Tarantini, ficou em Portugal para seguir um caminho de solidariedade para com jovens que aspiram a ser estrelas, num “case study” desenvolvido pela jornalista Lúcia Gonçalves (SIC).
Como tínhamos anunciado de véspera, o filme intitulado “Jogo de Ilusões”, submetido a concurso na categoria de Mostra de Televisão – no Lisbon Sport Film Festival’2022, que se encerrou este domingo – da autoria da jornalista Lúcia Gonçalves (SIC), foi o vencedor do respectivo prémio.
O que apenas se soube este domingo foi o tema desenvolvido, que teve a ver com a vida profissional e pessoal do jogador de futebol Tarantini, que jogou no Rio Ave, que terminou a carreira para se dedicar a uma área que precisa de muito apoio, que se relaciona com o percurso a seguir pelos jovens que demandam, dia a dia, vários clubes espalhados pelo país, na procura de uma vida melhor que o futebol possa proporcionar.
Percurso que, logo à partida, surge em paralelo com a educação (escola oficial), porquanto a actividade desportiva se desenrola em simultâneo os treinos da modalidade escolhida, neste caso o futebol, ou outra qualquer modalidade, porquanto a única diferença (e bem grande) são os meios financeiros proporcionados por cada um, para se poder seguir a carreira até onde for possível.
Tarantini (Ricardo José Vaz Alves Monteiro, nascido em 7 de outubro de 1983), que foi estudando ao longo da vida de futebolista, conciliando com a vida de jogador profissional de futebol, foi o primeiro praticante de futebol português a conseguir apresentar uma tese que o levou a receber o grau de Doutor, o que o colocou como um exemplo ímpar no desporto nacional.
Para a autora do filme, Lúcia Gonçalves, “a organização está de parabéns pela realização do evento, com uma forte tenacidade para o concretizar, porquanto fui acompanhando o seu desenrolar, e agradeço ao júri a atribuição do prémio, que partilho com a equipa da SIC”, tendo acrescentado que “o filme é um relato da coragem de Tarantini ao seguir uma via solitária no futebol, numa sociedade que idealiza as estrelas (jovens jogadores) mas que não assimila que não é do pé para a mão que se chega aos milhões a que outros já chegaram. Cristiano Ronaldo só há um!”
Adiantou que que “pelo caminho, essa tentação leva os jovens a abandonar os estudos, para se dedicarem a “sonhar” em chegar às estrelas, um “jogo de ilusões” que se pode esfumar num ápice” situação que Tarantini vai tentar evitar, recusando milhões das Arábias, para se dedicar a este tipo de projectos em Portugal, esperando-se que a Federação Portuguesa de Futebol também possa acarinhar”, porquanto de âmbito de responsabilidade social!
Na mostra “Desporto e Sociedade”, “Mulheres à Cesta”, de Silvia Spolidoro e Hellen Suque (Brasil), na categoria de longa-metragem, e “Ramón”, de Natalia Bernal Castillo (Colómbia/México), na categoria de curta-metragem.
Na mostra “CineFoot Portugal”, “Em busca da história do Cruzeiro”, de Gustavo Nolasco e André Amparo (Brasil), na categoria de longa-metragem, tendo o prémio sido recebido por Cristiano Paulo do Carmo, membro da Torcida do Cruzeiro, residente em Portugal (Academia Recreativa da Ajuda), clube brasileiro que deu o nome ao filme.
O filme “O goleiro solitário” (Estados Unidos), de Andre Andreev, na categoria de curta-metragem, foi o vencedor nesta categoria.
O júri decidiu conceder a Menção Honrosa ao filme “Moacyr Barbosa”, de Emílio Domingos (Brasil), pelo resgate da dignidade e história de um dos melhores guarda-redes brasileiros de todos os tempos.
Fruto da parceria entre o Lisbon Sport Film Festival e a FICTS – Federation Internationale Cinema Telvision Sportifs, os filmes premiados serão indicados a participar na World FICTS Challenge 2023.
Antes da entrega dos prémios e também fora de concurso, passou pelo écran do Fórum Lisboa (Câmara Municipal de Lisboa) o filme intitulado “Brasil na Pista”, realizado por Ernesto Rodrigues (Brasil), em que retrata um “inédito resgate da importante participação dos pilotos brasileiros em mais de quatro décadas na história da Fórmula 1.
Pelas imagens desfilaram dezenas de histórias que reconstituem, a partir de depoimentos inéditos, momentos de brilho, drama, tragédia, escândalo, risco e controvérsia, dentro e fora da pista”.
Pilotos como Emerson Fitipaldi (bicampeão entre 1970 e 1980), Nelson Piquet (tricampeão entre 1978 e 1991) e Ayrton Sena (tricampeão entre 1984 e 1994), sendo de realçar as imagens correspondentes a algumas das mortes verificadas na competição, enaltecendo a tenacidade de toda a classe, que continua a arrastar multidões para os Autódromos de todo o mundo.
A UESPT, liderada por Teresa Ramilo e Fonseca Santos, soube, uma vez mais, repletos de coragem, concretizar esta 4ª edição do Lisbon Sport Film Festival, estando já marcada a edição de 2023.