Os Heróis do Mar entram em campo, esta quinta-feira (19h30), para o primeiro encontro do Grupo D, frente à congénere islandesa, com transmissão na RTP2.
Portugal abre o Mundial com o sexto confronto direto com os islandeses – nos últimos três anos – e a história começa a ser contada em 2020, quando a formação de Paulo Pereira encontrou, pela primeira vez, o adversário nórdico, no Main Round daquele que viria a ser o melhor Campeonato da Europa dos Heróis do Mar.
No dia 19 de janeiro de 2020, a sorte viria a sorrir aos comandados de Guðmundur Guðmundsson, ao vencerem por 25-28, num encontro em que Janus Daði Smárason foi a estrela, com oito golos marcados, mas Portugal manteve-se na luta e acabou o EHF Euro 2020, na sexta posição – após sair derrotado contra a Alemanha no jogo para o 5º lugar.
Mais tarde, os Heróis do Mar voltaram a ser sorteados juntamente com os islandeses na qualificação para o EHF Euro 2022, com os jogos a acontecerem em janeiro de 2021, imediatamente antes da estreia no IHF World Championship e, nessa altura, os lusos somaram uma vitória em casa (26-24) e uma derrota fora de portas (32-23). Oito dias mais tarde, a equipa das Quinas faria a sua estreia no Egito – novamente frente à congénere islandesa – com a glória a ficar do lado luso, com um resultado de 25-23, favorável aos comandados de Paulo Pereira, que redundou no melhor resultado de sempre – o 10º lugar.
Um ano depois, Portugal fez a sua estreia numa competição internacional – o EHF Euro 2022 – frente à Islândia e, desta vez, a sorte sorriu à formação de Guðmundur Guðmundsson que venceu por 28-24, com Sigvaldi Guðjónsson a ser o melhor marcador do encontro com cinco golos.
Paulo Pereira, Selecionador Nacional, abordou este primeiro encontro com a Islândia e as adversidades que podem ser sentidas, tendo referido que “a forma de jogar é muito semelhante, e eles não a mudaram”.
“Portanto, têm atletas fantásticos que geram dificuldades ou desequilíbrios a partir dos duelos um contra um e continuam a basear o jogo nesse poder que têm. Talvez ainda verticalizem mais o jogo, um pouco mais, mas ele já era assim, portanto agora aquilo que nós estamos a fazer é tratar de encontrar soluções para contrariar essa forma de jogar”.
Sobre a preparação para este encontro o técnico mostrou-se otimista no trabalho, ao dizer que “estamos a preparar tudo bem e a trabalhar nos detalhes porque isso é que vai fazer a diferença. Muito trabalho, muito pouco tempo e é isso que estamos a tratar de fazer – encontrar as melhores soluções ofensivas, defensivas e as relações – como é que vamos contrariar os problemas, sobretudo da Islândia, por ser o primeiro jogo”.
A Islândia, já de si muito forte em termos de grupo, apresenta ainda uma mão cheia de individualidades de alta categoria, como são os casos de Gísliporgeir Kristjánsson, central que alinha pelo Magdeburgo (Alemanha) e que tem sido uma das estrelas da LIQUI Moly Bundesliga, levando já 66 golos marcados em 16 jogos e conta ainda com 51 assistências, estes somados com os 61 tentos que tem na EHF Champions League, sendo um dos jogadores mais perigosos desta formação, devido à velocidade que impõe no encontro, aos duelos 1×1 e aos recursos que apresenta.
Ómar Ingi Magnússon, colega de equipa de Kristjánsson, é também uma das armas da Islândia, que também alinha pelo Magdeburgo, que leva os mesmos 61 golos na corrente época da EHF Champions League. Na LIQUI Moly Bundesliga, o lateral direito conta com 102 golos marcados, 59 assistências e sagrou-se, a par do colega, vencedor da edição de 2022 da IHF Super Globe – uma das suas maiores armas é o 1×1 e o remate exterior. Ómar Ingi Magnússon foi ainda eleito atleta do ano no seu país de origem, pelo segundo ano consecutivo.
Bjarki Már Elísson, o ponta esquerda da equipa, é também uma das figuras mais proeminentes, que esta época se mudou para o Telekom Veszprém (Hungria), eterno rival do Pick Szeged onde alinha Miguel Martins. Apesar desta não ser uma das suas melhores época a nível de clubes, na seleção tem-se mostrado uma das suas mais-valias devido à sua eficácia de remate e, esta época, conta já com 14 golos ao serviço da Islândia, em apenas dois jogos.
Viktor Gísli Hallgrímsson, guardião do HBC Nantes (Fança) e colega de equipa de Alexandre Cavalcanti, Pedro Portela e Manuel Gaspar, tem sido uma revelação – apesar da sua recente lesão – com excecionais performances na EHF Champions League, bem como, nas competições internas.
Nota também para Aron Pálmarsson, antigo central do Barcelona, que alinha pelo Aalborg Handball (Dinamarca), um atleta com vasta experiência e que poderá ser um fator disruptor do jogo.
O encontro inicia-se pelas 19h30 portuguesas, na Kristianstad Arena, com transmissão directa na RTP2.
Nota ainda para a dupla de árbitros portugueses Duarte Santos e Ricardo Fonseca, que vão também representar Portugal na competição.
Portugal jogará com a Coreia do Sul (sábado) e com a Hungria (segunda-feira)