Mais uma etapa (7ª) e tudo se mantém na mesma no top five da Volta a Portugal Continente, porquanto a fuga que resultou acabou por não produzir resultados nesse sentido, tendo Luís Gomes sido o beneficiado depois de um sprint forte, não dando abébias a ninguém. O ciclista da Kelly-Simoldes-UDO foi o mais forte numa discussão com sprint reduzido a seis elementos – os que sobreviveram à fuga.
Esta sexta-feira, o pelotão deu margem aos fugitivos porque nenhum elemento causava grandes riscos ao Camisola Amarela por estarem atrasados na classificação. Frederico Figueiredo continua líder e nas primeiras posições não foram registadas alterações.
No que foi a etapa mais curta, de Santo Tirso a Braga (150,1 km), com uma fuga numerosa que teve a particularidade de incluir quase todas as equipas, e entre os 15 ciclistas estavam os dois
animadores da classificação por Pontos: o Camisola Verde Rubis Gás, Scott McGill (Wildlife Generation Pro Cycling) e João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), que deseja reconquistar o símbolo verde. A luta foi intensa nas três metas volantes, mas o norte americano ganhou-as todas: Póvoa do Varzim, Esposende e Ponte de Lima. Matias foi sempre segundo. A vantagem de McGill na classificação passava de seis para 12 pontos, mas o português diminuiu a diferença ao ser melhor que o rival na meta.
Depois, quando chegou a subida ao Sameiro, discutiu-se a vitória na etapa. Luís Gomes foi o primeiro a dar o mote, com a fuga a começar a perder elementos na contagem de segunda categoria.
Foi com a “ajuda” de Joaquim Silva (Efapel Cycling) que ganhou mais vantagem e com quem iniciou a descida, a nove quilómetros da meta. Ainda se juntaram Joey Rosskopf (Human Powered Health) e pouco depois Calum Johnston (Caja Rural-Seguros RGA), Txomin Juaristi (Euskaltel-Euskadi) e Gonçalo Leaça (LA Alumínios-Credibom-Marcos Car), um sexteto que se atirou ao sprint pelo triunfo em Braga. Leaça foi quem mais “ameaçou Gomes.
“É uma vitória muito esperada pela equipa. Ontem (quinta-feira), tentei vencer, passei pela terra da nossa equipa, Oliveira de Azeméis, mas não consegui. Hoje, cheguei à vitória com muito esforço”, afirmou o muito emocionado e choroso vencedor dedicando o triunfo aos companheiros. “Eles merecem. Passei um ano atribulado com a fratura do fémur numa queda. A preparação para a Volta a Portugal não foi a ideal. Esta vitória é a cereja no topo do bolo para mim e para a equipa”.
A Camisola Amarela Continente continua a pertencer a Frederico Figueiredo (Glassdrive-Q8-Anicolor), com sete segundos de vantagem sobre o uruguaio Maurício Moreira e 38 sobre Luís Fernandes (Radio Popular-Paredes-Boavista).
Depois de intenso despique, Scott McGill mantém a Camisola Verde Rubis Gás por apenas quatro pontos. Na montanha, Maurício Moreira (Glassdrive-Q8-Anicolor) continua com a Branca das Bolinhas Europcar. As contagens desta etapa não mexeram com esta classificação.
Moreira é também líder do Prémio Combinado Carclasse que junta classificação Geral, da Montanha e Pontos. O espanhol Jokin Murguialday (Caja RuralSeguros RGA) continua a ser o melhor jovem (nascido depois de 2000) em prova,mantendo a Camisola Branca Jogos Santa Casa. A Glassdrive-Q8-Anicolor é a primeira por equipas.
O pelotão sobe, este sábado, até à “Princesa do Lima” para a partida da oitava etapa (12h25). De Viana do Castelo a Fafe serão 182,4 quilómetros, com muito sobe e desce e quatro subidas categorizadas: Extremo (80 quilómetros, terceira), Portela do Vale (113,1, terceira), Geraz do Minho (147,3, quarta) e Golães (177,8, quarta). Haverá Metas Volantes em Valença (45,2), Ponte da Barca (102,3) e Póvoa do Lanhoso (151,1). A chegada à “Sala de Visitas do Minho” acontecerá como habitualmente cerca das 17h30.