Foi uma noite de sonho a que se verificou ao final desta terça-feira no Estádio da Luz onde, no baptismo de um novo écran gigante, o Benfica brilhou a grande altura, como que relembrando as grandes noites dos títulos europeus conquistados em tempos passados.
Numa exibição de gala, comandada pelo maestro Rafael (Rafa) – 2 golos e muito mais – a equipa da águia ao peito soube encontrar, de forma rápida (demorou apenas 17 minutos a marcar o primeiro golo), o caminho para a “capoeira” à guarda do guardião da Juventus, formação que vendeu cara a derrota, mas que podia ter feito história, quando chegou ao 4-3 (79’), depois de estar a perder 4-1 nos primeiros minutos do segundo tempo.
Na primeira situação, o Benfica – que entrou de rompante após o apito inicial do arbitro – pareceu que “flutuava” sobre a relva de um Estádio “à pinha” (60.131 espectadores), deixando toda gente de boca aberta ao manter a baliza de Odysseas inviolável mais uma vez na presente época, se bem que, em apenas dois minutos (77 e 79’), os italianos estiveram à beira de levarem o Benfica ao tapete, ainda com vinte minutos para jogar.
Aí chegados, pensando melhor mas facilidades concedidas, quiçá por adormecimento passageiro, o Benfica retornou a “viver” – de novo através da acção de Rafael que (86’) atirou a bola ao poste, num final desgastante, considerando que a Juventus teve oportunidade, por duas vezes, de chegar ao empate e, eventualmente, poder ultrapassar o Benfica no marcador.
Mas não aconteceu e o Benfica mereceu, pela exibição feita, a passagem aos oitavos-de-final, entrando na fase crucial de jogo-a-jogo poder ir mais longe.
Depois do mundial logo se verá!
António Silva (17’) fez o 1-0, Kean empatou (21’). João Mário fez o 2-1 (de grande penalidade) aos 28’, tendo Rafael chegado ao 3-1 (35’), depois de um certo “apagão” dos italianos.
No segundo tempo, Rafael voltou a marcar (50’), fazendo o 4-1, com Milik a reduzir (77’) e McKennie (79’) a chegar ao 4-3, em dois minutos que quase fizeram desmoronar a formação do Benfica. Não aconteceu para felicidade do Benfica.
A partida foi discutida quase taco-a-taco, porquanto os benfiquistas fizeram mais remates (15-14, dos quais 6-5 para a baliza), numa posse de bola de 55/45%, o que demonstrou um equilíbrio condizente com o trabalho realizado, onde foi um primor ver tantos golos.
Neste grupo (H), PSG e Benfica, ambos com 11 pontos, garantiram a subida aos oitavos-de-final, estando o M. Haifa (Israel) no 3º lugar (venceu a Juventus), com os jogos do dia 2 de Novembro (Juventus-PSG e M. Haifa-Benfica) a decidir quem segue para a Liga Europa e fica pelo caminho.
Esta quarta-feira, F. C. Porto (grupo B) joga frente ao Brugge e só pode pensar no triunfo, difícil, porquanto os belgas comandam com mais quatro pontos do que os portistas, enquanto o Atlético de Madrid recebe os alemães de Leverkusen, estando ambos separados por um ponto, com os madrilenos a somar 4, ameaçando o F. C. Porto.
No grupo D, o Sporting defronta o Tottenham em Inglaterra, ingleses que comando o grupo com 7 pontos, mais um que Marselha e Sporting, pelo que os leões também tem que lutar pelo triunfo para poderem pensar em seguir para os oitavos-de-final, enquanto o Frankfurt recebe o Marselha, cujo resultado poderá baralhar ainda mais a classificação, deixando para a última ronda (1 de Novembro) todas as decisões.
Um mudar de hora que se aproxima e que pode provocar um cavalgar de emoções e partir alguns corações.
