Por certo que este dia 22 de Janeiro de 2023 vai ficar na história do Atletismo português, porquanto outro marco significativo foi edificado em Portugal para a família de Mário Moniz Pereira – Aleluia Mestre de grande coração – com a criação do Meeting este domingo realizado em Pombal.
Desde a criação do evento – pese embora a reduzida promoção – até ao êxito que foi, desde a vertente dita técnica (resultados obtidos) ao cunho social que granjeou, com a presença de outros campeões que surgiram envolvidos na entrega das medalhas, até uma realização excelente por parte da Sporting TV, sem dúvida que o projecto pegou logo à primeira.
E, para já, por mais dois anos – período definido no protocolo que o Sporting firmou com a Câmara Municipal de Pombal – documento que foi assinado pelo presidente leonino, Frederico Varandas, Pedro Pimpão, presidente da edilidade e o representante da Associação Distrital de Atletismo de Leiria – elevando e envolvendo o concelho num acto significativo que, podendo não ser único, é um dos mais raros e emblemático que se tem realizado em Portugal.
Antigos campeões e recordistas nacionais – como foram os casos, entre outros, de Carla Tavares, Armando Aldegalega, Adília Silvério, Sónia Carvalho, Carlos Calado, Patrícia Mamona – que aumentaram o brilho ao nível do que Moniz Pereira mereceu em toda a sua longa vida.
Pela Expocentro de Pombal desfilaram pela pista uma boa mão cheia de atletas de uma nova geração, para reforçar a que ainda se encontra em movimento, com a obtenção de recordes pessoais neste pouco mais de um mês de actividade na pista coberta, o que é um excelente sinal para o atletismo nacional.
Duas provas se salientaram das restantes, ainda que tenham uma leitura um pouco diferente.
Nos 1.500 metros houve lugar ao maior despique da reunião, com Patrícia Silva (filha do medalhado olímpico Rui Silva e a representar o Sporting) a deixar Mariana Machado a comandar toda a prova para, na recta final, aplicar o seu mais forte “finish” e vencer com o tempo de 4.19,69, deixando a também jovem meio fundista (daí a menor força final) bracarense (filha de outra campeã portuguesa dos anos 90, Albertina Machado), com 4.20,04.
Nos 60 metros, a também sportinguista Rosalina Santos surpreendeu ao vencer a final (depois de, na eliminatória, ter colocado o seu recorde pessoal em 7,29 segundos) ao correr em 7,28 (novo recorde pessoal), apenas a quatro centésimos dos mínimos (7,24) para os europeus de pista coberta, deixando a sua colega de clube Lorene Bazolo no segundo lugar (7,44)
No sector masculino, Carlos Nascimento conseguiu 6,80 na eliminatória e, na final, venceu com 6,74, atleta também à procura dos mínimos para os europeus de pista coberta.
Na mesma distância, mas com barreiras, Olímpia Barbosa (Sporting) venceu com 8,41 segundos (depois de 8,29 na eliminatória) enquanto o italiano Hassane Fafana venceu a prova masculina (8,08), depois de 8,01 na eliminatória.
Nos 400 metros, Carina Vanessa Pereira (Sporting) fez o melhor tempo e venceu com 54,96, enquanto o colega de clube, João Coelho conseguiu 47,04 e ganhou a prova masculina, ficando apenas a dois centésimos do recorde pessoal (7,02).
No salto em comprimento, o brasileiro Danilo Martins foi o vencedor (7,68), sendo que, no feminino, Evelise Veiga (Sporting) foi a melhor com 6.50 (recorde pessoal de 6,58),
No salto com vara, a sportinguista Marta Semblano bateu o recorde pessoal por duas vezes (3,25 e 3,35)
No lançamento do peso, a recordista Auriol Dongmo (17,75) foi batida pela colega de equipa (Sporting) Jessica Inchude, que lançou 17,81.
No salto em altura, o ucraniano Bohdan Zmiivskyi (Sporting) venceu com 2,13 e Roman Kokoshko
ganhou o lançamento do peso masculino, com 20,40 metros.