Quinta-feira 24 de Novembro de 0252

Portugal patinou sob uma relva molhada que redundou em mais uma goleada ante o Luxemburgo

lux vs port 26 março  2023

FPF

Se a diferença de categoria entre as equipas de Portugal e do Luxemburgo sempre foi dilatada (6-0 em 1961 e 2005, que se recordam), a relva molhada, face ao caudal da pluviosidade verificada, ajudou ainda mais a equipa das Quinas a criar mais uma goleada.

Se este facto foi uma realidade absoluta, com três remates em dezoito minutos que resultaram em outros tantos golos, as dúvidas ficaram a residir apenas para o número de golos final, porquanto sempre foi nítido que, fosse qual fosse a constituição da equipa nacional, o triunfo luso estaria concretizado na altura própria.

Como Roberto Martinez deixou expresso antes da partida, sem que tivesse revelado os nomes dos escolhidos para o onze inicial, foi claro que a formação poderia não ser igual à que jogou com o Liechtenstein, porquanto ao segundo jogo e no início de uma competição, seria aconselhável testar todos os jogadores antes das dificuldades aumentarem.

E assim foi. Guerreiro, Gonçalo Inácio e João Cancelo ficaram no banco e para os lugares vagos foram chamados António Silva, Diogo Dalot e Nuno Mendes, dando uma nova imagem da defesa, ainda que dentro do esquema previsto, que podia evoluir para um 5x3x2 quando em situação de defesa (com Dalot e Nuno Mendes recuados) e para um 3x4x3 na função de ataque (avançando Nuno Mendes e Diogo Dalot) esta última parte não tão fixa face à qualidade dos defesas e médios lusos, onde se encaixaram ainda Danilo, Palhinha e Bruno Fernandes, para fazer a bola rolar para João Félix, Ronaldo e Bernardo Silva.

Com isto tudo “arrumado”, só era preciso que tudo funcionasse em pleno desde o apito inicial do árbitro, o que se verificou de forma extremamente rápida, com Portugal a meter conseguir marcar três golos em dezoito minutos. De pasmar, pela celeridade, pela entreajuda entre os envolvidos, a primarem em alto grau.

Numa boa jogada, com a bola a rolar entre Bernardo Silva e Bruno Fernandes, a bola chegou à zona do segundo poste, onde surgiu o médio Bruno a cabecear para Ronaldo marcar (9’) à vontade.

Seis minutos passados, Portugal chegou ao 2-0 (15’) onde João Félix surgiu no meio da área para dar o melhor caminho a uma bola centrada por Bernardo Silva, cabeceando com mestria para o lado mais longe da baliza fazendo o golo.

E três minutos depois (18’), a formação lusa fez o 3-0, com um golo obtido por Bernardo Silva, a centro de Palhinha, sendo a supremacia confirmada com mais um golo (4-0) de Portugal (31’) da autoria de Ronaldo, a passe de Bruno Fernandes, que não perdoou, no que foi tudo facilitado até então.

Ainda assim, a posse de bola esteve repartida na primeira parte (57/43%), com 8-3 em remates, dos quais 4-0 para a baliza, com via direta, no que fez a diferença.

No segundo tempo, Portugal – face à vantagem de quatro golos – acabou por começar a “amornar” como Luxemburgo a avançar mais no campo, ainda que a progressão fosse nula em termos de golos e remates (11-3 no final, dos quais 8-1 para a baliza).

Mantendo o controlo total do jogo, mesmo com a pressão mínima, o tempo foi passando – o refrescamento da equipa nacional fez-se por duas vezes, com Ruben Neves a entrar na saída de Bernardo Silva e Gonçalo Ramos a substituir Ronaldo (65´) para, mais tarde (75’), Otávio entrar para o lugar de João Felix e Rafael Leão substituir Bruno Fernandes, com o novo ritmo e que foi compensado de imediato, porquanto Otávio chegou e marcou (o 5-0), aos 77’, depois de um passe de morte da autoria de Rafael Leão, confirmando-se o triunfo dos portugueses.

Ruben Neves, na marcação de um livre direto (83’), enviou a bola à trave, tendo-se seguido a entrada (87’) de Diogo Jota para o lugar de Palhinha.

Minutos antes, Portugal beneficiou de uma grande penalidade (84’) por falta, dentro da área, sobre Rafael Leão, jogador que se encarregou de a marcar e que atirou a bola de forma a permitir a defesa do guarda-redes, que adivinhou o lado para onde a bola onde ia e defendeu.

No minuto seguinte (86’) chegou o golo da confirmação da goleada (6-0) de Portugal ao Luxemburgo, com Rafael Leão, possante, a esgueirar-se pelo lado esquerdo do ataque, divergiu para o centro, chegou frente à baliza e rematou forte e rasteiro, colocando o resultado na meia dúzia.

Começar bem para acabar ainda melhor até final do ano, precisando apenas de ficar num dos dois primeiros lugares do grupo para passar à fase seguinte.

Nos outros jogos do grupo de Portugal, o Liechtenstein venceu (7-0) a Islândia e a Eslováquia derrotou (2-0) a Bósnia e Herzegovina, com Portugal a assumir a liderança do grupo, com seis pontos, correspondentes a duas vitórias.

Por último, de registar a presença no Luxemburgo de Marcelo Rebelo de Sousa e de António Costa, que assistiram ao jogo, aplaudiram muito e divertiram-se, ainda que bem agasalhados porque chovia e fazia frio. A equipa nacional ajudou-os a aquecer com tantos golos marcados.

Em Junho – concluída Liga Bwin e a Taça de Portugal – a competição voltará à ribalta, antes do descanso da presente época.

 

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