Quinta-feira 24 de Novembro de 1289

F. C. Porto também humilhado ao perder no campo do Rio Ave

291625555_10158825115362643_2090985134610261200_nAinda se geria a derrota do Sporting em Alvalade, ante o Desportivo de Chaves, e se falava da copiosa goleada (6-0) imposta pelo Sporting de Braga no campo do Arouca, o F. C. do Porto caminhava para fazer história ao perder a “virgindade” dos triunfos nesta Liga Bwin à quarta ronda.

Sendo uma ronda (ainda que inacabada) imprópria para cardíacos, nem tudo se justifica do pé para a mão – ou vice-versa – pelo que o tema poderá ser prolongado nos debates gerais que, por norma, se vão elaborando sobre cada uma das equipas que, favoritas, se viram viradas de “pernas para o ar” num ápice.

É a subtileza do desporto no seu estado puro, apesar de, artificialmente, se criarem factos que não favorecem a credibilidade da modalidade, que quase é “despida” no meio da rua. Coisas da vida quotidiana.

Bem se pode dizer, analisando os factos, que não houve grandes diferenças do que se passou em Alvalade para o que se verificou no campo do Rio Ave, porquanto o grande favorito (F. C. Porto) partia, teoricamente, na frente e, com maior ou menos dificuldade, poderia chegar ao fim na situação de vencedor.

Só que a “baixa” psicológica acabou por chegar muito cedo e para os portistas que, em vinte minutos, acabaram por sofrer três golos apenas porque a estratégia e a táctica não funcionaram em pleno, com a defesa a permitir-se falhar em três lances que deram outros tantos golos, no que foi uma humilhação para uma equipa que estava invicta, cheia de “gás” como se diz na gíria, mas que baqueou como um castelo de cartas num período relativamente curto.

Não esquecendo que o Rio Ave poderia ter começado a “crise” no primeiro minuto de jogo, quando Fábio Ronaldo surgiu pela direita do ataque avense e rematou forte, obrigando Diogo Costa a fazer uma excelente defesa para tapar a baliza. O que foi um sinal de que os vilacondenses não iriam permitir facilidades.

O F. C. do Porto sentiu o “toque”, ripostou, mas acabou por ser o Rio Ave a abrir o activo, quando (22’) Costinha, abriu para Fábio Ronaldo, que fez seguir a bola para Aziz, ante uma defesa praticamente inerte, permitiu o remate do avançado da casa e fazer o 1-0, depois de ter surgido isolado frente a Diogo Costa, que não conseguiu fazer nada.

No toma-lá-dá-cá que se seguiu, o Porto demonstrou que dominava a posse de bola (69/31% no final da partida), mas o Rio Ave estava preparado para mais surpresas, porquanto (38’) chegou ao 2-0, depois de Aziz ganhar a bola, fugir a Marcano e cruzar para o segundo poste, onde surgiu – depois da bola ter passado por quatro jogadores do Porto – Pedro Amaral a rematar rente ao poste, por onde a bola passou para o segundo golo.

Com os mesmos interlocutores, ainda que fosse Pedro Amaral a ganhar a disputa de bola com João Mário, que aproveitou para centrar para a zona central da grande área onde, entre a defesa portista, surgiu, só, Aziz apanhar a bola nas costas de Marcano e cabecear para o 3-0 (43’), com a facilidade que se demonstrou.

No início da segunda parte, Sérgio Conceição procedeu a três substituições, para dar uma nova voda à equipa, mas, pelo andar da carruagem, pouca margem houve para se fazer algo de diferente para dar outro resultado.

O tempo foi passando, o Porto foi tentando dar a volta ao resultado, mas o Rio Ave estava imparável, contrariamente aos portistas, que não conseguiram reverter fosse o que for, apesar das tentativas, tendo ainda o Rio Ave outras oportunidades para poder marcar.

O Porto (62’) ainda beneficiou de uma grande penalidade, que Taremi marcou, mas levando a bola directamente ao poste, perdendo-se uma oportunidade de ouro.

Johnatan, teve oportunidade de demonstrar que estava atento ao jogo, e quebrou algumas oportunidades de golo para os portistas, que só conseguiram marcar o golo de honra aos 90+3’, por intermédio de Toni Martinez, um dos que entrou depois do intervalo, depois de Pepê ter recuperado a bola e cruzado para a área, onde surgiu Toni a marcar através de uma cabeçada com conta, peso e medida.

De resto, o jogou acabou e nada de importante se registou, a não ser que o Porto também fez mais remates (27-6, dos quais 10-6 para a baliza), ficando a estatística como prova de mais um resultado considerado anormal por muita gente, até por Sérgio Conceição que acabou por levar um cartão amarelo.

Para completar a 4ª jornada, nesta segunda-feira jogam-se os encontros entre Guimarães e Casa Pia (19h) e Vizela-Gil Vicente (21h15).

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