Uma grande penalidade, em cima do último minuto do tempo regulamentar, salvou o Sporting de perder mais pontos nesta atribulada Liga Bwin 2022/2023, que continua aos ziguezagues para os leões de Alvalade.
Numa partida em que liderou de princípio a fim (63/37% de posse de bola, com 21-8 remates, dos quais 8-3 para a baliza), os jogadores leoninos não atinam com o caminho da baliza e, para além de perdulários, acabam por perder oportunidades porque … se perdem a eles próprios.
Por outro lado, permitiram, frente ao Vizela, que a equipa visitante tomasse as rédeas do jogo durante largos períodos, em que os leões apenas reagiam e não agiam como deverá ser o tom de uma equipa que admite ser candidata aos primeiros lugares da classificação – para entrar nas provas europeias – e, depois, demite-se de promover um jogo simples, escorreito, rápido e eficiente, como é o futebol.
Errar é humano mas custa ver que os jogadores não se conseguem “ligar”, usam e abusam de jogadas individuais e, depois, passam o jogo a queixarem-se seja do que for, em especial a marcação de faltas e ou a amostragem de cartões ao adversário, para daí retiraram dividendos futuros.
Apesar da supremacia leonina, o primeiro golo surgiu apenas (59’) e após e uma substituição que deu resultado. Arthur, que tinha entrado aos 56’, conseguiu chegar até quase à linha final, pelo lado esquerdo, de onde centrou para a pequena área, seguindo a bola a baliza, altura em que o guardião Buntic desviou a bola com a mão para o lado contrário onde, também muito perto da linha final, surgiu Porro a dominar e voltar a mandar a bola para dentro da pequena área, onde surgiu Pedro Gonçalves a rematar rápido, por entre uma floresta de pernas, e anichar o esférico dentro da baliza.
Paulinho continua a não encontrar o caminho para o golo (ou remata ao lado ou por cima da baliza, ou acerta na figura do guarda-redes, mas golos é que não se conseguem ver), o mesmo se dizendo em relação a outros jogadores, que também não conseguem descortinar uma nesga de espaço para conseguirem chegar ao golo.
Depois do 1-0, os leões “amornaram” enquanto o Vizela se manteve firme na “reconquista” do terreno, pelo esforço tenaz de Osmajic, tendo chegado ao empate (75’) com um golo por intermédio de Mendez, depois de rematar e ter visto a bola bater em Adám e esta ter entrado na baliza.
A questão que criou mais celeuma foi o facto de, no desenrolar da jogada que deu origem ao tento vizelense, a bola ter batido no árbitro e dirigir-se para um jogador visitante, que rematou de pronto e empatou, fruto do esforço feito para o conseguir.
Nessa altura, Ruben Amorim reforçou as substituições, fazendo estrear Tanlongo e dando outra oportunidade a Chermiti, este último a ver mais um cartão amarelo, que não contribuíram para a mudança que se necessitava.
Até que se chegou ao 90º minuto e a grande penalidade surgiu depois de Igor Julião ter feito uma falta que, confirmado pelo VAR, deu lugar ao segundo golo do Sporting, ao chegar aos noventa minutos de jogo.
Ainda se cumpriram mais nove minutos de compensação, mas o resultado não foi alterado, para gáudio das gentes sportinguistas, que se tinham apercebido que podia haver “noites negras”.
No outro encontro com que se iniciou a última ronda (esta sexta-feira) da primeira volta da Liga Bwin, o Arouca voltou ao de cima e acabou por receber e golear um Portimonense que pode continuar a deslizar na tabela classificativa.
Dabbagh (6 e 76’), Alan Ruiz (32’) e Michel (79’, com recurso ao VAR), foram os marcadores de serviço, sendo de realçar que os algarvios só contaram com 10 jogadores a partir dos 65’, quando Moustapha foi expulso.
Com 16-3 remates (dos quais 12-0 para a baliza), numa posse de bola de 55/45%, bem se pode dizer que os arouquenses ganharam bem.
Neste sábado, Paços de Ferreira-Braga (15h30), Santa Clara-Benfica (18h) e Guimarães-FC Porto (20h30) são os encontros marcados.