Quarta-feira 24 de Novembro de 7052

EDP Maratona de Lisboa e Luso Meia Maratona com maior elite de sempre com temperatura entre os 16 e os 20 graus

305406570_6171195352895608_8435342924539013938_nUm dos grandes problemas com que os atletas de elite – presentes na EDP Maratona de Lisboa (com partida em Cascais pelas 8 horas da manhã deste domingo) – será a temperatura que se fará sentir no percurso, atendendo ao clima que se tem verificado em Portugal nestes últimos dias.

De acordo com as previsões, Lisboa tem previstos 16 graus – podendo ser um pouco mais fresco em Cascais – subindo para os 18º pelas 10 horas, nesta altura com os principais atletas a poucos minutos da Praça do Comércio, onde terá lugar a chegada.

Para este grupo, relativamente reduzido (na ordem das duas dezenas), composto por atletas africanos (Quénia, Uganda, Etiópia, Eritreia e Tanzânia, na sua maioria), a temperatura poderá ter alguma influência quanto ao tempo final porquanto, se o recorde da prova for batido, é prova de que o esforço feito foi compensador e o calor foi suportado sem dificuldades de maior.

A questão coloca-se mais difícil para o chamado “grupo do pelotão”, os que gostam de correr pelo prazer, mas que, por vezes, se esquecem deste tipo de pormenores, ao ponto de encontrarem problemas ao longos dos 42.195 metros, o que pode acarretar para os organizadores um reforço dos “alertas” de risco.

Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal, que organiza o evento, foi explícito ao pedir a todos os participantes que não descurem o calor e, em especial, a distribuição de abastecimentos (água por maioria de razões) que se encontram identificados ao longo do percurso, para evitar que males maiores aconteçam, apesar da existência de uma elevada equipa de pessoal médico e paramédico que vai acompanhar a competição.

Chegados os do grupo de elite (duas horas e picos, mais coisa menos coisa), para os seguintes a situação carece de maior atenção, porquanto há sempre aqueles que se querem “vencer a si próprios”, isto é, bater os seus “recordes”, nem que seja por um segundo e, outros ainda, que terão apostado com os amigos de que também “sou capaz de chegar ao fim da maratona de 42.195 metros.

Com chegada prevista para entre as três e mais horas depois do primeiro (com a temperatura a chegar aos 21º), o abastecer-se no decorrer da prova é uma obrigação, porquanto poderá colocar a vida em jogo. É isso que a organização tenta defender, deixando todas as condições para o efeito activas.

É bom que todos tenham consciência disso!

Dezasseis atletas com recordes pessoais abaixo das 2h10 horas, incluindo o atual campeão da EDP Meia Maratona e também recordista do percurso, o etíope Andualem Belay Shiferaw (2.05.52), formam o grupo dos favoritos.

Conhecedor do percurso lisboeta, porque venceu em duas ocasiões (2019 e 2021), Shiferaw terá como grandes adversários o compatriota Mekuant Ayenew Gebre (2.04.46) e o queniano Nicholas Kirwa (2:05.01).

Na prova feminina, a atleta com melhor marca pessoal é a veterana queniana Priscah Jeptoo (2.20.14), destacando-se ainda os nomes da compatriota Bornes Jepkirui Kitur (2.21.26) e da etíope Abebech Afework (2.23.33). Jeptoo foi 6ª na Maratona de Hamburgo este ano, ao passo que Afework acabou a Maratona de Daegu, na Coreia do Sul, em 4º.

Na Luso Meia Maratona (partida pelas 10h30 na Ponte Vasco da Gama) no pelotão masculino o grande destaque é o queniano Isaac Kipsang Temoi, o único dos presentes com recorde abaixo da hora: 59.44. Vencedor da prova da capital portuguesa em 2019, Temoi terá como principais adversários os ugandeses Maxwell Kortek Rotich (1.00.20) e Isaac Kibet (mesmo tempo) e ainda o etíope Dinkalen Ayele Adaen (1.00.29). Em relação aos portugueses, destaque para Hermano Ferreira (1.01.24), Rui Pinto (1.02.56) e Miguel Borges (1.04.55).

No sector feminino, nota para a presença de seis atletas com marcas abaixo dos 70 minutos, com destaque para Magdalena Shauri (66.37), Ludwina Chepngetich (67.30), Stella Jepkosgei Rutto (67.45), Alemaddis Eyayu (68.04).

No pelotão feminino estarão ainda Carla Salomé Rocha, de regresso à meia maratona quatro anos depois de ter feito nesta mesma prova a sua melhor marca pessoal (1.12.12), Susana Cunha, que esteve este ano na maratona dos Europeus de Munique, Dulce Felix (68.33) e Sara Moreira (69.18).

De realçar que a RTP estará em directo (8 horas da manhã) a cobrir as duas corridas, para poder chegar a toda a diáspora portuguesa espalhada pelo mundo.

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