Campeonato de Portugal
Se esta é a notícia menos boa, há que salientar o 15º título conquistado por Sandra Teixeira (Sporting) e o recorde nacional de sub-23, alcançado por Marta Onofre, no salto com vara.
Com condições climatéricas que se podem considerar excelentes (velocidade do vento quase sempre favorável e dentro do regulamentado), talvez se esperassem resultados de mais valia, mas a verdade é que muito pouco foi positivo.
Marta Onofre (Sporting) sobressaiu ao bater o recorde nacional de sub-23, ao transpor a fasquia colocada a 4,22 no salto com vara, enquanto Sandra voltou a vencer os 800 metros (2.08,29), depois dos 1.500 da jornada sábado, aliás duplo triunfo que também foi conseguido por Carla Salomé Rocha, neste domingo vencendo os 5.000 metros (16.14,15) – depois d triunfo nos 3.000 metros, no sábado – numa corrida que apenas teve três atletas em competição. A crise do meio-fundo longo está para durar.
Já que estamos no meio feminino, Patrícia Mamona e Susana Costa, que estavam perto de obter os mínimos para o mundial de Moscovo (10 a 18 de Agosto), actuaram muito aquém do esperado (ou talvez não) e não irão à capital russa. Patrícia (Sporting) tornou-se campeã com um triplo salto de 13,86 (mínimo de 14,20 e ela tem como melhor registo este ano 14,02), enquanto Susana Costa (Individual) não foi além de uns modestos 13,33.
No lado masculino, Nelson Évora (Benfica) confirmou que ainda não está em condições para “altos voos”, depois das intervenções cirúrgicas a que foi sujeito, sendo campeão com modestos 16,41 para um mínimo de 16,85. E não se percebe muito bem os motivos para uma campanha personalizada precisamente sobre Nelson, que parece ter ido já para o ar, porquanto o atleta não vai lá estar.
O mesmo sucedeu com Rasul Dabó (Benfica), que não conseguiu chegar aos 13,50 definidos, depois de se sagrar campeão de Portugal com 13,57, embora tenha feito uma excelente prova no Estádio Municipal de Leiria, onde decorrer esta competição.
Outra candidatura falhada foi a da estafeta de 4×100 metros – composta por Diogo Antunes, Francis Obikwelu, Ricardo Monteiro e Yazaldes Nascimento – que não foram além de uns 39,77, muito aquém dos 39,20 exigidos.
Realce para os 2,16 do campeão no salto em altura, Paulo Conceição (Benfica), enquanto a grande surpresa da reunião foi a derrota do consagrado Mário Teixeira (Sporting), nos 3.000 metros-obstáculos, ante o seu companheiro de clube Daniel Gregório, ambos cronometrados em 8.58,39, tendo Daniel sido declarado campeão depois do recurso ao desempate pelos milésimos, favorável em 3 (386-389) para Daniel.
De resto, muito pouco de interesse, poucos atletas e resultados a ressentirem-se disso mesmo.
Posto isto, a comitiva para Moscovo deverá ter apenas 12 atletas (7 homens e cinco mulheres), num regredir à primeira edição do mundial (1983, com 11 atletas) ou mesmo a 2003 (com 14), numa bitola que variou, nos restantes anos, com presenças entre os 30 (o máximo, em 2009) e o mínimo de 20 (2005).
Apenas se aguarda a confirmação dos nomes dos seleccionados.