FPF/Diogo Pinto
Fernando Santos e António Silva fizeram, esta quarta-feira, a antevisão da partida de preparação para o Mundial frente à Nigéria, esta quinta-feira (18h45), no Estádio de Alvalade.
Para o seleccionador nacional, “há algum cansaço acumulado. Já tínhamos falado disso. Temos que gerir bem a condição física. Em julho há jogadores que vão com ritmo, outros sem ritmo. A meio é quase a mesma coisa, alguns com paragem mais prolongada… O Cancelo é de todos o que mais minutos tem. Agora até dia 24 vamos gerir todas estas questões para estarem todos bem”.
Adiantou que “temos até mais hábitos com as seleções sul-americanas. Em relação ao continente africano, como o Gana, tem essa matriz também. A Nigéria tem algo a ver com o Gana. Tem jogadores muito rápidos, exploram a velocidade. São muito talentosos. Não sei como a Nigéria se colocará em campo. mas normalmente jogam em 4x4x2 e o Gana muitas vezes em 4x3x3. O José Peseiro também demonstrou muito interesse em realizar esse jogo em Portugal. Foi uma escolha boa”.
Salientou que “como disse o João Mário, quatro ou cinco perguntas tem sempre a ver com o Cristiano. Esta questão não tem nada a ver connosco nem com a Seleção Nacional. Foi o jogador, o homem que decidiu dar uma entrevista. Ele não fala da Seleção Nacional, é uma entrevista muito pessoal e temos de respeitar. Tem a ver com tolerância. Não vi ninguém na Seleção a comentar o assunto. Neste momento, Cristiano Ronaldo, tem sintomas de gastroenterite, algo que deita muito abaixo os jogadores. Não vai treinar por isso, está no quarto para repousar e para amanhã não vai estar pronto seguramente”.
Quanto a Pepe, disse que “está a recuperar, trabalhou forte com a equipa dele, com ritmos competitivos fortes. As nossas equipas trabalham muito forte e temos mais 10 dias para continuar a melhorar. Amanhã com certeza que irá ter algum tempo de jogo para melhorar os seus ritmos competitivos”.
Sobre António Silva, deixou claro que ” tenho confiança total no jogador. Como ele referiu, se foi convocado é porque acredito nele. Havia uma vaga para central. Nesta convocatória decidi que sendo 26 jogadores levaria 4 centrais. Três estavam praticamente certos, Danilo, Pepe e Rúben Dias, e depois fui vendo os outros. Observei muitos jogos. A minha equipa joga normalmente a quatro e dei atenção redobrada aos que jogam a quatro na defesa. Podiam ter vindo outros mas pelo que vi nos jogos muito mais exigentes, como Champions, clássicos, dérbis, acabou por recair nele e é prova de confiança”.
Para o jovem, que se vai estrear na selecção nacional, “olhando para trás, não estava à espera de estar aqui e falar na Seleção Nacional. Muita coisa mudou, vou tentar trabalhar ao máximo todos os dias e o futuro dirá o que será a minha carreira de futebolista”.
Adiantou ainda que “estando nos 26 convocados, acabo por ser uma opção e sei que a Seleção Nacional tem jogadores de muita qualidade, mas estou aqui para tentar ajudar. Jogando amanhã (hoje) ou não, espero ajudar da melhor maneira possível. Sempre fui educado assim e sou um rapaz muito humilde. Claro que há coisas que me chegam aos ouvidos, mas fui assim educado pelos meus pais. Vou continuar assim”.
Rematou que “cresci a ver o Cristiano Ronaldo jogar. Não me lembro de ver futebol sem ele. É um grande exemplo e é tentar aprender ao máximo com ele. Não só com ele, mas com os outros que estão aqui. Só assim vou ficar melhor jogador”.
Portugal, recorde-se, parte esta sexta-feira para o Catar onde, na fase de grupos, enfrentará as congéneres do Gana, Uruguai e Coreia do Sul.
