Federação Portuguesa Atletismo
Ana Cabecinha e João Vieira foram os melhores portugueses na 30ª edição do Grande Prémio Internacional de Marcha de Rio Maior, prova com etiqueta de ouro do World Athletics Race Walking Tour, organizada pela Desmor, com o apoio da Federação Portuguesa de Atletismo e Associação de Atletismo de Santarém.
A recordista de Portugal, terminou na sétima posição da prova dos 20 km, com o tempo de 1h29m55s, o seu melhor registo pessoal desde 2018, regressando às marcas abaixo de 1h30. A atleta do Oriental de Pechão andou sempre no grupo da frente, acabando por perder parte do “comboio” na fase final da prova, ainda assim, em bom andamento para garantir marca de qualificação para o Europeu de Seleções de Marcha, que se realizará em Podebrady (Chéquia) ainda este mês de maio. Ana Cabecinha ficou a escassos 35 segundos da marca de qualificação direta para os Mundiais de Budapeste, em agosto próximo.
Quem garantiu marca de qualificação direta (1.29.20) foram as chinesas Jiayu Yang e Shijie Qieyang, que proporcionaram um enorme despique, com a primeira (campeã mundial em 2017) a cortar a meta com um segundo de vantagem, impedindo Qieyang (vice-campeã mundial em 2019, medalha de bronze nos 20 km e nos 35 km nos mundiais de 2022) de obter o seu quarto triunfo em Rio Maior! A terceira foi outra chinesa, Liujing Yang, medalha de bronze nos Mundiais de 2019.
A atual campeã mundial de 20 e 35 km, a peruana Kimberly Garcia, terminou em quarto lugar, a um segundo do pódio.
Mais para trás, a benfiquista Inês Mendes, que começou a sua carreira em Rio Maior, conseguiu um excelente recorde pessoal que a levou ao 11º lugar de sempre, obtendo ainda marca de qualificação para os Europeus de Sub-23.
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Em masculinos, grande despique também para o pódio, com os primeiros lugares até três terços da prova, com tudo a decidir-se nos quilómetros subsequentes, com o equatoriano Brian Pintado a vencer, repetindo o triunfo obtido no ano passado, derrotando o brasileiro Caio Bonfim, habitual presença nos primeiros lugares em Rio Maior. Ambos conseguiram a marca de qualificação direta para os Mundiais de Budapeste. O bicampeão mundial, o japonês Toshikazu Yamanishi fechou o pódio.
Quanto aos portugueses, João Vieira voltou a ser o melhor, cortando a meta no 10º lugar, em 1h23m12s, a sua melhor marca desta época. O segundo português foi Rui Coelho, enquanto Helder Santos foi o terceiro. O quarto português foi outro atleta do Oriental de Pechão, Pedro Dias, que bateu o recorde pessoal, com 1h31m32s, que o deixa com qualificação para os Europeus Sub-23. Na prova de 10 km marcha, para atletas Sub-20, Guilherme Rodrigues conseguiu marca de qualificação para os Europeus da categoria, indicando-se de seguida os respetivos resultados:
Femininos:
20 km marca: 1ª, Jiayu Yang (China), 1h29m10s; 2ª, Shijie Qieyang (China), 1.29.11; 3.ª, Liujing Yang (China), 1:29.30;…; 7.ª, Ana Cabecinha (CO Pechão), 1.29.55; 15.ª, Inês Mendes (SL Benfica) – Sub-23, 1.35.44; 17.ª, Carolina Costa (Sporting CP), 1.38.01.
10 km (Sub-20): 1.ª, Carina Ferreira (ADCC J. Clark), 53.01; 2.ª, Samanta Zueva (SC Braga), 53.31.
Masculinos:
20 km: 1.º, Brian Pintado (Equador), 1:19.05; 2.º, Caio Bonfim (Brasil), 1:19.46; 3.º, Toshikazu Yamanishi (Japão), 1:20.58;…; 11.º, João Vieira (Sporting CP), 1:23.12; 19.º, Rui Coelho (SL Benfica), 1:28.50; 20.º, Hélder Santos (GD Estreito), 1:29.23; 22.º, Pedro Dias (CO Pechão) – Sub-23, 1:31.32.
10 km (Sub-20): 1.º, Miguel Olivares (Espanha), 44.03; 2.º, Guilherme Rodrigues (Sporting CP), 44.28; 3.º, Javier Castilla (Espanha), 46.15; 4.º, Eduardo Camarate (J. Vidigalense), 46.46.
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Pedro Pichardo venceu Meeting de Doha com marca mundial do ano no triplo salto
O recordista de Portugal, Pedro Pichardo, venceu o triplo-salto no Meeting de Doha, a primeira das reuniões da Liga Diamante, dando um passo importante para o Circuito, que já venceu por duas vezes.
O atleta do Sport Lisboa e Benfica, abriu o concurso com a melhor marca mundial do ano (17,65 metros) e melhorou depois para 17,91 metros, embora com o vento superior ao regulamentar (+2 m/s). Ainda assim foi o suficiente para o campeão olímpico, mundial e europeu em título trazer o ouro na primeira competição da época ao ar livre.
O atleta que mais vezes ultrapassou os 17,90 metros na história do triplo-salto mundial, voltava a triunfar em Doha, o que aconteceu pela terceira vez, depois de um triunfo surpresa em 2015, com a marca de 18,06 m, derrotando outro antigo campeão mundial e olímpico, o norte-americano Christian Taylor (18,04), numa prova em que dois atletas passaram os 18 metros.
Pichardo venceu a prova em que quatro atletas entram para a história. Nunca, em qualquer competição, três homens passaram os 17,70 metros, hoje foram quatro: Pichardo (17,91, com vento), o espanhol Andy Diaz (que ainda tem de competir como cubano), que saltou 17,80m (+2.6m/s) e outro cubano, o campeão mundial em pista coberta, Lazaro Martinez saiu com 17,71m (+3.4m/s) e, na ronda final, Hugues Fabrice Zango (Burkina Faso), saltou 17,81m (1,5m/s), melhor marca mundial do ano…
A Liga Diamante é composta por 14 meetings (um deles, em Eugene, a grande final).
