O queniano Rhonex Kipruto e a etíope Girmawit Gebrzihair são as figuras de cartaz, numa lista de elite que promete marcas de grande nível e um espetáculo de princípio a fim e que terá à sua espera um bónus de 50 mil euros caso os recordes mundiais sejam batidos.
No pelotão masculino, à partida no domingo (10:05, em Algés), estarão oito atletas com marcas pessoais abaixo da hora, com especial destaque para o já referido Rhonex Kipruto, queniano de 23 anos que tem a terceira melhor marca de sempre (57.49) e é recordista mundial dos 10 quilómetros, o etíope Hagos Gebrhiwet (58.55) e o queniano Vincent Ngetich (59.09). Nota ainda para a presença do neozelandês Jake Robertson, que em Lisboa apontará ao recorde nacional do seu país.
Recorde-se que o recorde mundial em jogo nesta 32ª edição da EDP Meia Maratona de Lisboa, pertence a Jacob Kiplimo, que venceu em 2021 com o tempo de 57.31.
A prova feminina, com a marca de recorde mundial de Letesenbet Gidey (62.52) na mira, terá como figura de proa a etíope Girmawit Gebrzihair, que em 2022 venceu a ‘meia’ de Ras Al Khaimah em 64.14, uma marca que a coloca como a quarta melhor de sempre.
Além de Gebrzihair, a EDP Meia Maratona de Lisboa contará ainda com a presença de mais duas atletas com marcas pessoais abaixo do recorde do percurso (1.06.06, da etíope Tsehay Gemechu): Margaret Kipkemboi (65.26) e Catherine Relin (65.39). Presentes estarão também a etíope Aalmaz Ayana – a segunda melhor estreante de sempre numa maratona –, Francine Niyonsaba, atleta do Burundi que se estreará na ‘meia’ em Lisboa, e ainda a norte-americana Sara Hall, quinta na maratona dos Jogos Olímpicos de Tóquio’2020.
Quanto aos portugueses, realce para Rui Pinto (62.16), Fernando Serrão (65.01) e Hélio Gomes (64.32). No plano feminino, destacam-se Dulce Félix (1:08.33), Solange Jesus (1:14.15) e Susana Godinho (1:15.57).
A edição deste ano da EDP Meia Maratona de Lisboa será também uma das que apresenta mais nacionalidades representadas no pelotão de elite, com pelo menos 14 países diferentes, desde os habituais Quénia e Etiópia, passando por países como Nova Zelândia, África do Sul, Inglaterra, Alemanha, Burundi, Estados Unidos ou Ucrânia.
De salientar que, no pelotão, quase 40% dos participantes são estrangeiros, oriundos de mais de 98 países diferentes. No top-5 deste particular estão Espanha, França, Reino Unido, Itália e Alemanha. Na divisão por género, os dados concluem que 35% dos participantes são mulheres e 65% são homens. Os participantes mais velhos inscritos nesta edição são ambos portugueses, uma senhora de 80 anos (nasceu a 03.04.1944) e senhor de 83 anos (nasceu a 28.07.1940).
Rhonex Kipruto (Quénia, 57.49 de recorde pessoal), sendo o mais cotado, salientou que “o objetivo é correr para um novo recorde pessoal”, enquanto Sara Hall (Estados Unidos, 67.15)
Referiu que “é sempre difícil, mas vou tentar um novo recorde pessoal. Correr abaixo disso seria fantástico. Mas ficarei feliz se fizer uma prova forte. O timing é bom para nós, pois a seguir vamos para a Etiópia fazer um período de treino. Ouvi imensas coisas fantásticas sobre esta cidade e sobre a prova, por ser muito rápida”.
Margaret Kipkemboi (Quénia, 65.26), salientou que “é a minha terceira meia-maratona e espero bater o meu recorde pessoal. Disseram-me que o percurso é rápido. O tempo estará bom, por isso o objetivo é correr abaixo do recorde pessoal”, enquanto Dulce Félix (a recordista portuguesa, 68.33) afirmou que “é um orgulho fazer parte desta meia-maratona. É uma prova que significa muito para mim, porque foi aqui que bati o recorde nacional. Vai ser sempre especial até que alguém faça melhor. Vou dar o meu melhor, não prometo grandes marcas. Espero que as minhas colegas também o façam e que se divirtam.”
Mykola Nyzhnyk (Ucrânia, 63.14), que se estreia em Lisboa, referiu que “estou grato por estar aqui em Lisboa. Espero correr um novo recorde pessoal. Estou há dois meses em Portugal, estou a treinar em Monte Gordo. Depois da corrida vou voltar à Ucrânia. Agradeço aos organizadores por dar este apoio, tanto a nós como aos atletas ucranianos, é algo muito importante”.
Refira-se que o Vereador Ângelo Pereira (Câmara Municipal de Lisboa) recebeu o respetivo dorsal de inscrição, dando o exemplo que cerca de 25.000 também fizeram. “Mexa-se pela sua Saúde” – uma mensagem antiga mas que está sempre atual.
As provas principais serão transmitidas em direto pela RTP e RTP Internacional para mais de duzentos milhões de potenciais espectadores em todo o mundo.
A partida está marcada para Algés, em relação à elite, com partida pelas 10h05 de domingo (os restantes partirão no acesso à Ponte 25 de Abril, no lado de Almada, pelas 10h45, na prova Vodafone).
Este sábado terão lugar as provas Luso 7K (9h30), a Mimosa Passeiro da Família (11h) e EDP Mini Campeões (16h), na zona do Mosteiro dos Jerónimos (CCBelém).