Três nadadores foram os primeiros portugueses a conseguirem obter os mínimos para os Jogos Olímpicos de Paris’2024 mercê dos resultados alcançados no decorrer dos Opens de Portugal e de Espanha.
Diogo Ribeiro (Benfica) cumpriu um triplo êxito ao apurar-se para os 50 (21,87 e recorde nacional absoluto), 100 metros livres (47,98 e recorde absoluto) e 100 metros mariposa (51,45 e recorde absoluto), enquanto Miguel Nascimento (Benfica) alcançou o registo nos 50 metros livres e Camila Ribeiro (Louzan/Efapel) nos 200 metros costas, nadadores que se alcandoraram no topo face a uma resiliência imbatível e acto de superação marcante para a vida destes jovens atletas.
Além do mais, ainda que sem mínimos a nível olímpico, o Open de Portugal ficou marcado com mais recordes absolutos, obtidos por Ana Rodrigues (EDV), com 25,25 nos 50 metros livres; Francisca Martins (FOCA), com 56,25 nos 100 livres e 2.00,25 nos 200 livres; Ana Rodrigues (EDV), com 30,96 nos 50 metros bruços e a estafeta de 4×100 metros estilos da Louzan/Efapel, com 3.58,56.
José Machado, diretor desportivo da FPN, no balanço sobre este Open de Portugal, salientou que “Depois de dois atletas terem obtido mínimos olímpicos, conseguidos dez recordes absolutos, para um total de 29 recordes em diversos escalões, apenas posso afirmar que a natação portuguesa está a ficar mais preparada para as maiores exigências”.
Esclarecendo um pouco mais, salientou que “num Open de Portugal que pretendíamos fosse um “momento chave” para a obtenção de mínimos para as principais competições internacionais desta época – Mundial de Fukuoka, Europeu sub 23 Dublin – foram obtidas 30 marcas inferiores aos critérios estabelecidos. Juntando quatro mínimos A para os Jogos de Paris 2024 e dois nadadores apurados fazem concluir que o processo está muito bem encaminhado. Junte-se a estes resultados, os mínimos obtidos com recorde nacional por Camila Rebelo nos 200 costas no Open de Espanha, assim como a colocação com que estes nadadores ficaram nos rankings europeus e mundiais das suas provas, podemos afirmar claramente que nunca um início de qualificação olímpica foi tão bem-sucedido”.
Saliência ainda para os três juniores apurados para os Europeus de juniores (Belgrado) cujo período de apuramento ainda não terminou e o balanço diz-nos que a natação portuguesa está a responder afirmativamente ao aumento da exigência dos critérios definidos.
Em termos gerais participaram mais de 700 nadadores mesmo quando se pensou que o acesso estava demasiado apertado no que respeita aos mínimos exigidos para participar nesta competição.
Os mais jovens tiveram oportunidade de participar e ao mesmo tempo assistir a resultados que há menos de três anos eram totalmente impensáveis. Há um conjunto de modelos que eles certamente quererão seguir e isso vai contribuir para que a quantidade se junte à qualidade que já se observa.
“Mais uma vez – salientou ainda José Machado – os campeonatos disputados no Funchal cumpriram com tudo o que se espera de uma organização de uma competição de natação de nível igual ou superior aos melhores campeonatos dos principais países europeus”.