Ao derrotar a Croácia (3-0), na primeira meia-final do Mundial do Qatar2022, esta terça-feira, a Argentina, de uma só vez, impediu a Croácia de voltar a ser finalista (como em 2018), conquistou a sexta presença na final de um mundial e Messi igualou (5 golos) o francês Mbappé na liderança dos marcadores neste ano.
Quase uma mão cheia de virtudes para quem ainda não se tinha mostrado a sério como favorita mas que, neste momento, se aponta como a mais provável campeã, tentando atingir o terceiro título mundial na história da competição, depois de 1978 (no respectivo país) e 1986 (México).
Não esquecendo que a Argentina esteve na final da primeira edição (1930), no Uruguai, onde perdeu com a selecção do país organizador.
No encontro desta terça-feira, Messi 34’, de grande penalidade) abriu o caminho para o triunfo final, que ganhou mais força quando Alvarez (39’) chegou ao 2-0 e que o mesmo jogador, bisando, confirmou com um 3-0 (69’) o apuramento para a final, marcada para o próximo domingo.
Poder-se-á dizer que os argentinos como que utilizaram a mesma táctica que Marrocos, deixando a posse de bola (39/61%) e o maior volume de remates (9-12) para a Croácia, mas deixando para si a primazia de rematar mais (7-2) para a baliza croata, de onde saíram os três golos do triunfo.
A que se junta, ainda, o facto de a Croácia ter precisado de 608 passes para tentar chegar ao golo (o que não conseguiu), enquanto os argentinos apenas precisaram de 399 passes para marcarem três golos. Soberbo o que a Argentina mostrou no Lusail Stadium, em Doha.
Quanto aos marcadores, Messi (Argentina) e Mbappé (França) são os melhores no Qatar (5 golos), seguindo-se Alvarez (Argentina) e Giroud (França), com 4; Gonçalo Ramos (Portugal) – e mais seis – com 3, numa ordem que poderá ser alterada esta quarta-feira, considerando a presença de Giroud e Mbappé na equipa francesa, frente a Marrocos, que tem como melhor marcador En Nesyri, com dois golos apenas.
Esta quarta-feira, França e Marrocos (19h) jogarão a outra meia-final, no Al Bayt Stadium, sendo de esperar uma partida em que tudo pode acontecer, mais ou menos em “família”, face à longa história da ligação dos dois países.
Face ao que se viu neste Mundial até ao momento, a França, na qualidade de campeão em título, está de “peito cheio” para voltar a repetir a final, quatro anos depois, restando saber o que “pensam” os marroquinos, tornando a partida mais “apetitosa” para este dia 14 de Dezembro de 2022.