Federação Portuguesa Andebol
Os primeiros três minutos no jogo de estreia de Portugal no Campeonato do Mundo de 2023 ficaram marcados por três defesas do veterano guarda-redes islandês Björgvin Páll Gústavsson mas aos cinco minutos registava-se um empate a dois golos (2-2).
Foi a partir desse momento que o rendimento luso caiu e as dificuldades no ataque começaram a ser cada vez mais evidentes, o que contrastava com o acerto da Islândia na finalização e com a coesão defensiva: 6-2 era o resultado aos 10 minutos, depois de um parcial nórdico de 4-0, com uma exclusão para Rui Silva pelo meio – Portugal só viria a marcar de novo, seis minutos depois.
A atitude defensiva portuguesa e a confiança mudaram, para melhor, e aos 16 minutos mais tarde chegava o empate a sete golos (7-7), após quatro golos sem resposta, o último dos quais na sequência de uma jogada aérea finalizada por Pedro Portela.
O restante período até ao intervalo desenrolou-se sob um forte equilíbrio, com a Islândia a segurar uma vantagem mínima durante largos minutos e com Portugal a chegar ao empate por duas vezes, sem conseguir chegar à dianteira.
Na reta final da primeira parte, o guarda-redes Miguel Espinha Ferreira, que entrou pouco depois da metade da primeira parte, teve uma influência tremenda na recuperação lusa que culminou com o empate a 15 golos, antes da paragem.
A segunda metade do jogo, começou com novo período instável de parte a parte e só aos 34 minutos é que o marcador voltou a mexer, antes de mais um período equilibrado que durou até aos 40 minutos. Seguiram-se momentos difíceis para os Heróis do Mar, com duas exclusões em simultâneo pouco depois e com o placard a voltar aos três golos (21-18).
Portugal teve uma árdua tarefa de lutar contra inúmeras adversidades, para além daquilo que eram as armas do adversário, desde o apoio que vinha das bancadas – em massa, a favor da Islândia – até às várias investidas que esbarravam nos postes, mas nunca baixou os braços.
Em cima dos 50 minutos, Alexandre Cavalcanti assinou o 22-22, finalizando uma recuperação sob a forma de um parcial de 3-0, mas o azar e as dificuldades acompanharam a seleção nacional desde o início. Nos últimos minutos, nem o sistema 7×6 mudou o rumo do jogo e os festejos fizeram-se em islandês #0,26
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Miguel Espinha Ferreira foi o MVP luso – 9 defesas (35% de eficácia), enquanto o
Top Scorer foi Pedro Portela – 8 golos (89% de eficácia)
Com este resultado, Portugal avança sem qualquer ponto para a segunda ronda, onde vai encontrar a seleção da Coreia do Sul, treinada pelos portugueses Rolando Freitas e Herlander Silva, que também entrou a perder no Mundial, frente à Hungria, sendo que os lusos tentaram ganhar o jogo com uma diferença de quatr golos
Rui Silva, Capitão da Seleção Nacional, abordou esta derrota com a Islândia, afirmando que “foi um jogo difícil, sabíamos que a Islândia é uma equipa muito forte, não começámos bem o jogo mas conseguimos ir buscá-lo e discutir o jogo até ao fim, que acabou por ser decidido em pequenos detalhes. Mas agora temos de começar a preparar o próximo jogo. Não há tempo para pensar na derrota porque ainda temos muito Mundial pela frente e as nossas ambições mantêm-se intactas. Sabíamos que a Islândia era muito forte, tanto nas transições, como a aproveitar os nossos erros, como na questão dos duelos que tinham 1×1, e acabou por ser, se calhar, essa a pequena diferença. Agora temos que corrigir aquilo que fizemos menos bem e preparar o próximo jogo.”
Portugal volta a jogar neste sábado, frente à Coreia do Sul, sendo necessário vencer para depois encontrar a Hungria (dia 16 deste mês de Janeiro) e somar os dois triunfos que devem chegar para passarem à fase seguinte.
