Os Comités Olímpicos Europeus (COE) divulgaram que uma Equipa de Refugiados irá participar nos Jogos Europeus Cracóvia-Malopolska 2023, naquela que será a primeira presença num evento multi-desportivo a nível continental de uma representação depois dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e Tóquio 2020.
Integrado nesta Equipa está Farid Walizadeh, que irá competir em Boxe -57kg, acolhido por Portugal depois de sair do Afeganistão e que é acompanhado pelo Comité Olímpico de Portugal ao abrigo do programa Viver o Desporto – Abraçar o Futuro.
No Boxe integra também a Equipa Cindy Winner Djankeu Ngamba (-66kg), originária dos Camarões e que reside atualmente no Reino Unido.
No Taekwondo os selecionados são Kimia Alizadeh Zenoorin (-62kg femininos), Dina Pouryounes Langeroudi (-46kg femininos) e Kasra Mehdipournejad (-80kg masculinos), todos com origem no Irão.
A iniciativa da criação da Equipa de Refugiados para os Jogos Europeus surge numa parceria entre os COE e a Fundação Olímpica para os Refugiados, entidade que gere o programa de apoio aos atletas refugiados através do fundo da Solidariedade Olímpica e que irá também gerir a Equipa Olímpica de Refugiados para os Jogos Olímpicos Paris 2024.
Os cinco atletas selecionados para a Equipa que estará na Polónia entre os dias 21 de junho e 2 de julho, integram o Programa de Apoio a Refugiados da Fundação Olímpica e procuram a sua qualificação para a equipa Paris 2024.
“Os conflitos em curso, perseguições e alterações climáticas, continuam a forçar milhões de pessoas a sair de suas casas”, reiterou Spyros Capralos, Presidente dos COE. “Quando chegam a novos países o desporto é mais que um meio de integração. Pode ajudar a escapar ao trauma, dar aos atletas um foco e um sentido, ajudá-los a reconstruir as suas vidas e a criar redes sociais”, segundo a informação veiculada pelo COP.