Britânicos amigos, ao derrotarem o Marselha, no seu próprio campo, acabaram por ressuscitar o Sporting para a Liga Europa e afundaram os franceses do Olympic de Marselha, que disseram adeus às competições europeias deste ano.
Pelo que, o Sporting foi salvo de também “arrumar as botas europeias”, porquanto, mesmo perdendo com o Frankfurt em Alvalade, fixou-se no 3º lugar, com acesso ao playoff na Liga Europa.
Num grupo D (diabólico) que deu água pelas barbas, o Sporting a perder o tino nas últimas quatro jornadas e esteve à beira de um colapso que não aconteceu porque a “estrelinha” estava do seu lado e, também, do mérito dos britânicos terem marcado o golo do triunfo no período de descontos, o que ajudou os leões nesta passagem à Liga Europa.
Mas tudo dependerá dos adversários que se colocarão pelo caminho, o que se saberá depois da realização dos jogos a efectuar esta quarta-feira, correspondentes à segunda parte desta última jornada da fase de grupos e, também, dos clubes que virão da Liga Europa.
No jogo realizado no Estádio Alvalade – com cerca de 36.000 adeptos sportinguistas presentes, a que se juntaram os cerca de 5.000 do Frankfurt, num total de 41.744 – os leões até começaram por marcar primeiro mas acabaram por serem derrotados, quiçá porque a Juventude Leonina (a mais antigo do Sporting) terá deitado algum “mau olhado” sobre a equipa, depois de saberem que o executivo do clube de Alvalade tinha fechado a água e desligado a electricidade da sede que ocupam no Estádio.
Fosse pelo que fosse, a verdade é que o Sporting não jogou bem, criou poucas oportunidades, deixou os alemães tomarem conta do jogo e foi que se viu: uma equipa a marcar e a outra (leões) a cansar-se, sem rematar e muito menos marcar, que era o único objectivo.
A jogar com um sistema de 5x3x2 – apesar de ter sido apresentado na respectiva folha distribuída pela Comunicação Social um 3x4x3 – podia pensar-se que era preciso defender mais do que atacar, pensando que o empate seria suficiente para passar aos oitavos da Liga dos Campeões. Se foi o pensado por Rúben Amorim – o que não parece, porquanto o técnico tinha referido que só importava vencer – tudo mal, que terá sido pior ainda se os jogadores decidiram jogar num sistema defensivo (5x3x2), que foi o apresentado em campo à vista de toda a gente.
De qualquer das formas, numa das novidades da equipa, apenas Arthur Gomes respondeu acima da média, mas algo só porquanto Paulinho voltou a estar “longe de tudo e de todos” e até podia ter sido expulso e, na direita, Edwards não esteve inspirado como noutros jogos. Daí a fraqueza do ataque sportinguista.
Na linha média, a situação não foi a melhor, dado que Pedro Porro (à direita) e Nuno Santos (à esquerda), bem como os centrais Ugarte e Pedro Gonçalves, não deram profundidade ao ataque, porquanto abusaram, como tem acontecido, das fintas e de passes errados, sem destino, o que tornou ainda as coisas mais difíceis.
Registe-se que Nuno Santos foi obrigado a sair devido a ter sofrido uma entorse no pé direito, sendo substituído por Matheus Reis (32’).
Das duas oportunidades criadas na primeira parte, a única que resultou, fruto também de alguma felicidade, foi a que (40’) deu no golo obtido por Arthur Gomes que, lançado por Ugarte, acercou-se da baliza dos alemães e rematou forte e rasteiro, com a bola a bater nas pernas do guardião e a entrar para o 1-0.
Depois do intervalo, o equilíbrio entre as duas equipas manteve-se, até que, numa disputa de bola, dentro da área, pela via aérea, Coates saltou com o japonês Kamada e, quando este cabeceou a bola foi bater no braço do central sportinguista, que tinha levantado os braços para se equilibrar e não cair do encosto tido, tendo o árbitro assinalado a falta, depois confirmado pelo VAR.
O mesmo jogador, Kamada, rematou forte e bola para um lado e Adán para outro para (62’) se chegar ao empate.
Nesta altura e como Tottenham e Leverkusen estavam empatados, o Sporting ainda tinha hipóteses de chegar à Liga dos Campeões.
Nesta altura, Trincão entrou para refrescar o ataque, mas pareceu estar algo “desaparelhado” do resto da equipa, porquanto andou â deriva, tempo suficiente para (72’) para o Frankfurt chegar ao 2-1.
Com a defesa em dificuldades para recuperar as posições tidas, Kolo Muani avançou pela área adentro e chegou ao 2-1 sem que Adán conseguisse fazer algo para o evitar.
Face a este resultado, Ruben Amorim ainda lançou para dentro do campo Jovane Cabral mas, como se viu, nada se conseguiu, porque os leões tinham perdido o “tino” final.
O Frankfurt rematou mais (6-5, dos quais 4-2 para a baliza) numa posse de bola de 55/45% para os alemães.
A sorte grande para o Sporting veio a seguir.
A salvação só se soube depois de acabar a partida em Marselha (que não teve o horário idêntico ao de Portugal, terminando oito minutos depois) que levou os ingleses a vencerem por 2-1 nos últimos segundos do encontro. Sem esperança e sem nada de palpável, o Sporting esteve com alguns “centímetros” (oito minutos) fora da Europa.
E agora, como vai ser? Uma grande incógnita que será conhecida logo após o primeiro jogo do playoff ou … talvez não!