Por aquilo que se tem visto e lido por todas as latitudes – remontando a 2012, ano em que foi atribuída a organização ao Qatar, num processo de dúvidas que ainda se discute nos gabinetes – será que o Futebol vai ficar incólume?
Essa pode ser a grande incógnita que se coloca na partida, mas que, em face dos desenvolvimentos que se processem, poderá ser dissipada à medida que cada jogo seja disputado dentro das normas – sociais, de fair play, de ética, de transparência, de integridade, de superação – tenha um sucesso no campo desportivo, seja para a equipa A ou B.
No que será a 22ª edição do Mundial de Futebol, iniciado em 1930 (ainda que em 1942 e 1946 não se tenha realizado por força da II Guerra Mundial), 32 equipas de outros tantos países, que cumpriram as várias fases de apuramento para esta fase final, vão tentar demonstrar como é que aqui chegaram e qual o potencial de “armas” vão mostrar de jogo para jogo, de fase para fase, até se chegar às duas que discutirão o ceptro de campeão mundial.
Como único que esteve presente em todas as edições, o Brasil é o único que se pode considerar como o mais histórico, não só por isso como também pelos cinco títulos que conquistou ao longo dos oitenta e quatro anos da competição (sendo que foi vencido nas finais de 1950 e 1998, quando Uruguai e França foram campeões), o que o torna como um dos favoritos.
Por esta ordem de grandeza, Itália (1934, 1938, 1982 e 2006, perdendo a final em 1970 e 1994) e Alemanha (1954, 1974, 1990 e 2014) conquistaram quatro títulos, relevando-se ainda que os alemães perderam nas finais de 1966, 1982, 1990 e 2002, o que faz aumentar o seu favoritismo do ponto de vista apenas aritmético, tal como para os restantes países que foram campeões e vice-campeões.
Na edição de 2022 cabe ao Qatar, enquanto país organizador, dar o pontapé de saída frente ao Equador, que se inicia este domingo (16 horas), quando se começam a concentrar todas as atenções nos milhares de antenas que difundirão o evento pelos quatro cantos do mundo, quiçá com a Rússia a continuar a fazer voar as suas armas bélicas rumo a uma Ucrânia que, estoicamente, resiste, contra-ataca e quer afastar as tropas de Putin para as suas fronteiras registadas na Carta das Nações Unidas.
Como se recorda, Portugal só entrará em cena na próxima quinta-feira (frente ao Gana, 16 horas) e, até lá, Fernando Santos terá de avaliar e decidir sobre quem vai colocar no onze inicial, em especial pela situação vivida por Cristiano Ronaldo nos últimos tempos que, como é latente, tem reflexos no seio da equipa nacional.
Dar “borlas” no primeiro jogo pode ser fatal para qualquer uma das equipas que seja derrotada, ainda que um empate suavize a situação, mas que pode colocar os mais cotados (Portugal é um dos favoritos?) em lençóis menos suaves.