Os vice-campeões da Europa conquistaram o primeiro triunfo no Torneio das 4 Nações após derrotarem a França (34-26), com Portugal a defrontar a Espanha, este domingo, no último jogo do torneio.
Foram os franceses os primeiros a marcar mas rapidamente a seleção das Quinas respondeu em dobro e assumiu o comando do marcador, através de Ricardo Brandão. No entanto, Auguste Longerinas devolveu a vantagem à seleção francesa, através da marca de castigo máximo. Com as defesas a superiorizarem-se aos ataques e com sucessivas exclusões – refletidas em diferenças numéricas – o marcador foi oscilando entre empates e lideranças mínimas a favor dos “les bleus”, até que Pedro Oliveira devolveu a liderança aos portugueses (7-6).
O primeiro time-out acabou por surgir pela mão do técnico francês, com tudo empatado e o relógio a contar 18 minutos, mas quem regressou melhor foram os homens de Carlos Martingo que, com um parcial de 3-0, alcançaram uma inédita vantagem e obrigaram a nova paragem técnica por parte dos gauleses. A reação adversária (12-11) levou Carlos Martingo a solicitar o seu primeiro tempo técnico, com pouco mais de um minuto por jogar da primeira parte mas as equipas acabaram por recolher aos balneários com a mesma diferença (13-12).
Os portugueses entraram bem no segundo tempo, com Diogo Rêma Marques a ajudar entre os postes, os cinco golos à maior acabaram por surgir pela mão de André Pereira (20-15) e o técnico francês viu-se obrigado a parar o encontro aos 37′.
Os jovens vice-campeões da Europa seguiram a dominar o encontro e acabaram por dilatar a diferença (26-20), sensivelmente a meio da segunda parte. Após cerca de cinco minutos sem qualquer golo, Bernardo Pegas assinou a diferença de sete e os franceses continuavam a acusar dificuldades em ultrapassar a defensiva lusa. Até final, os jovens lusos conseguiram gerir a vantagem e garantir o triunfo diante da seleção francesa (34-26).
Este domingo, Portugal tem o último desafio, frente à Espanha, numa reedição da final do M20 EHF Euro às 8h00 (hora portuguesa).
Sobre a vitória sobre a França, Carlos Martingo encarou como uma boa reação da equipa em relação à derrota consentida no primeiro jogo do Torneio, diante dos anfitriões [Alemanha], tendo referido que “acho que foi uma excelente resposta que a equipa deu perante o mau jogo que ontem realizámos. Hoje efetuámos um bom jogo e competente em quase todos os capítulos do jogo, portanto estamos muito satisfeitos com o resultado que obtivemos.”
Quanto ao último duelo em Hannover, frente à seleção espanhola, o técnico luso afirmou que é “sempre um jogo de características diferentes, são duas excelentes equipas. Não é a hora ideal para jogar [8h00 – hora portuguesa], iremos fazer tudo para nos apresentarmos a um bom nível, descansar e fazer um jogo pelo menos tão bom como o que fizemos hoje [sábado] e continuar o trabalho que fomos realizando ao longo destes dias, sabendo que amanhã é mais uma etapa para o objetivo final que será nos apresentarmos no Mundial em boas condições.”
No outro encontro, a Alemanha defronta a França (12h)
Benfica continua a sonhar com os quartos de final do europeu de clubes (feminino)
Benfica e Antalya Konyaalti BSK empataram (35-35) no jogo da primeira mão dos oitavos de final e a eliminatória está em aberto para o segundo jogo, a ser efectuado no Pavilhão do Estádio da Luz, no dia 15 deste mês de Janeiro.
Naquele que foi o jogo mais difícil desde o início da temporada, o Benfica entrou confiante, com dois golos sem resposta, e liderou o marcador até perto dos 10 minutos, altura em que o Antalya Konyaalti BSK protagonizou o primeiro momento de crescimento no jogo. As turcas consumaram a primeira reviravolta e alcançaram dois golos à maior (6-4), com um parcial de 3-0.
A resposta das Campeãs Nacionais foi imediata e em cima dos 14 minutos, apareceu nova liderança portuguesa, ao 7-8, pela mão de Ana Silva. No entanto, as dificuldades no ataque começaram a ser mais acentuadas para o Benfica e o Antalya Konyaalti BSK “retaliou” da forma mais criteriosa de toda a primeira parte, com quatro golos sem resposta e uma inédita vantagem de três golos (11-8, aos 18 minutos).
O jogo voltou a mudar de rumo nos sete minutos seguintes, com o Benfica a melhorar em toda a linha e, com a ajuda da guarda-rede Isabela Ferrarin, voltou a agarrar o empate, desta vez a 14 golos. A etapa inicial não terminou sem que a equipa turca conseguisse aumentar ligeiramente a diferença no marcador (17-15).
Os primeiros 15 minutos da segunda parte desenrolaram-se a um ritmo intenso, com ataques rápidos e algumas precipitações de parte a parte e com várias trocas na dianteira do resultado.
O Benfica ficou limitado nas ações devido a algumas exclusões e, no que toca à eficácia na finalização, o Antalya Konyaalti BSK apresentava uma percentagem maior.
A equipa lusa ia conseguindo anular sucessivas vantagens de dois golos, mas sem se impor verdadeiramente na partida e a 10 minutos do fim perdia por 29-27, antes de empatar a partida a 29 golos.
Numa reta final de jogo frenética e com os nervos à flor da pele, o Benfica nunca desistiu de sair da Turquia com um resultado positivo e, depois de muita luta, chegou à dianteira em cima do último minuto (34-35). A 30 segundos do fim, o Antalya Konyaalti BSK empatou o jogo na sequência de um livre de 7 metros e não houve mais mudanças no marcador (35-35).