Entrando em campo apoiada por mais de sessenta mil (dos 75.000 presentes) espectadores, o Inter de Milão sentiu-se na “obrigação” de tomar conta das operações técnico-táticas e, com isso, trabalhar para vencer, porquanto o calor humano dos seus adeptos assim o exigia.
Ainda assim, bem “alinhado” face aos italianos, o FC Porto foi reagindo muito bem, pese embora o Inter tenha tido maior vantagem em todos os sectores, desde a posse de bola aos remates, neste caso apenas em situações de golo criadas, que não passaram das três no final do primeiro tempo.
No entanto, os italianos foram sempre mais afoitos, criaram mais oportunidades, mas tiveram pela frente um guardião chamado Diogo Costa que obstaculizou todas as iniciativas contrárias, face a uma boa mão cheia de defesas de alto nível, deixando a baliza inviolável nos primeiros quarenta e cinco minutos, que se concluíram com a vantagem do Inter nos remates (5-3, dos quais 2-1 para a baliza) e na posse de bola (58/42%).
No segundo tempo a “ordem” foi a mesma, com os italianos a pressionarem e Barella (51’) a rematar cruzado e levar a bola a passar a poucos centímetros do poste de Diogo Costa para, no minuto seguinte, Dimarco dez um cruzamento longo para obrigar o guardião portista a voar alto e segurar a bola antes de poder entrar na baliza.
Tentando sacudir a pressão italiana, o FC Porto (55’) gizou um contra-ataque, conduzido por Pepê, que avançou para a linha da frente e endossou o esférico a Taremi, que se propôs assustar o guardião italiano, mas que se esticou e conseguiu defender a bola que levava selo de golo.
Insistiram os portistas, que chegaram à grande área italiana, onde Zaidu surgiu pelo lado esquerdo e rematou forte, mas a bola foi desviada por um defesa, seguindo-se novo remate que Onana (guardião do Inter) defendeu.
Na mesma sequência, caiu nos pés de Taremi eu rematou de imediato mas Onana voltou a estar no caminho do esférico e passou o perigo.
Lukaku entrou em campo, com “ordens” para resolver o jogo, e depressa se percebeu que o Inter entrou no “tudo ou nada” para marcar, porquanto o perigo rondou mais vezes a baliza italiana.
Com o tempo a passar, Lukaku voltou a estar em evidência a cruzar para a baliza de Diogo Costa mas, desta vez, Martinez, ao segundo poste, chegou atrasado e não deu seguimento ao passe de morte do seu companheiro de equipa.
O Porto ripostou, de novo, por Taremi (73’) mas o remate acabou por sair ao lado da baliza.
Dois minutos depois (75’), Otávio, que já tinha um amarelo por discutir com o árbitro, pisou um adversário e acabou por ver o segundo e ser expulso, numa altura em que os portistas mais precisavam de união e conjugação de esforços, porquanto se notava cansaço nalguns jogadores.
Com menos um jogador, as dificuldades aumentaram para o FC Porto e Barella (84’) rematou levando a bola a sair muito perto da baliza à guarda de Diogo Costa, no que foi o prenúncio do golo do Inter.
Dando seguimento a um cruzamento do lado direito do ataque, Lukaku saltou mais alto do que todos (nem tinha cobertura específica por parte da defesa portista) e cabeceou, com a bola a embater no poste e regressar aos seus pés, limitando-se a fazer a recarga e confirmar (86’) o primeiro golo dos italianos.
Dois minutos depois, Diogo Costa defendeu, a custo, um outro remate de Lukaku, ficando a faltar seis minutos para o jogo terminar, período em que nada se modificou, ficando para a segunda volta, no Dragão a definição da equipa apurada.
Em termos globais, manteve-se a superioridade do Inter, com 17-10 remate, dos quais 4-4 para a baliza, numa posse de bola de 56/44, ficando-se a saber no segundo encontro quanto valeu este golo em Milão.