ATLETISMO
Bem se pode dizer que a manhã deste domingo é a festa da corrida, com três provas a efectuarem-se em simultâneo, desde a Mini, à Meia e terminando na Maratona, pela primeira vez de Cascais a Lisboa, passando por Oeiras.
Ao todo, são cerca de vinte mil os participantes que, vindos da Ponte da Vasco da Gama (Mini e Meia-Maratona) e de Cascais (Maratona), têm a chegada no mesmo local, com o natural espaço temporal de passarem a linha de meta.
Os olhos dos milhões que vão assistir em directo (via RTP para todo o mundo) vão estar apenas nas corridas dos 21.097 e dos 42.195 metros, isto por causa de um lote de atletas estrangeiros de gabarito, onde avultam os quenianos e etíopes, os “senhores” do mundo neste tipo de provas.
Dadi Yami (Etiópia) é o mais cotado para a maratona, dado que se apresenta com o tempo de 2.05.41, obtido em Hamburgo no ano passado, estando bem perto o seu compatriota Deriba Merga, com 2.06.38 e o queniano Elijah Keitany, com 2.06.51, os únicos abaixo das 2.07.00. Sabe-se que há três “lebres” para imprimir um andamento rápido até determinada parte do percurso, havendo desde já a certeza de que o tempo a realizar serás o melhor de sempre feito em Portugal nesta distância. Adversidades podem ser o calor (está prevista uma temperatura até 24º no decorrer da prova, o que é elevada), sendo que a brisa marítima do Tejo – ao longo de toda a prova – possa amenizar.
No lado feminino, o destaque vai para as quenianas Helena Kiprop (2.23.37) e Agnes Kiprop (2.23.54).
Na meia-maratona – cujo melhor tempo mundial foi conseguido em Lisboa, mas não neste percurso – o realce vai para um queniano e três etíopes, todos com tempos inferiores à uma hora. São eles Wilson Kiprop (59.39), Dino Kemal (59.42), Gideon Ngatury (59.50) e Imane Merga (59.56). O recorde deste percurso é de 1.00.20, por Silas Sang em 2009.
Dos portugueses, Hermano Ferreira é o mais destacado – tem sido o melhor português nos últimos anos – contando-se ainda com Ricardo Ribas, Pedro Ribeiro, Luís Feiteira e José Moreira.
No lado feminino, o destaque vai para a italiana Valeria Straneo (1.07.46), à frente da etíope Workmesh Debele (1.07,49) e doutra italiana, Nadia Ejjafinni (1.08.27).
Das portuguesas, Jessica é a mais categorizada, a par de Dulce Félix, que não se sabe se estará presente por falecimento do pai, sexta-feira, devido a doença prolongada.
De qualquer forma estão reunidos todos os ingredientes para não ficar na cama e comparecer no Parque das Nações. Também haverá Os Corvos e os Xutos e Pontapés entre outros grupos musicais que vão actuar sob a pala do Pavilhão de Portugal.