A seleção nacional contou com Daniela Campos e Rui Oliveira, para disputarem as provas de eliminação e scratch no Campeonato do Mundo de Pista, em Saint-Quentin-en-Yvelines. (França).
Rui Oliveira entrou para a prova de scratch destes mundiais de pista para discutir um lugar entre os melhores e foi precisamente essa a intenção que foi demonstrando ao longo de toda a corrida.
O pelotão voou pela pista de Saint-Quentin-en-Yvelines durante as 60 voltas, a uma velocidade alucinante que impediu qualquer tentativa de ataque. O português esteve sempre bem colocado, resguardando-se sempre que possível, mas atento a quaisquer movimentações que pudessem surgir.
A sete voltas do final, o representante da seleção nacional voltou a subir no pelotão, colocando-se no momento certo entre os primeiros do grupo. Rui Oliveira ainda tentou aumentar o ritmo na frente do pelotão, mas a força e velocidade dos adversários não permitiram quaisquer veleidades.
O corredor luso entrou para as derradeiras voltas muito bem posicionado, mas no sprint final Dylan Bibic (Canadá) arrancou a alta velocidade para a vitória, baralhando assim as contas finais. Rui Oliveira acabaria por perder a roda em que seguia, terminando ainda assim entre os 10 melhores, na nona posição.
O selecionador nacional, Gabriel Mendes, destacou o excelente trabalho feito por Rui Oliveira, numa corrida de scratch que é sempre muito imprevisível. “O nosso objetivo era discutir a corrida, mas esta acabaria por se desenrolar de uma forma que não era a que mais nos interessava. Em várias ocasiões fomos para a frente aumentar o ritmo, com o objetivo de tentar desencadear alguns ataques e mexer com a corrida. No entanto, todas essas tentativas foram sempre anuladas”.
Esta quinta-feira foi também dia de Daniela Campos fazer a sua estreia na categoria elite nos mundiais de pista, numa corrida de eliminação que contou com muitos dos grandes nomes do ciclismo feminino, como Lotte Kopecky (Bélgica), Rachele Barbieri (Itália), Yumi Kajihara (Japão) e Jennifer Valente (Estados Unidos da América).
A corredora portuguesa começou na parte de trás do pelotão, conseguindo depois recuperar e ir progredindo na pista. No entanto, após as primeiras duas eliminações, voltaria a encontrar-se numa posição mais perigosa, não conseguindo evitar a eliminação. Assim, concluiu a prova na 22ª posição.
“Esta foi a estreia da Daniela e logo numa corrida que é sempre muito exigente e muito técnica. No início conseguiu ir para a frente, mas devido também à sua pouca experiência a um nível tão elevado como este, acabou por perder lugares e voltar para a cauda do pelotão. É um processo de aprendizagem e crescimento e estamos já focados na corrida por pontos que ela fará no domingo”, afirmou Gabriel Mendes.
Portugal terá, esta sexta-feira, uma agenda muito preenchida na pista de Saint-Quentin-en-Yvelines: Maria Martins irá disputar o concurso de omnium, uma prova composta por quatro corridas pontuáveis, entre elas o scratch (14h05), a corrida tempo (15h50), a eliminação (18h30) e a corrida por pontos (20h00).
A eliminatória de perseguição individual, na qual a seleção nacional estará representada por Ivo Oliveira, começa às 14h20. Caso o corredor português consiga um dos quatro melhores tempos regressará à pista às 19h30 para as finais.
Entretanto, às 17h30 vai disputar-se a corrida por pontos masculina, na qual irá participar João Matias.
Entretanto, Maria Martins foi a primeira representante da seleção nacional a competir nesta competição, na prova de scratch. A corrida, composta por 40 voltas, foi feita a um ritmo bastante controlado, sem quaisquer ataques nem movimentações no pelotão.
A corredora portuguesa procurou sempre estar bem colocada, passando em algumas ocasiões pela frente do grupo, que seguia todo ele com receio de dar um passo em falso. Esta direção muito tática que a prova tomou levou a que a primeira movimentação surgisse quando faltavam apenas sete voltas para o final.
Nessa altura foi a espanhola Eukene Larrarte a tentar aumentar o ritmo, seguindo-se a francesa Jade Labastugue, que tomou o seu lugar na frente do pelotão. A resposta pronta das restantes atletas não permitiu que ninguém se conseguisse isolar e ganhar vantagem. Foi preciso chegar-se à frente a italiana Martina Fidanza, que com um ataque fulminante a duas voltas do final assegurou a vitória.
Maria Martins conseguiu manter-se entre as primeiras até às últimas cinco voltas, altura em que a mudança de ritmo e a troca de posições entre as várias atletas acabaria por levar a que perdesse esse mesmo posicionamento. Com a vitória entregue à corredora italiana, os restantes lugares foram discutidos ao sprint, com a representante da seleção nacional a terminar na 12ª posição.