Terça-feira 24 de Novembro de 1547

Sporting tremeu e Braga colou-se ao F. C. Porto no segundo lugar da Liga Bwin

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No Estádio José de Alvalade, o Sporting continuou, este sábado, a tremer ante uma jovial equipa que dá pelo nome de Casa Pia Atlético Clube – os célebres Gansos – que se encontra na 5ª posição da classificação da Liga Bwin.

Na metade da 10ª jornada, com os jogos realizados, o Sporting de Braga foi vencer ao Estoril e chegou-se ao F. C. Porto, que tinha perdido ante o Benfica na sexta-feira, o que poderá dar uma maior animação para as próximas jornadas, se bem que a procissão ainda vá no adro, como soe dizer-se.

Quanto à partida Sporting-Casa Pia, recorde-se que foi há 83 anos que as duas equipas se defrontaram pela última vez a contar para o Campeonato Nacional da I Divisão, quando os leões derrotaram os casa-pianos por 4-2, num encontro efectuado nas instalações da Casa Pia.

Neste espaço de tempo, a formação de Belém, que começou por ser escolar, passou a uma situação autónoma e, ao fim de todos estes anos, conseguiu regressar ao convívio dos grandes, cumprindo um calendário de 10 jogos, que resultaram em 5 vitórias, dois empares e duas derrotas, o que é excelente.

No encontro deste sábado, apesar de um domínio completo dos leões (8-2 remates, dos quais 5-1 para a baliza, numa posse de bola de 67/33%, na primeira parte), a verdade é que o Casa Pia soube-se defender e, até, colocar-se em vantagem no marcador quando (43’), num contra-ataque rápido e até inesperado, a bola foi lançada para o meio campo leonino, a defesa da casa não conseguiu desviar a bola, que chegou a Clayton, deu ums passos em frente e quando Adán saiu da baliza, para tentar cobrir o ângulo, o brasileiro meteu a bola na baliza sportinguista com a maior facilidade.

Bastaram poucos segundos para que o “tremer” da formação de Rúben Amorim viesse ao de cima, apesar da vantagem da tal estatística, levando a desvantagem para dentro do balneário, para que algo pudesse ali ser feito para reverter a situação.

A vantagem da posse de bola por parte do Sporting justifica-se apenas porque quer Edwards quer Nuno Santos, usam e abusam das fintas sem progressão, fazendo o tempo “escoar” mais depressa, mas sem resultados palpáveis.

É verdade que sabem “colar” a bola à bota, tem um grande poder de finta, mas a questão nuclear é que apenas tem um pé (esquerdo) para funcionar. O que é pouco e não rende sobremaneira, a não seja que possa haver brindes a todo o momento.

Como assim não foi, a desvantagem seguiu para intervalo.

Como se pressupunha – porque era o único método apropriado à situação negativa – o “murro” na mesa foi dado, ainda que não havendo notícia de que alguma se terá partido, porquanto os comandados de Amorim entraram em campo com uma “fome” tal que não largavam a presa (“bola”) até que a referida pudesse entrar na baliza adversária, fosse de que maneira fosse, mas com rapidez, para acalmar os ânimos.

Pelo meio, o Casa Pia nunca se rendeu, continuou a criar dificuldades ao último reduto sportinguista, porquanto o “molde” de actuação da equipa estava afinado (como se comprova pelos resultados e pontos obtidos até qui conseguidos), não tendo sabido aproveitar alguns avanços para junto da baliza do Sporting.

Com o grito de “guerra” a bailar nas cabeças dos jogadores leoninos, estes tiveram que puxar pelos galões e começar a amealhar para … ganhar, no final.

Mas houve que esperar 57’ para que os leões chegassem ao empate, que surgiu de uma fugida de Porro pelo lado direito, de onde fez um centro-remate sesgado à baliza, que foi defendido pelo guardião casapiano para a frente, onde surgiu o recém-entrado João Paulo (Paulinho) a cabecear para o fundo da baliza.

“Abatidos” pelo golo sofrido e com o desgaste físico a surgir – ainda antes de se poder concentrar para acertar a estratégia de ganho de tempo, controlando o jogo – o Casa Pia “distraiu-se” e os leões passaram para a frente do marcador dois minutos depois.

Como que a papel químico do primeiro golo, Porro infiltrou-se pela direita (porque é destro), foi quase à linha final e centrou largo, para trás, onde surgiu, dentro da grande área, um Nuno Santos a rematar sem deixar cair a bola e a enviá-la, como que um foguete, para dentro da baliza, concretizando-se (59’) o 2-1 para os leões.

E aí o Casa Pia caiu mesmo, apesar das substituições que foram feitas para tentar fechar todas as brechas que continuavam a ser abertas pelos jogadores sportinguistas.

Que fecharam a conta pouco depois (65’) com Pedro Gonçalves a transformar uma grande penalidade cometida por Eteki sobre Edwards, fazendo o 3-1.

Com o resultado feito, mas sem que o Casa Pia deixasse de lutar, a equipa leonina entrou em rotina, mantendo a supremacia estatística que, no final, passou para um total de 19-7 remates, dos quais 10-3 para a baliza e com uma posse de bola de 64/36%, num triunfo que se justificou, apesar da falta de fé inicial.

De registar mais duas estreias no plantel sportinguista, com Xico Bamba e Mateus Fernandes a estrearem-se na equipa principal em “rodagem” para o futuro, sendo de realçar que, apesar da chuva prometida (que só chegou nos últimos dez minutos de jogo), estiveram no Estádio José Alvalade 26.679 espectadores, o que foi bom.

Quanto ao Sporting de Braga, foi vencer (2-0) ao campo do Estoril, num resultado que também foi plenamente justificado ao longo dos noventa minutos e mais uns trocos.

Mohamed (10’) abriu o activo para os bracarenses, que encerraram a contagem bem cedo (31’) com um golo de Vítor Oliveira, tirando partido do maior número de remates feito (11-2, dos quais 7-2 para a baliza), numa percentagem de bola de 52/48% favorável ao Estoril.

No Famalicão-Paços de Ferreira (2-1), o jogo foi muito dividido e aproveitaram os da casa, que marcaram por Kadile (20’) e Francisco Moura (46’), depois de Thomas ter empatado (23’).

Este domingo, lugar aos jogos Marítimo-Arouca e Vizela-Santa Clara (15h30), Chaves-Gil Vicente (18h) e Guimarães-Boavista (20h30).

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