Segunda-feira 23 de Novembro de 5103

Pedro Pichardo ou o Campeão dos Campeões no triplo salto em Portugal

Atl-EuropeuMunique-Pichardo-17-08-2022

Federação Portuguesa Atletismo

Pedro Pichardo cumpriu na íntegra mais um objectivo da sua ainda curta carreira como cidadão português, a demonstrar que se encontra com condições e estatuto de alto gabarito no desporto em Portugal.

Campeão Olímpico, campeão mundial e campeão europeu do triplo salto (ao ar livre) fazem deste jovem a alegria de um país e contribui para o engrandecimento de Portugal aos olhos do mundo, “misturando”, através do desporto, o bem receber, o bem tratar e o bem trabalhar em conjunto com cidadãos. ainda que, nascidos noutros países, escolhem Portugal para seguirem as suas carreiras, face às excelentes condições que existem para a prática desportiva.

No europeu de Munique, Pichardo voltou a estar ao melhor nível e sagrar-se campeão europeu no triplo salto, cumprindo a meta do triplete – campeão olímpico, mundial e europeu.

Pichardo abriu a final um salto a 17,05 metros e ninguém sequer estava próximo, e ao segundo ensaio arrumou a questão, com 17,50 metros. Um terceiro ensaio nulo, depois prescindiu do quarto e do quinto saltos. No salto da consagração, ficou perto dos 18 metros, que foi nulo.

O novo campeão europeu recordou que, “como disse, este era o título que me faltava. Estou muito feliz por o ter conseguido e agora é continuar a trabalhar para ganhar mais títulos”.

Sem concorrência à altura, Pichardo salientou que “segui a estratégia delineada pelo treinador e pai, Jorge Pichardo, que consistiu em prescindir de dois saltos, porque estava com muita energia”.

Quanto ao futuro deixou claro que “vou continuar a treinar, focado em conseguir mais títulos para o meu país. Só falta o recorde do mundo!”

Tiago Pereira foi outro finalista português no triplo e abriu com um nulo. Foi melhorando (16,56 m, 16,59 m) até aos 16,60 metros. Ainda teve um ensaio nulo, por pouco, que daria acima dos 16,90 metros, na luta pelas medalhas, mas ficou assim.

Tiago confessou que “nem sei como estou. Faltam-me palavras para expressar o que sinto. Dei tudo de mim, executei tecnicamente bem, mas foi nulo. São estes dias que decidem uma carreira, sinto que perdi uma oportunidade de brilhar e trazer uma medalha para o meu país, a minha primeira medalha. E sinto que estava ao meu alcance. Fiz tudo, foi nulo, agora é trabalhar para o futuro”.

Atl-EuropeuMunique-Patrícia-17-08-2022

Federação Portuguesa Atletismo

Em evidência esteve também a medalha de prata dos Jogos Olímpicos, Patrícia Mamona, que conseguiu o apuramento para a final do triplo salto.

O apuramento para a final conseguia-se fazendo a marca de qualificação direta (14,40 metros) ou ficando nas 12 primeiras. Patrícia Mamona resolveu logo tudo no primeiro salto, com a marca de 14,45 metros (vento: +1,4 m/s), o seu melhor registo desta temporada, ficando em segundo lugar entre as 23 partiipantes.

Patrícia salientou que “este era o meu primeiro objetivo, é o que todas queremos, passar ao primeiro salto com a marca de qualificação. Sinceramente vinha com a mente aberta, pois tive uma preparação agreste, mas com descanso e tratamento, fiquei a cem por cento, em termos da lesão,  isso fez com que a confiança começasse a aumentar. No Mónaco estava a sentir-me um bocadinho pior, em relação a hoje, mas quando nos sentimos livres a confiança aumenta os resultados aparecem”.

Acrescentou ainda que “o pensamento agora está todo na final, em que tenho mais três saltos decisivos para chegar aos três saltos finais e procurar a oportunidade para usar as minhas balas todas”, acrescentando que “ter atingido o melhor registo da época dá confiança, mas na final o contador parte do zero, de novo. Na final tudo pode acontecer”.

A final do triplo-salto realiza-se na sexta-feira (dia 19), às 20h55, hora local (menos uma hora em Lisboa).

Nas meias-finais de 110 metros barreiras, nenhum dos portugueses alcançou a final.

Na primeira, João Vitor Oliveira terminou na oitava posição com a marca de 13,92 segundos, que correspondeu ao 21º lugar entre os 23 presentes.

Na segunda, Abdel Larrinaga terminou em sétimo lugar com a marca de 13,85 segundos, ficando na 20ª posição.

Vera Barbosa, por seu lado, alinhou à partida na terceira eliminatória dos 400 metros barreiras. A recordista de Portugal foi quinta classificada (17ª na geral, entre 24 participantes) com a marca de 57,10 segundos, não conseguindo o acesso às meias-finais.

Nesta quinta-feira, Portugal estará representado apenas pela velocista Lorène Bazolo, que estará nas eliminatórias dos 200 metros, que pode ser vista através da RTP2.

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