ATLETISMO – Moscovo’2013
Se o apuramento para a final já era periclitante à partida, o azar de as varas do saltador português terem desaparecido trânsito também ajudou à festa, no que foi o primeiro dia de Portugal no Mundial que este sábado se iniciou em Moscovo.
Edi Maia viu-se impedido de utilizar o próprio material de treino e competição porque ainda não foram encontradas (há dois anos, no Japão, as varas só chegaram ao atleta já no dia da competição), pelo que teve de recorrer à ajuda brasileira, pese embora cada vara esteja adaptada ao peso de cada atleta.
O mínimo a saltar seria de 5,70 (recorde de Portugal que Edi alcançou este ano) o que também era difícil, pelo que o atleta luso foi eliminado a 5,40, ficando no 24º lugar entre os 40 que participaram.
Em estreia no campeonato, A lançadora Irina Rodrigues, não foi além de uns 57,64 que a colocaram no 17º posto entre as 26 participantes, não logrando lugar na final, ainda assim fazendo o seu melhor em competições internacionais (57,23 nos Jogos Olímpicos, em Londres’2012), o que sabe a pouco, face aos 59,76 que fez em 23 de Fevereiro deste ano e que garantiram logo a presença em Moscovo.
Para o segundo dia (este domingo), os portugueses voltam à liça, com a presença assegurada em mais duas finais directas: 20 km Marcha e 10.000 metros.
Na primeira, o mais cotado é João Vieira (recordista de Portugal, com 1.20.09) com o registo de 1.21.08 neste ano. É a sétima presença desde 1999 e o melhor resultado obtido até agora foi um 10º lugar (Berlim’2009), tendo sido 16º há dois em anos, no Japão, pelo que não há expectativas de maior para entrar nos oito primeiros.
O que se aplica ao irmão, Sérgio, que faz a terceira participação, e que conseguiu este ano 1.21.53 (marca pessoal de 1.20.58), podendo admitir-se que ambos, em “jogo” de equipa, possam ficar na segunda dezena de lugares da classificação.
Ana Dulce Félix fecha a presença lusa neste segundo dia, nos 10.000 metros, para onde partiu com o registo de 31.52,55 feitos este ano (31.33,42 como recorde pessoal), muito longe dos lugares dos finalistas, pelo menos do ponto de vista dos resultados que grande número das outras concorrentes apresenta.
Mas, em desporto, o resultado só se sabe (?) no final.
Recorde-se que Portugal está representado apenas por doze atletas (7 homens e cinco raparigas), no que é a segunda presença (desde 1983, com 11) mais pequena de sempre na história destes 14 campeonatos do mundo.
O que corresponde à mera possibilidade de dois ou três atletas poderem classificar-se entre os finalistas (os oito primeiros), mais a mais com uma formação sem estrelas de primeira linha.