ATLETISMO – MOSCOVO’2013
Ana Cabecinha foi esta terça-feira a melhor atleta lusa em prova no Mundial que decorre na capital russa, não só ao obter um excelente 8º lugar como fazer o melhor registo português do ano (1.29.17).
Uma atleta, até agora a única que superou o duplo objectivo de alcançar uma classificação de honra com a obtenção da melhor marca da época, superando-se de forma objectiva e concreta, ao fim e ao cabo o objectivo número de quem está presente numa competição deste nível.
Tal como João Vieira, marchou de trás para a frente – dentro de um quadro mais ou menos de “defesa” porquanto parte da época não correu da melhor forma – e teve a arte de, na parte final, conseguir “agarrar-se” às últimos forças para entrar na lista das finalistas (as oito primeiras).
Ana gastou menos quatro segundos do que a marca obtida anteriormente (1.29.21), confirmando-se como líder no presente ano.
Inês Henriques alcançou ainda assim um bom 11.º lugar (lista das meio-finalistas), com 1.30.20, ficou aquém do registo com que partiu para Moscovo (1.29.30), que é o seu recorde pessoal alcançado este ano.
O facto de ter sido advertida por duas vezes levou Inês a “refrear” a passada, o que retirou algum ritmo à atleta portuguesa.
Vera Santos foi 17ª, com 1.31.36, cumprindo dentro das 1.31.30 com que chegou a Moscovo, não tendo conseguir produzir mais face a ter tido uma época com problemas físicos desde o início.
A russa Elena Lashmanova, campeã olímpica e recordista mundial, sagrou-se campeã mundial, com o tempo de 1.27.08, à frente da compatriota Anisya Kirdyarkina (1:27.11) e da Hong Liu (1.28.10), só não se verificando o pleno russo porque Vera Sokolova foi desqualificada já dentro do estádio. Desilusão grande para a atleta mas que os regulamentos o permitem.
Esta quarta-feira, quinto dia dos campeonatos, mais dois atletas portugueses estarão em competição: Pedro Isidro e Marcos Chuva.
Pedro estará na final directa dos 50 km marcha, com partida pelas 8,30 horas locais (5,30 em Portugal), regista um recorde pessoal, este ano, de 3.57.09, tem 37 anos e estreia-se a este nível. Perspectivas são reduzidas mas com um resultado semelhante poderá ficar nos dez primeiros, caso consiga suplantar as dificuldades da prova, face a um leque pouco vasto de atletas com melhores marcas.
Marco Chuva, que obteve a qualificação (8,15) para este mundial bem perto do prazo final (e com a conquista de uma medalha) parece estar em ascensão, pelo que se pode admitir chegar algo mais longe, porque não ao recorde pessoal de 8,34. E outro galo poderá cantar. Para já, tem de se apurar para a final.