Terça-feira 25 de Novembro de 9975

Liliana Cá na final do disco e Patrícia Mamona em 8ª na final do Mundial de Atletismo Oregon’22

Atl-MundialOregonDia5--19-07-2022

COP

Ainda que longe dos 66,40 que são o seu recorde nacional, Liliana Cá confirmou a presença na final do lançamento do disco, no Mundial Oregon’22, ao enviar o engenho a 61,41, abaixo da cota dos 64 metros definidos como mínimo.

A lançadora portuguesa começou com um nulo, seguindo-se um com o registo de 61,41 e terminou a fase de apuramento a lançar 61,01 m, correspondendo ao 11º no cômputo geral da prova, onde estiveram (em dois grupos) 45 atletas de vários países.

No final da prova, Liliana Cá revelou à FPA que “Mais um dia. Não gostei muito da minha entrada. Tenho dias bons, outros maus. Hoje foi um dia nem muito bom, nem muito mau, mas como me apurei para a final vou ver se consigo estar melhor, para atingir um lugar até ao oitavo, que é o meu objectivo”.

Pelo menos é isso que se espera, se bem que se tenha de chegar ao recorde nacional de 63,66.

No outro grupo de apuramento, Irina Rodrigues iniciou-se com 56,79, obteve 54,89 no segundo e fechou com 57,69, que correspondeu ao 23º lugar (entre as 45 presentes no concurso), sendo apuradas apenas as 12 primeiras, das quais apenas 8 conseguiram igualar ou ultrapassar a marca mínima de 64 metros.

Em declarações à FPA referiu que “sentiu que podia ter feito um pouco melhor, mas a verdade é que preciso de mais treino, pelo que acredito que em Munique estarei muito melhor. Usei muito a força e no último ensaio isso foi evidente, porque não fiz totalmente a técnica e vi o disco cair rapidamente, em vez de planar. Estava muito vento e ficou assim. Não foi a minha melhor marca do ano, mas estou feliz porque conclui o meu quinto ano de medicina e estou no mundial a lançar acima de 57 metros”.

Sem se conhecer todos os pormenores – decorrentes da fase anterior à prova de apuramento para a final – não era possível fazer previsões concretas para esta final do triplo salto, em que Patrícia Mamona ficou algo longe do que, por certo, todos os portugueses pretendiam, se bem possa haver outras condicionantes em equação.

Por exemplo e por norma, o ano seguinte aos Jogos Olímpicos, serve mais para “descomprimir” do que “puxar” ainda mais pelo físico, considerando ser difícil manter os ciclos de treino (dentro do quadro macro e micro) e de competições mais ou menos em nível simétrico.

Acrescenta-se, ainda, para o caso, os factos alusivos à situação de pandemia, o que criou mais situações de stresse, as quais tiveram impacto nos atletas de outras disciplinas.

E se a abrangência global não foi tão elevada como se poderia supor, isso se deve à capacidade de regeneração física e psicológica de cada um dos atletas. Como sempre.

Atl-MundialOregonDia5-19-07-2022

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Patrícia Mamona cumpriu a sua prestação na final do triplo-salto terminando no oitavo lugar com a marca de 14,29 metros, bem longe dos 15,01 de Tóquio, no ano passado

Patrícia cumpriu os seis saltos da final, viu a vice-campeã mundial de pista coberta, a ucraniana Maryna Beck-Romanchuk, falhar as oito finalistas, enquanto Patrícia cumpriu uma série de saltos acima dos 14 metros: 14.25 m (v: -0,2 m/s) – nulo – 14.19 m (+1,9) – nulo – 14.29 m (+2.1) – 14.00 m (+2.0).

No final da prova, Patrícia referiu que “ainda ontem à noite nem dizer sim conseguia, devido à lombalgia, mas a equipa médica fez milagres e hoje de manhã já me sentia melhor, trabalhei de novo com a equipa médica. Estava em condições para saltar, passei à final um bocadinho “à rasca” mas, sinceramente, não podia muito mais. Ficamos sempre a acreditar que é possível, mas olhando para trás vejo que era impossível”.

Acrescentou ainda a recordista nacional do triplo que “a época foi muito má, com muitas lesões, muitos entraves, mas isto faz parte do desporto. Depois de um ano olímpico excelente, isso motivou-me e entrei logo a carregar. Até ao final ainda acreditei, mas estou muito apática. Estou feliz porque a equipa médica conseguiu fazer o que eu pensava que não era capaz, porque quando eu sinto isto estou vários dias a recuperar e eles fizeram-no em dois dias”.

Este foi o segundo lugar de finalista neste mundial (o outro foi o 5º lugar de Auriol Dongmo, no peso), e Patrícia salientou que “recuperar, pois ainda temos Munique [os Europeus] e no próximo ano temos dois mundiais”.

Entretanto Lorene Bazolo correu na segunda das eliminatórias dos 200 metros, terminando em sexto lugar, com a marca de 23,41 segundos, tendo percebido de imediato que não lhe dava o acesso às meias-finais, porquanto classificou-se no 33º lugar, bem longe de qualquer possibilidade de apuramento.

No final, naturalmente triste, referiu à FPA que “fiz o melhor que podia, dei tudo o que tinha, e saiu esta marca. Agora é voltar a trabalhar e focar-me para o europeu, não estando desiludida. Quando corre mal é o contrário, aprendo com isso. Este resultado deixa-me a reflectir”.

 

O quinto dia de competição dos Campeonatos Mundiais de Atletismo Oregon’22, apenas tem provas na jornada da tarde (madrugada em Portugal Continental), começando nos 400 metros barreiras, com Vera Barbosa.

A recordista de Portugal, apurada pela classificação no World Ranking, está colocada na quinta e última série, agendada para as 17h47 (01h47 de 20/7). No ano passado Vera Barbosa não conseguiu tudo que se tinha proposto alcançar.

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