Com algum receio dos 0-4 sofridos no Dragão, o F. C. do Porto apresentou-se na Bélgica para procurar ganhar (e vingar-se) ao Brugge, pese embora Sérgio Conceição – ainda a digerir outra derrota (frente ao Benfica, no mesmo local) – acreditasse que era possível, mas não sonhando tão alto como acabou por acontecer.
Actuando sempre com maior pendor ofensivo – como as estatísticas o confirmam – os portistas entraram em campo concentrados, porquanto sabiam que os belgas estavam apurados e a táctica era concentrar as atenções na movimentação dos jogadores da casa, para poder aproveitar oportunidades que não podiam ser desperdiçadas. Em especial porque qualquer falha, mínima que fosse, podia dar num afastamento prematuro ou ter que aguardar pelo último jogo do grupo para poder decidir. E deixar decisões importantes para a derradeira hipótese, muitas vezes, não funciona bem.
Com Taremi a comandar as operações – como tem sido hábito na zona de ataque – os portistas marcaram à passagem da meia hora de jogo (33’), quando o iraniano abriu o activo.
Evanilson, também a olhar como gente grande para a baliza adversária, complementou (57’) com a marcação do segundo golo, resultado que se manteve até ao intervalo.
Mantendo o “tino” para a baliza dos belgas, Eustáquio, três minutos depois, fez o 3-0 e o castelo de Brugges começou a ruir com grande ruído, acabando ainda por marcar o 4-0 em cima dos 70’, arrumando o assunto do apuramento, que o adversário já tinha conquistado anteriormente, pelo que o resultado final até era o menos importante.
O F. C. Porto fez 18-10 remates, dos quais 9-4 para a baliza, sendo que os belgas tiveram mais posse de bola (57/43%) sem qualquer proveito.
De realçar que o Atlético de Madrid (que empatou a dois com os alemães do Leverkusen), ficou de fora da Liga dos Campeões, podendo garantir a presença na Liga Europa se vencer o F. C. Porto no Dragão (dia 1 de Novembro), o único resultado que serve aos merengues para o efeito.
Até lá, fica a goleada histórica obtida pelos portistas, que ficam a aguardar o sorteio dos emparelhamentos para os oitavos-de-final.
Sporting à deriva não aproveitou e criou uma grande confusão ao empatar com o Tottenham
Também fora de Portugal, o Sporting teve várias oportunidades para marcar e sair vencedor no campo do Tottenham, mas Adán voltou a comprometer a equipa, ao permiti o golo do empate dos britânicos a dez minutos do final da partida.
Os leões começaram melhor, sem medos, dominaram no primeiro tempo (5-4 em remates, dos quais 1-1 para a baliza, numa posse de bola de 52/48%), período em que Edwards, em mais uma jogada individual, marcou (22’) o primeiro golo da partida, surpreendendo a equipa da casa.
Aproveitando um mau passe de um jogador dos ingleses, ainda no meio-campo sportinguista, Edwards cavalgou o terreno a toda a força, fintou um e mais outro e, de fora da área, rematou forte, rasteiro e colocado, levando a bola a entrar junto ao segundo poste.
Criou outras oportunidades, mas os remates saíram fora da linha de golo e a vantagem de um só golo, ainda que importante, não era folgada.
O que ficou provado logo no início do segundo tempo quando Adán salvou algumas situações de golo apresentadas pelo Tottenham, tendo que se estirar para evitar o pior.
Mais grave foi o facto de Nazinho – trabalhador desde que entrou em campo mas denotando algun nervosismo para jogar a este nível – perdeu duas oportunidades seguidas (76 e 77’) para poder marcar e colocar o Sporting com dois golos de vantagem, o que seria um handicap que poderia ter “acabado” com o Tottenham porque, nessa altura, os britânicos não teria, folgo para tentar dar a volta ao resultado.
Na segunda vez, só, com a baliza aberta, rematou bem ao lado do poste, deixando passar um momento que podia ter sido histórico para os leões.
Dois minutos depois (80’), os ingleses chegaram ao empate. Tendo sido o que mais alto saltou no seguimento de um cruzamento para o centro da área sportinguista, Betancur desviou a bola, de cabeça, para a baliza de onde saíra Adán que, não saltando com o avançado inglês, ficou de pés colados ao chão, dando uma “fifía” que valeu o empate no jogo e que criou mais dificuldades ao Sporting para o último jogo desta fase de grupos.
Neste segundo tempo, a estatística foi favorável aos donos da casa, com 18-10 em remates, dos quais 7-4 para a baliza, numa posse de bola global de 59/41%.
O Sporting vai receber o Frankfurt, que tem os mesmos pontos (7) que os leões, menos um que o Tottenham (8) e mais um que o Marselha (6), sendo impossível adivinhar o que se vai passar no Dia de Finados.
Bayern, Benfica, Chelsea, Brugge, Borussia Dortmund, Manchester City, Nápoles, Paris Saint-Germain, Real Madrid, F. C. Porto, Inter e Liverpool são as doze equipas apuradas para os oitavos-de-final, faltando apenas quatro, que serão conhecidas no final da última ronda da fase de grupos, no dia 1 de Novembro.
