Domingo 24 de Novembro de 8013

Portugal fora do Mundial de Andebol Feminino após dupla derrota com a Roménia

Andebol-MundialFeminino--12-04-2023

Federação de Andebol de Portugal

O adeus da equipa feminina portuguesa da fase final do Mundial de Andebol foi consumado, nesta terça-feira, quando Portugal perdeu, ante a congénere da Roménia, por 28-24, depois da copiosa derrota verificada no jogo da primeira mão (20-35).

O Multidesportivo de Paredes foi o palco para esta segunda partida e Portugal disse adeus ao sonho, difícil, de chegar ao Campeonato do Mundo deste ano.

À ponta-esquerda Carolina Monteiro, ainda indisponível devido a lesão, juntaram-se Maria Pereira e Ana Ursu, na lista de ausências para o jogo da segunda mão, desta quarta-feira.

Andebol-MundialFeminino-12-04-2023Portugal entrou em campo com maior agressividade defensiva face ao jogo da primeira mão, mas teve uma primeira exclusão logo aos três minutos, no entanto, sem erros nesse período (2-2). Pouco depois, foi a vez das lusas disputarem dois minutos em vantagem numérica, mas a liderança continuou a pertencer às romenas que, em cima dos 10 minutos, chegaram a uma inédita margem de três golos (2-5), na sequência de uma baixa eficácia ofensiva portuguesa. Seguiram-se minutos atribulados, com poucos golos de parte a parte e em que a inspiração de Isabel Góis contrastava com os remates desperdiçados no ataque de Portugal que, aos 16 minutos, viria a sofrer o 3-7, seguido do primeiro pedido de time-out, por parte de José António Silva.

No seguimento da paragem e com o sistema 7×6 já em ação – o período mais conturbado da Seleção Nacional no jogo até então – permitiu que a Roménia assinasse um parcial de 0-3 e chegasse a uma diferença inédita de sete golos (3-10). Portugal cresceu no jogo, melhorou a eficácia e respondeu com quatro golos consecutivos (7-10), o último dos quais aos 25 minutos, com um time-out romeno pelo meio. Até ao intervalo, o desnível no marcador voltou a agravar-se ligeiramente e Portugal saiu para os balneários com cinco golos de desvantagem no jogo e 20 no total da eliminatória (8-13).

Os primeiros minutos após o recomeço trouxeram um equilíbrio visto poucas vezes durante a partida, com ações de golo/contra-golo e aos 37’ o placar registava 12-16. Quando o cronómetro marcava 43 minutos, a Roménia vencia por 15-22 e regressava à maior diferença da partida, de sete golos, aproveitando os erros no ataque português para dilatar a margem em ataque rápido. A resposta da Seleção Nacional chegou sob a forma de parcial de 3-0, o que levou ao time-out romeno, com pouco menos de 15 minutos para jogar em Paredes (18-22). O cenário voltou a inverter-se pouco depois, já com as principais referências defensivas da Roménia em campo, e os sete golos voltaram a surgir (19-26).

Perto do fim, uma última aproximação lusa, que esbarrou nos três golos (24-27), deu mais justiça a um jogo mais bem conseguido por parte da Seleção Nacional, que diz adeus à caminhada rumo ao Mundial, porquanto a Roménia foi sempre superior e, daí, o triunfo global de 63-44 (24-28 esta quarta-feira)

José António Silva, o timoneiro da selecção lusa, realçou que “Portugal não era o favorito a passar esta eliminatória, algo que é óbvio desde o início, nós não éramos favoritos e veio-se a comprovar que ainda nos falta algum caminho para percorrer, para lutar contra equipas com esta qualidade. São jogadoras muito experientes, profissionais a maior parte delas e, portanto, sabíamos que ia ser uma eliminatória muito difícil. Depois, como é óbvio, há que considerar que a Roménia sentiu que teria a eliminatória controlada, jogou como jogou na Roménia e, portanto, terá dado mais tempo de descanso a uma ou outra atleta, mas não é significativo, creio eu.”

Quanto à qualidade demonstrada pela Seleção Nacional e a aposta no futuro, o técnico português referiu que “estivemos bastante melhor, mais tranquilos, se calhar impulsionados também pelo fator casa, como é evidente. É pena termos falhado algumas situações em termos de organização, principalmente ofensiva e, como é óbvio, também a nossa finalização. Temos um longo caminho para percorrer, mas creio que estamos no bom caminho. Há aqui algumas apostas de risco, jogadoras que reúnem, no meu entendimento, as características físicas e antropométricas para jogar a este nível, mas que são muito jovens, algumas estão fora dos seus lugares habituais e isso paga-se, mas é um investimento no futuro que creio que em breve dará frutos.”

MVP & Top Scorer: Sandra Santiago – 6 golos / 7 remates (86% de eficácia)

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