Terça-feira 23 de Novembro de 4219

Pedro Pichardo bateu recorde de Portugal no triplo salto no europeu de pista coberta em Istambul

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FPA

Com um ensaio apenas, a 17,48 – o primeiro para se apurar de imediato para a final – Pedro Pichardo bateu o recorde de Portugal do triplo salto no decorrer da primeira jornada do europeu de pista coberta, que esta quinta-feira se iniciou na cidade turca de Istambul.

Esta ronda de abertura resultou ainda no apuramento de mais quatro atletas portugueses para as respectivas finais, como foram os casos de Tiago Pereira (também no triplo), Auriol Dongmo e Jessica Inchude (peso) e Mariana Machado (3.000 metros)

No ensaio inicial – aliás o único feito pelo campeão olímpico português – Pichardo saltou 17,48 metros, o seu melhor do ano, melhorando em dois centímetros o recorde Portugal em pista coberta que já lhe pertencia desde o ano passado.

Sobre este primeiro êxito, Pichardo referiu que “veremos se este é o primeiro passo para o segundo título. Amanhã é outro dia, mas eu estou cá para tentar a vitória”, tendo acrescentado que “não estou cá propriamente a brincar. Saltei com chapéu e licra comprida porque isso me faz sentir mais pesado e permite-me controlar melhor. Certamente amanhã já não saltarei com chapéu nem esta licra”.

Na mesma prova, Tiago Pereira, que fez os três saltos da qualificação. Abriu com 15,06, melhorou para 16,15 e fechou com 16,39, no quinto lugar, atleta que afirmou que “o primeiro salto não me assustou. É verdade que não é o salto que estava à espera, tens apenas mais dois ensaios, mas permite ver o que podes melhorar. E não me assustei porque sabia o que estava a valer, estou confiante nas minhas possibilidades. O primeiro objetivo, passar à final foi conseguido”, tendo admitindo que “o objetivo é ganhar uma medalha para Portugal, quero chegar mais perto do Pichardo e trazer os dois primeiros lugares”.

Auriol Dongmo, campeã em título, esteve muito bem na qualificação do lançamento do peso ao qualificar-se directamente para a final com 18,51 metros, referindo depois que “o mais importante foi feito, pelo que tenho de lançar mais longe para poder lutar pelas medalhas. Terei de me apresentar muito forte amanhã na final. Interessa lançar longe e rezar para que seja bom”.

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FPA

Nesta mesma disciplina, Jessica Inchude lançou o engenho a 17,92 metros ao primeiro ensaio, garantindo o sétimo lugar e o consequente apuramento para a final, tendo a atleta salientado que “para ser sincera estava à espera de mais. A ideia era fazer um bom primeiro lançamento, para poder garantir um bom lugar, e depois tentar melhorar. Não deu, fiz dois nulos por erros técnicos, mas que acho ser possível melhorar amanhã”.

Houve mais uma portuguesa no lançamento do peso, mas não foi tão feliz. Eliana Bandeira fez dois lançamentos nulos e só se reencontrou ao terceiro ensaio para chegar aos 17,23 metros, terminando na 12ª posição.

Na pista correu-se a prova de 3000 metros femininos, com Mariana Machado a alinhando na primeira das meias-finais, onde não fez uma corrida ao seu nível e terminou em oitavo lugar, com 9.07,78, tendo garantido o apuramento para a final após se conhecerem os resultados na segunda meia-final, tendo entrado nas 15 apuradas para final.

“É sempre com muita ansiedade que aguardamos pelo desfecho das outras corridas. Sinceramente achei que seria difícil o apuramento, pois a corrida não foi rápida e eu também não estive no melhor. Valeu o facto de a segunda meia-final série ter sido mais lenta para entrar no grupo apurado. Foi bom!”

Pelas 20h18 (17h18 portuguesas) desta sexta-feira corre-se a final dos 3.000 metros femininos, com Mariana Machado; às 20h35 (17h35), Pedro Pichardo e Tiago Pereira têm a final do triplo-salto; e às 20h53 (17h53) é hora de lançarem Auriol Dongmo e Jessica Inchude, o que pode ser visto em directo na RTP2.

José Carlos Pinto, na segunda eliminatória dos 800 metros foi num ritmo mais lento, tendo demorado a reagir e terminou fazendo acreditar que teria sido possível passar diretamente para as meias-finais. Terminou em terceiro, com a marca de 1.50,57, o que não foi suficiente para chegar à final.

“Não fiquei apurado por culpa própria. Demorei a reagir na mudança aos 500 metros, e isso foi “a morte do artista”, como se diz. Mas quando eles mudaram de ritmo a faltar 300 metros eu senti que também podia responder, mas não consegui”, salientou o atleta luso.

Francisco Belo, que nas duas últimas edições dos Europeus chegou ao quarto lugar, não se apresentou em Istambul com a mesma forma. Depois de dois ensaios nulos (um chegou a ter uma medição de 19,35 metros), o atleta português não conseguiu chegar à final, pois o seu derradeiro ensaio (19,61) apenas deu para a 12ª posição.

“Depois de duas edições em que fui quarto classificado é natural que queira vir a estas competições e melhorar. Contudo, no ano passado tive uma época atribulada, com uma operação que me impediu de estar em mundiais e europeus e outra cirurgia que levou a atrasar o início da temporada de inverno. Não podemos fazer a habitual progressão de cargas. Ainda assim, fico contente por ter chegado perto dos 20,40 na época e estar aqui presente, para ter uma base de confiança para a época ao ar livre”, referiu o recordista nacional.

Patrícia Silva correu a eliminatória de 800 metros, terminando na 5ª posição em 2.05,58, e referiu depois que “ganhei com mérito o direito de participar nestes campeonatos, por isso estou feliz, mas ainda não deu para fazer melhor. Não foi nervosismo. Por vezes as coisas não correm tão bem”, concluiu a atleta afirmando que o pai, Rui Silva, e a mãe Susana lhe disseram para se divertir ao máximo, aproveitando a oportunidade para a temporada ao ar livre.

Na última prova do programa, Isaac Nader correu na primeira eliminatória dos 1.500 metros, com o norueguês Jakob Ingebrigtsen (que terminou em terceiro), acabou na sexta posição, com 3.52,73”, tendo referido que “pensei que esta série fosse mais acessível, mas tenho a plena consciência de que em Europeus os favoritos podem passar ou ficar de fora. Ontem à noite ainda pensei que seria possível, mas hoje a prática revelou-se outra. Não sinto que tenha de trabalhar mais, sei é que para poder treinar a 100% tenho de estar bem. E na realidade – e isto não é desculpa – não consegui treinar assim.”

Nesta sexta-feira, entram ainda em acção – além dos finalistas acima referidos – os atletas

João Coelho (eliminatórias dos 400 metros – 6h50), Patrícia Mamona (qualificação no triplo salto – 8h30), Marta Pen e Salomé Afonso, nas eliminatórias dos 1.500 metros (8h30), Lorene Bazolo, Rosalina Santos e Arialis Martinez nas eliminatórias dos 60 metros (9h05), Gerson Baldé na qualificação do salto em altura (16h), seguindo-se as finais supracitadas.

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