José Pedro Gonçalves
Apesar de ter sido superior durante todo o encontro, o FC Porto não conseguiu passar do zero-zero inicial e propiciou ao Inter de Millão a passagem aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, onde já estava o Benfica.
Com mais remates (21-11, dos quais 7-5 para a baliza, numa posse de bola de 68/32%), os portistas não tiveram a chama de outros jogos e, também, a felicidade que se desejava, em especial na parte final do desafio, quando Taremi mandou duas bolas para o poste e Grujic a cabecear para a trave.
No início, com os homens do Dragão a carregar no acelerador para tentar tomar a dianteira no marcador, o grande obstáculo para os portistas foi o guardião do Inter, Onana, que defendeu tudo o que havia para defender.
A primeira oportunidade mais flagrante aconteceu (40’), com Pepê a driblar e a chegar-se à frente, remeteu a bola para Grujic, que assistiu Evanilson com este a rematar, mas o defesa Dimarco a conseguir afastar a bola pela linha final.
Em período de compensação (45+1’), um erro de Uribe colocou em perigo a situação da equipa de Sérgio Conceição, ao oferecer a bola a Lautaro, que rematou cruzado, mas à figura de Diogo Costa.
A fechar o primeiro tempo (45+3’) Pepê voltou a arrancar para a frente de “combate”, endossou a bola a Eustáquio, no primeiro poste, que falhou o remate e a bola saiu por cima da barra.
O segundo tempo iniciou-se com Uribe na manobra ofensiva (49’) e rematou, fora da grande área, mas a bola voltou a sair por cima.
A partir desta altura e com as substituições que se foram seguindo – aproveitando ainda um certo cansaço portista – o Inter como que se “desinteressou” de procurar golos mas, antes, fechar os caminhos para a sua própria baliza, apesar de algumas tentativas portistas, que não resultaram, porquanto Onana esteve sempre atento.
Nos últimos sete minutos de jogo – correspondentes à compensação final atribuída pelo árbitro – o FC Porto jogou o resto das forças que ainda possuía e. na verdade, em três jogadas rápidas, conseguiu levar a bola, por três vezes, ao poste e à barra. Que “grande galo”!
Toni Martinez (90+3’) tentou através de um pontapé de bicicleta, com a bola a sair ao lado e, nos minutos seguintes, de grande frenesim, o defesa Dumfries salvou sobre a linha de baliza um centro-remate feito por Pepê, com a bola a chegar a Marcano que não conseguiu rematar para o sítio certo.
Depois (90+5’), foi Taremi a cabecear ao poste, o que repetiu na jogada seguinte depois de uma assistência de Marcano, enquanto (90+6’), na última oportunidade, Grujic, depois de um cruzamento de Galeno, cabeceou à trave e, como se calcula, caiu o “Carmo e a Trindade”, com os portistas a despedirem-se, de forma inglória, da Liga dos Campeões 2022/2023.
Depois do Benfica, Chelsea, Milão e Bayern, o Inter e o Manchester City juntaram-se, esta terça-feira, para o sorteio (na sexta-feira) dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, faltando apenas os últimos dois concorrentes, que serão conhecidos após os jogos a realizar esta quarta-feira: Real Madrid-Liverpool (5-2 na primeira mão) e Nápoles-Eintracht Frankfurt (2-0).
