Sporting C.P.
De uma assentada, o Sporting perdeu, ante o Juventus, um jogo que podia ter ganhado e, na sequência, Portugal ficou apenas com o direito de ter duas equipas na Liga dos Campeões na época de 2024/25, o que vai ter grande influência na constituição do plantel dos três grandes.
Facto que pode ainda chegar ao Sporting de Braga, atualmente candidato ao pódio (e com vantagem sobre os leões) porquanto, independentemente de o conseguir ou não, terá também de se acautelar com a valia da equipa que quer começar a ascender na classificação nacional e poder ser alternativa a Benfica, Porto e Sporting. Uma questão que será analisa até final da presente época, quando de começarem a definir as posições dos três quatro primeiros.
Quando ao jogo de Turim, esta quinta-feira, o Sporting demonstrou, tal como o tinha feito frente ao Arsenal, que é uma equipa que pode fazer diferença a qualquer altura e, como ora aconteceu, criar várias situações para golo, de forma mais fácil ou mais difícil.
Os leões dominaram por completo (56/44% de posse de bola, 17-9 em remates, dos quais 6-3 para a baliza, a que se juntam os 48-39 ataques, os 9-3 cantos e os 490-424 passes de bola) mas não conseguiram atinar com a linha de alvo final ou, noutros casos, não perceberam que o guarda-redes italiano (primeiro Szczesny, substituído por Perin (43’) por estar com uma dor no peito) estava lá para defender.
Durante cerca de um quarto de hoje de vantagem ligeira, a Juventus (12’) teve a oportunidade mais flagrante para poder chegar ao golo, depois de a bola ter sido lançada para as costas de Esgaio, que não viu o adversário que se colocou por detrás e rematou forte para Adán defender em voo e evitar um golo que parecia certo.
Adán que (16’) voltou a estar em evidência ao deter um novo remate italiano, passando o perigo.
Pouco depois (20’) Morita domina um bola com o peito (a bola tocou no braço mas pareceu que de forma involuntária, dentro das normas FIFA) e rematou forte, fazendo o esférico sair muito perto do poste da baliza italiana.
Pressionando na frente, o Sporting foi preenchendo a zona da grande área, com Coates (29’) à meia-volta e dentro da própria área de baliza, rematar à meia-volta, mas para uma grande defesa do guardião italiano.
No minuto seguinte (30’) Esgaio rematou forte, mas uma excelente defesa do guardião italiano defendeu para canto, passando o perigo.
Passaram três minutos (33’) e o Sporting teve a maior oportunidade para marcar, com Edwards a centrar para o segundo poste, mas a bola foi desviada pelo guardião italiano, que regressou à baliza, tendo batido com a mão no peito, no lado do coração, que obrigou o árbitro a parar o jogo, para que fosse substituído. No final da partida soube-se que estava controlado e parecia não haver nada de especial, pelo menos até se saber o resultado dos exames que a equipa médica deveria requisitar no momento.
Atura em que Perin (43’) entrou para a baliza italiana.
No mesmo minuto, Pedro Gonçalves quis “levar tudo à frente” no caminho para o golo, mas foi sol de pouca dura porquanto tentou fintar tanta gente até se perder e ficar sem a bola, tendo perdido uma grande oportunidade para chegar ao 1-0.
Logo de seguida foi o azar a bater à porta do Sporting, com St. Juste a sofrer uma lesão muscular que o obrigou a sair do campo, sendo substituído (45+4’) por Diomand, terminando a primeira parte quase de seguida.
No segundo tempo, a Juventus entrou a pressionar, mas foi o Sporting que voltou a criar perigo (47’) depois de Pedro Gonçalves a isolar-se pela esquerda, chegar à grande área e rematar ao segundo poste, em arco, com Perin a fazer uma excelente “mancha” para cobrir todos os ângulos da baliza, pese embora o guarda-redes Perin tivesse levado a melhor.
O Sporting mantinha o seu sistema de jogo veloz, pressionante, mas sem golos.
Edwards (60’), uma vez mais na brecha, passou a bola para o lado contrário, onde surgiu Pedro Gonçalves a rematar e fazer a bola bater num defesa e sair pela linha final.
Pouco depois (73’) a Juventus voltou a criar perigo, com Chiesa a passar a bola pela frente da baliza, a tentar passar para um colega, surgindo Matheus Reis a mandar a bola para canto.
Neste mesmo minuto e na sequência de um pontapé de canto contra os leões, Adán falhou a interseção da bola na sua área de baliza, Coates não estava no seu sítio e a bola voou até à cabeça de Gatti que, num golpe de mestre, a enfiou na baliza do expectante Adán, fazendo um 1-0 para os italianos!
A partir daí, os leões começaram a meditar e resolveram arregaçar as mangas, com Morita a cabecear a rasar o posto (89’) e com Pobga (90’) a atirar à figura do guardião sportinguista.
Na última jogada da partida (90+1’), Pedro Gonçalves, na pequena área e frente ao guarda-redes Perin, rematou à figura, com a bola a sobrar por Bellerin que fez a recarga também à figura do guarda-redes.
O primeiro round neste combate a duas mãos ficou em branco e o Sporting tem até ao dia 20 deste mês para se preparar para dar a volta ao marcador e seguir para as meias finais da Liga Europa, se quiser chegar à final e poder ganhar, como prémio, a presença, desde já, na Liga dos Campeões da próxima época.
Nos outros jogos destes quartos-de-final, os holandeses do Feyenoord e o Roma empataram a um golo; o Manchester United marcou quatro golos para empatar (2-2) com o Sevilha e ficar em maus lençóis (os golos para os espanhóis foram dois autogolos obtidos por jogadores ingleses), com o Bayer Leverkusen e o Union St. Gilleoise a também empatarem (1-1), ficando tudo adiado para daqui a uma semana.
