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Ao vencer (4-0) a Turquia, na última jornada do Grupo H da qualificação europeia, Portugal selou, esta terça-feira, o apuramento para o ‘play-off’ de acesso ao Mundial’2023, num jogo embelezado por um golo monumental de Andreia Faria e o fervor do público nas bancadas.
As internacionais portuguesas entraram com urgência de ganhar e mais iniciativa de jogo, mas só depois da meia hora de jogo conseguiram furar a muralha defensiva das turcas, com golos de Telma Encarnação (33’) e Kika Nazareth (36’).
No segundo tempo, a Equipa das Quinas manteve-se por cima e continuou a ameaçar a baliza turca. Numa dessas ameaças, conduzida por Diana Silva, aos 49 minutos, a central Selda Akgoz desviou a bola para o fundo da baliza.
Para os 79 minutos estava guardado o lance mais vistoso do dia: uma verdadeira obra de arte, num remate de muito longe, fora da área, de Andreia Faria, a fazer o quarto golo da armada lusa.
Com este resultado, Portugal garantiu a presença no ‘play-off’ de acesso ao Campeonato do Mundo de 2023, que será disputado no mês de Outubro. O sorteio do ‘play-off’ está marcado para esta sexta-feira.
Entretanto, as internacionais portuguesas Diana Silva e Suzane Pires foram distinguidas, antes deste encontro, por terem atingido números especiais com a camisola de Portugal.
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Diana Silva recebeu das mãos do vice-presidente da FPF, Humberto Coelho, uma placa alusiva a 75 internacionalizações, enquanto Suzane Pires recebeu da vice-presidente federativa Mónica Jorge, uma placa referente a 25 jogos.
Francisco Neto, seleccionador nacional, em declarações divulgadas pelo site da FPF, referiu que
“sabíamos que seria difícil. Se aparecessem com a equipa ‘baixa’, tínhamos de ter mais jogo exterior para conseguir alguns cruzamentos. A partir dos 25 minutos, as laterais projetaram-se mais para o último terço. E sabíamos que tínhamos jogadoras para aparecer no ar. Trabalhámos por aí para desbloquear o jogo. Fomos dominadores. Fizemos quatro golos e criámos oportunidades para mais. Foi um jogo competente e maduro da nossa parte”.
Neto salientou também que “no primeiro apuramento que fizemos, em 2017, éramos uma equipa de pote 4. Depois passámos a equipa de pote 3 e agora somos equipa de pote 2. Isto é essencial para que as nossas presenças nos momentos decisivos sejam cada vez mais frequentes. Até aqui só havia nove vagas para a UEFA. O próximo Campeonato do Mundo é o primeiro que passou a 11 vagas, com a possibilidade de 12. Até agora, era muito difícil para uma equipa de pote 2 chegar ao Mundial. Agora é possível. No ‘play-off’, continuamos a depender só de nós. Vamos esperar pelo sorteio. Queremos andar entre as melhores e, para andar entre as melhores, temos de crescer no ‘ranking’, onde Portugal está em 27º”.
