Quinta-feira 24 de Novembro de 7921

Benfica encolheu-se e acabou por perder frente ao Inter, sem demonstrar que podia ter ganhado!

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Paulo Alfar / JDM

O Benfica voltou a não demonstrar – depois da partida, ainda fresca, com o FC Porto – que não esteve à altura de um Inter que acabou por saber, desde cedo, que podia vencer, face a uma estratégia benfiquista que não funcionou como devia ser.

Com dois “motores” sem dar a confiança que normalmente conseguem implementar na equipa, como foram os casos de Grimaldo e Rafa – por norma alavancam a equipa para a frente e conseguem golos – a situação agravou-se, porquanto, a data altura, percebeu-se que não tinham “gás” suficiente para essa função, em especial por parte do defesa, desta vez a segurar a bola demasiado tempo e a não jogar para o colectivo.

Querer ser diferente e ser o “estratega” da equipa, é uma função que só funciona se a outra equipa deixar, e o Inter não o permitiu.

Outro factor que fez mossa, foi o amarelo exibido (22’) a António Silva que, a partir daí, ficou “bloqueado”, pelo receio de sofrer outra penalização idêntica, que o levaria para o banco dos suplentes – não jogando na segunda mão – criando mais dificuldades à formação benfiquista.

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Na sequência de um erro de marcação defensiva (primeiro golo do Inter), com toda a gente em baixo e a não saltar à bola, os encarnados entraram em desvantagem a partir do 51º minuto de jogo, surgindo (82’) a grande penalidade “cometida” por João Mário (que deixou algumas dúvidas se analisada a trajectória da bola, em que o braço do jogador acompanhou o corpo e foi tocado ao mesmo tempo que o médio benfiquista se elevou para tentar chegar ao esférico) que acabou num 0-2 que pode complicar a eliminatória.

Com 58/42% de posse de bola, não se pode afirmar que o Benfica foi muito superior – que o teria que ser para vencer o Inter – mas com apenas dois remates à baliza (contra 4 dos italianos), os encarnados não criaram oportunidades flagrantes para golo, originando o volte face no segundo tempo.

As substituições que Schmidt protagonizou pecaram por tardias e também não produziram efeitos, quiçá por uma falta de motivação de quem estava em campo, premente e visível pela movimentação dos jogadores nos vários quadrantes, não tendo conseguido a ligação que pretendia com o objectivo de ganhar.

Ligando esta situação com o jogo frente ao FC Porto – que tem muitas parecenças – parece que a equipa benfiquista está a entrar (ou já entrou, quiçá a partir da derrota de 3-0 frente ao Sporting de Braga) em “crise” psicológica e motivacional, enquanto os adversários estão agora, com a época a mover-se para o final e a grande velocidade, na mó de cima ou, quiçá, estão a recuperar o que perderam durante os encontros efectuados desde Julho do ano passado.

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Percebeu-se desde o apito inicial do árbitro, que os italianos chegaram artilhados com a táctica de defesa alta (4x4x2), deixando ao Benfica a tarefa de atacar, até porque jogava em casa, e ver o que foi acontecendo ao longo do tempo. Como se referiu, o Benfica não conseguiu chegar-se à frente como se esperava (os tais dois dois remates à baliza, dos oito que fez ao longo de todo o jogo).

 

Nas investidas que fez para chegar ao golo, com maior e melhor esclarecimento do que em relação ao Benfica, o Inter aproveitou uma “paragem” da defesa encarnada para chegar ao 1-0 (51’) quando Bastoni, subindo pela esquerda, cruzou para o segundo poste, levando a bola directamente para a cabeça de Barella, que cabeceou para o poste mais longe, sem que Odysseas ou os centrais tivessem intervindo na jogada, com a bola a entrar sem ninguém por perto.

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Paulo Alfar / JDM

Mantendo um forcing mais esclarecido junto da baliza de Odysseas, o Inter podia ter chegado ao 2-0 (78’) quando Dumfries cabeceou para o guardião benfiquista defender com uma sapatada na bola mas para a frente, permitindo a recarga de Barella mas que Morato salvou desviando para a linha final.

Daí que fosse expectável que o Inter pudesse aumentar a vantagem a curto prazo, como aconteceu (82’), na sequência da grande penalidade assinalada pelo VAR (e revista no écran pelo árbitro) – como acima referimos – que levou Lukaku ao 0-2 para fechar a primeira parte destes quartos-de-final da Liga dos Campeões, aguardando-se que o Benfica possa recuperar no dia 19, em Itália.

No outro encontro realizado esta terça-feira, o Manchester City recebeu e bateu (3-0) o Bayern, num encontro que foi decidido a partir do minuto 70’, quando Bernardo Silva fez o 2-0 (aos 27’ Hernandez tinha adiantado os ingleses no marcador), tendo Haaland conseguido o 3-0, aos 76’.

 

 

 

 

 

 

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