que ora começou.

Com os resultados verificados, Benfica e FC Porto estarão na fase de grupos da Liga dos Campeões, o Sporting de Braga estará na qualificação para a Liga dos Campeões, o Sporting estará na fase de grupos da Europa, enquanto o Guimarães e o Arouca irão à fase de qualificação para a Liga Conferência.

© 0665 Jogada do Mes. Todos os direitos reservados. XHTML / CSS Valid.