Benfica e Sporting venceram os jogos realizados neste domingo e aumentaram a vantagem sobre o quinto concorrente à Europa, aplicando a “tarifa” 3.0 a Marítimo e Boavista, em encontros que dominaram a bel prazer, com pouca luta pelo caminho.
Em Alvalade, os leões poderiam ter aberto o marcador na primeira jogada, quando Chermiti, de costas para a baliza e perto do 1º poste, cabeceou para trás, obrigando Bracali a dar uma palmada na bola para esta bater na trave e sair por cima.
Mantendo uma toada rápida – com o Boavista a jogar sistematicamente à defesa, pouco saindo da sua zona de conforto, como se comprova pelos dois remates feitos e nenhum para a baliza adversária – o Sporting manteve-se em pressão contínua mas também baralhando mais do que surgindo pelos flancos a abrir caminho e depois agilizar para chegar à grande área e depois tentar o golo.
Com jogadores a insistir em jogar para o individual e não tanto para o colectivo, valeram alguns lances que criaram algum “frenesim”, ainda assim a espaços e pouco acutilantes do ponto de vista de um futebol escorreito, com todos a remar na mesma direcção e bonito.
Na hora dos passes, foram muitos em que a bola foi adiantada de mais (batida com muita força na relação posição-velocidade do destinatário), pelo que o aproveitamento não foi por aí além.
De qualquer forma, o Sporting foi criando algumas oportunidades, como a que foi protagonizada (17’) por Nuno Santos, que avançou pela esquerda, cruzou para a área boavisteira, a bola foi rechaçada para a zona frontal da baliza do Boavista, onde surgiu, de novo, Nuno Santos, a fazer uma trivela e abrir o activo para os leões, num golo bonito de se ver.
Se com o resultado em 0-0 o Boavista pouco se mexia no caminho para a baliza contrária – registe-se que os axadrezados apenas fizeram dois remates mas nenhum para a baliza leonina, em todo o jogo – depois de ter sofrido o primeiro golo ainda ficou pior e quase não passavam do meio campo, até porque o Sporting também pressionou a meio campo.
Edwards (40’) como que se perdeu a si próprio nos últimos minutos do primeiro tempo, em que o Sporting chegou ao 2-0 depois de, na sequência de um novo contra-ataque em que Nuno Santos
fugiu pela esquerda do ataque, centrou para a área boavisteira, a caminho de Pedro Gonçalves,
que acabou por não chegar à bola porque o defesa Salvador Agra se antecipou e, virado para a sua baliza, desviou para o segundo golo do Sporting, num autogolo (43’) que como que fez os leões descansarem ainda mais para o segundo tempo.
Com dois golos de vantagem e com o Boavista sem perspectivas de ombrear com os leões, foram os donos da casa a marcar o ritmo, de alguma forma rápido, ainda que com as “maleitas” dos passes sem direcção, jogadas de cariz individualista e o tempo foi passando com mais calma.
A partir dos 57’ o Sporting fez quatro substituições (duas a cada tempo) para fazer descansar os principais jogadores em face ao jogo com o Arsenal (próxima quinta-feira) para a Liga Europa, sentiu-se uma maior ligeireza dos passes, mas o resultado só foi alterado nos quatro minutos de compensação que o árbitro definiu.
Tanlongo, que entrara, entretanto, fez um lançamento largo pela direita, tendo a bola chegado a Esgaio que, depois de fintar um adversário, lançou a bola para a pequena área, onde, só e na passada, surgiu Paulinho a empurrar a bola para dentro da baliza.
Em termos estatísticos, o Sporting rematou mais (16-2, dos quais 5-0 para a baliza, obtendo três golos), com uma posse de bola de 61/39%).
Mais um jogo, mais três pontos, e os leões continuam na peugada do Sporting de Braga (que também venceu).
No Funchal, o Benfica foi o dominador comum de tudo o que se passou em campo, onde venceram o Marítimo (3-0), como golos de Neres (45+3’ e 57’) e de João Mário (50’), jogador que não concretizou (31’) uma grande penalidade a favor da sua equipa.
O Benfica ganhou em toda a linha estatística, fazendo 21-8 remates (dos quais 10-2 para a baliza, com uma posse de bola de 57/43%).
Em Vila do Conde, o Rio Ave recebeu e derrotou (2-1) o Gil Vicente, com golos obtidos por Fábio Ronaldo (15’) e João Costa (45+3’), se bem que o próprio Fábio Reinaldo voltou a estar em evidência ao marcar na sua própria baliza (61’).
Esta 24ª jornada completa-se esta segunda-feira com o encontro Famalicão-Casa Pia (20h30).
