A República Dominicana – uma nação com apenas 10,8 milhões de pessoas (a modos como Portugal) – derrotou algumas das superpotências do desporto, conseguindo o segundo tempo mundial mais rápido da história (3.09,82), na estafeta mista dos 4×400 metros.
Elija Godwin deu um bom começo ao país anfitrião (EUA), cobrindo a primeira volta em 44,71 – um segundo mais rápido que o segundo melhor corredor da primeira etapa – e entregou a Allyson Felix com uma liderança significativa, provocando os mais altos aplausos da equipa da torcida da casa. No momento em que a lendária velocista americana estava na metade da pista, ela tinha uma vantagem de cerca de 15 metros sobre seus rivais.
Mas Marileidy Paulino, da República Dominicana, que conquistou a prata logo à frente de Felix nos 400m individuais em Tóquio no ano passado, chegou na curva final e compensou a diferença significativa sobre a campeã mundial de 400m de 2015, passando para a frente pouco antes da linha para colocar a dominicana Alexander Ogando da República na liderança.
Felix, cronometrada em 50,15, passou para o companheiro de equipe Vernon Norwood. Lieke Klaver, por sua vez, correu em 49,32 para colocar a Holanda de volta na disputa. Mais atrás, a Jamaica e a Polónia, campeã olímpica, tentavam perseguir os três primeiros, mas lutavam para causar algum impacto.
Norwood marcou uma divisão de 44,40 – a mais rápida da corrida – para colocar os EUA de volta na liderança na etapa final. Mas Ogando (45,12) e o especialista holandês dos 800m Tony van Diepen (45.13) correram bem para manter suas equipes na disputa.
Mas a República Dominicana não abdicou da liderança e conseguiu mantê-la até final, numa luta renhida.
A Holanda conquistou a medalha de prata com um novo recorde nacional (3.09,90) e os EUA guardaram o bronze com a melhor marca do ano no país (3.10,16).