Um FC Porto “mentalmente” bloqueado pelo frio que se tem feito no país, com relevo para a zona norte, criou todas as condições, por mínimas que tivessem sido, para ser derrotado perante um Gil Vicente que teve sorte (azar portista) mas também mente quente para contrariar tudo e todos.
Pese embora tenha feito a bola entrar na baliza dos homens de Barcelos por duas vezes nos primeiros quatro minutos – valendo apenas um porque, no primeiro, Taremi estava em fora de jogo – a verdade é que, mesmo em vantagem no marcador, os portistas bem tentaram aumentar a diferença mas a sorte foi madrasta, ainda que de felicidade para os barcelenses, porque a bola não mais entrou na baliza de um Andrew a comandar uma defesa que quase fechou todas as linhas de “ataque” portista, com nervoso a mais.
No contra-ataque (4’) iniciado por Taremi, este combinou com Namaso, que devolveu a bola para rematar para golo sem “espinhas”!
A pressão portista aumentou e Pepê podia ter chegado (9’) ao 2-0 mas a bola subiu demais e a oportunidade gorou-se, o que também aconteceu (18’) quando Pepê endossou a bola a Namaso, que contornou um defesa portista e rematou com estrondo à trave.
Aguentando estoicamente a primeira arremetida, os barcelenses ripostaram e (25’) foi Diogo Costa que negou o empate, numa primeira vez, mas não conseguiu fazê-lo dois minutos depois (27’) quando Fran Navarro encostou o pé na bola e a enfiou ma baliza do jovem guardião portista, depois de uma jogada iniciada em Tomás Araújo, que passou a Zé Carlos que cruzou para Navarro chegar ao empate.
Se a situação não foi bola, pior ficou (35’) quando João Mário meteu mão à bola, para cortar uma jogada de ataque do Gil, tendo o árbitro mostrado um cartão amarelo mas, alertado pelo VAR, o cartão mudou de cor e passou a vermelho, com os portistas a ficarem com menos um jogador.
Quiçá por via disso, Murilo (40’) rematou forte à trave para (42’) surgiu mais um caso com Uribe, numa equipa (FC Porto) que andava como que “sem dono”.
O médio portista entrou em despique com Boselli e o árbitro deixou seguir até que, instantes depois, foi alertado pelo VAR, o que levou a assinalar (43’) uma grande penalidade por falta cometida por Uribe.
Decisão tomada que apenas foi cumprida aos 45+2’ (o árbitro tinha definido uma compensação de 5 minutos) quando Murilo rematou pela certa, com força, motivo pelo qual Diogo Costa não conseguiu desviar a bola para fora da baliza.
Depois do intervalo, em desvantagem face à reviravolta produzida pelo Gil Vicente, o FC Porto mal reaqueceu e novo “ciclone” passou pelo Estádio de um Dragão cada vez mais “murcho”!
E mais uma vez com Uribe no centro da polémica. Noutra entrada mais forte, agora sobre Zé Carlos (52’), viu o segundo amarelo e seguiu para as cabinas de vez.
Com menos dois jogadores em campo, ainda que com força suficiente para tentar dar a volta, o FC Porto (68’) ainda meteu a bola na baliza do Gil mas Eustáquio estava fora de jogo (confirmado pelo VAR), mas a falta de sorte e também com o espirito em “baixo” (Pepe fez 40 anos e gostaria ter tido uma vitória como prenda), o tempo começou a esgotar-se e chegou aos 90+5’ sem que o resultado tivesse sido alterado.
Com esta derrota, os portistas ficaram a oito pontos do Benfica (matematicamente tudo é possível porque ainda faltam 12 jogos), restando esperar o que se vai verificar a partir de agora.
Em termos de remates, o FC Porto fez 11-9, dos quais 4-4 para a baliza, numa posse de bola de 61/39% para o Gil Vicente.
Esta terceira parte da ronda 22, teve ainda os jogos Rio Ave, 1 – Chaves, 0 (golo de Fábio Ronaldo, aos 53’) e o Paços de Ferreira, 1 – Boavista, 3, com golos de Yusupha (28’), Mangas (47’) e Gorré (57’) para os boavisteiros e de Butzke (61’).
Para esta segunda-feira estão guardados mais dois jogos com influência nos primeiros lugares da Liga Bwin, com o Sporting-Estoril (19h) e o Guimarães-Braga (21h15), tendo os leões vencido (2-0) na primeira volta e o Guimarães perdido (1-0) na casa bracarense.
