Os 22 trabalhos apresentados no âmbito do concurso público de conceção para a elaboração do projeto da sede do Comité Paralímpico de Portugal, promovido pelo Comité Paralímpico de Portugal com assessoria técnica da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitetos, foram apreciados pelo Júri e ordenados.
Conforme o Relatório Final de Júri, a proposta vencedora, da autoria do Arquitecto Marcelo Dantas “vai ao encontro das premissas de projeto, resolvendo com muita eficácia e inteligência a implantação e presença do edifício no tecido urbano. Sendo a envolvente imediata constituída por moradias unifamiliares relativamente indiferenciadas, o Júri considerou que o carácter icónico do edifício vai contribuir positivamente na criação de uma nova centralidade e referência no bairro, uma «âncora»”.
O Júri faz também referência à “forma circular e compacta contribui para se soltar da envolvente residencial e assumir o seu carácter de exceção e institucional, não havendo um «lado» ou «alçado» principal em detrimento de outro.”
O Júri valorizou ainda “o facto de todas as questões relacionadas com acessibilidades estarem totalmente resolvidas de um modo muito natural e discreto, quase invisível, sendo esse, também, um dos princípios do desenho universal.”
A proposta da autoria de André Campos-Joana Mendes – Arquitectos, Lda, classificada em 2º lugar, evidencia-se pela “imagem, do ponto de vista da cota superior (Rua José Pedro Lourenço), extremamente sedutora, com o edifício a não bloquear o campo perspético, complementado por uma cobertura ajardinada para usufruto visual.”
O Júri aponta ainda que a “solução está concretizada numa composição de espaços de materialidade sóbria e delicada que funcionam bem na articulação espacial em volta do pátio.”
A proposta classificada em 3º lugar, da autoria de Black Bureau, Lda destacou-se “pela extrema contenção formal e material. Com uma das menores implantações apresentadas, trata-se de uma proposta com uma abordagem conceptual com uma genuína preocupação em gerir a pegada ecológica do esforço construtivo. Uma lógica quase “pavilhonar” resolve o programa com eficácia, sugerindo um apreciável grau de adaptabilidade para a evolução de futuros usos.”
A proposta de Gil Menezes Cardoso Unipessoal, Lda classificada em 4º lugar, apresenta “uma solução caracterizada por uma grande expressão plástica e material.”
Em 5º lugar ficou a proposta de Héctor Salcedo García (studio swes arquitectos) que se caracteriza pela “qualidade plástica e espacial, tanto no exterior como no interior. Os ambientes interiores revelam-se cuidados e bem estudados nos vários detalhes que são apresentados nas imagens.”
A ordem de classificação foi a que se apresenta:
1º classificado
Concorrente: Marcelo Dantas, Unipessoal, Lda
Coordenação: Marcelo Dantas
2º classificado
Concorrente: André Campos . Joana Mendes – Arquitectos Lda
Coordenação: André Campos
3º classificado
Concorrente: Black Bureau, Lda
Coordenação: Daniel Zamarbide Elizondo
4º classificado
Concorrente: Gil Menezes Cardoso Unipessoal Lda
Coordenação: Francisco Caseiro
5º classificado
Concorrente: Héctor Salcedo García (studio swes arquitectos)
Coordenação: Héctor Salcedo García