Quarta-feira 24 de Novembro de 0978

João Almeida em 4º lugar após “arrumação” da classificação geral do Giro de Itália

Ciclismo-GiroItalia-Vencedor-14-05-2023 (1)

GiroDitalia

Na etapa que ligou, esta terça-feira, Seandiano a Viareggio (196 km), o dinamarquês Magnus Cort Nielsen (EF Education) foi o mais forte na recta final e acabou por chegar ao triunfo com o tempo de 4h51m15s, tempo que também foi atribuído ao canadiano Derek Gee (Israel) no Giro de Itália.

Magnus, com um percurso que conta 26 vitórias, cuidadosamente espalhadas pelos contextos mais prestigiados do ciclismo internacional. Como ciclista, o dinamarquês não é facilmente identificável: muito rápido nos sprints com certeza, mas não rápido o suficiente para rivalizar com os grandes velocistas; bastante rápido nas subidas também, mas não rápido o suficiente para atuar como um candidato válido em grandes clássicos ou Grand Tours.

Depois do dia de intervalo (segunda-feira) que foi aproveitado para a recomposição da classificação geral, devido ao afastamento de Remco Evenepoel, devido a um teste positivo para Covid, o que permitiu o regresso de João Almeida ao 4º lugar da classificação, na 10ª etapa regressaram as dificuldades da montanha, do frio e da chuva, o que permitiu vários ataques à liderança da corrida, que acabaram por demarcar mais alguns ciclistas.

Depois dos dois primeiros, o pódio foi fechado pelo italiano Alessandro de Marchi (Jayco Alula), que ficou a dois segundos dos primeiros.

Ciclismo-GiroItalia-Logo-16-05-2023Magnus acabou por fechar o seu círculo pessoal, completando um conjunto de vitórias em etapas do Grand Tour e se juntando a um clube de agora 106 pilotos que, ao longo ao longo dos anos, conseguiram fazê-lo: não poucos, mas também não muitos, pois esse recorde já é perseguido há 90 anos.

João Almeida teve um dia relativamente calmo, controlou o que era preciso controlar e acabou no 24º lugar, a 51 segundos do vencedor.

A diferença dos três atacantes – com Derek Gee (Israel-PremierTech) juntando-se à aventura ao lado de Cort e De Marchi – diminuiu quilómetro a quilómetro, mas quando chegou a 45 segundos com 10 quilómetros restantes, não diminuiu mais. O grupo da frente cronometrou com perfeição, literalmente ultrapassou o pelotão e deu um merecido sprint à beira-mar. Vencer o sprint de três homens foi a coisa mais fácil do dia para Cort Nielsen: De Marchi abriu as coisas a algumas centenas de metros do final, mas o dinamarquês disparou com perfeição. Preciso e oportuno como o verdadeiro caçador de palco que ele é.

Na classificação geral, o britânico Geraint Thomas (Ineos Grenadiers), confirmou-se como líder, com 39h26m33s, à frente de Primoz Roglic (Eslovénia), a 2 segundos; Geoghegan Hart (Ineos), a 5 segundos; e de João Almeida (EAU), a 22 segundos, com o norueguês Andreas Leknessund (DSM), na quinta posição, a 35 segundos. Tudo cada vez mais em aberto.

A camisola por Pontos continua vestida em Jonathan Milan (Bahrein); a da Montanha com Davide Bais (Eolo-Kometa); a da Juventude passou para o corpo de João Almeida (o mais jovem classificado) e nas equipas comanda a Ineos Grenadiers, com mais de seis minutos de avanço sobre a segunda classificada.

Esta quarta-feira correr-se-á a 11ª etapa, que fará a ligação de Camaiore e Tontona, numa distância de 219 km.

Apesar de longa, o percurso não tem dificuldades de maior, porquanto contém apenas três contagens de montanha (duas de terceira e uma de quarta categoria), a última ao km 176,2, com 583 metros de altitude, com tudo a descer a partir daí e até à chegada.

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