Marco Meneses e Diogo Cancela conquistaram, esta sexta-feira, as primeiras medalhas para Portugal no Mundial de Natação Adaptada, que está a decorrer na cidade do Funchal (Madeira). Meses alcançou o bronze nos 100 costas (S11) ao nadar a prova no tempo de 1.10,37, melhorando o que tinha feito na primeira fase da competição.
O nadador paralímpico português voltou a melhorar o seu recorde nacional, batido nas eliminatórias realizadas de manhã, desta feita com 1.10,37 minutos, apenas superado pelo ucraniano Mykhailo Serbin (1.06,98) e pelo nadador dos Países Baixos Rogier Dorsman (1.07,96). O pupilo de Armando Costa tem ainda no seu currículo o bronze no Europeu WPS Dublin 2018.
O nadador do Crasto-Academia de Castro Daire não escondeu o contentamento pela conquista da sua primeira medalha em grandes competições internacionais e a primeira para Portugal no Mundial da Madeira, tendo referido que “à terceira é de vez!” atirou a propósito da sua participação para justificar de seguida “100 costas é a minha prova. Foi o dar tudo do início ao fim a entrar a matar e chegar a morrer, referiu, a brincar, assumindo que estava com algum nervosismo. O objetivo era «bater o recorde nacional outra vez e chegar à final» e na final «dar o melhor possível. Se isso chegasse para a medalha… muito bom». «Isto é o resultado de um trabalho desenvolvido a algum tempo», revelou o nadador de 22 anos para concluir que “não sou nadador assim à tanto tempo, mas isto é trabalho também das pessoas que me apoiam, do meu treinador.»
Por seu lado, Diogo Cancela conquistou o bronze nos 200 estilos (S8). É a segunda medalha de bronze para Portugal, nesta sexta-feira.
Diogo, que vinha de uma decepção ao ser eliminado na final dos 100 mariposa (por questões técnicas), após recorde nacional nas eliminatórias, onde também era candidato ao pódio, logrou chegar à medalha de bronze nos 200 estilos com 2.29,21. A vitória foi para o norte-americano Robert Griswold (2.26,20), seguido do grego Dimosthenis Michalentzakis (2.28,34).
O paralímpico português, treinado por Gonçalo Neves, assumiu que viveu momentos “de grande pressão neste Mundial, durante e após a desclassificação nos 100 mariposa. Mas também a recuperação de uma lesão contraída já no Funchal foi um desafio difícil de superar até chegar ao pódio.
Nos 50 livres masculinos (S4) registou dois recordes na quinta-feira, enquanto Maria Carolina Santiago do Brasil e Leanne Smith dos EUA conquistam os seus quintos ouros no Campeonato Mundial.
O israelita Ami Omer Dadaon bateu o recordista mundial de Cameron Leslie conquistando a medalha de ouro e estabelecer uma nova marca mundial.
Outros dois recordes mundiais caíram no quinto dia do Mundial de Natação adaptada, numa sessão noturna em que a brasileira Maria Carolina Santiago e a norte-americana Leanne Smith alcançaram sua quinta vitória esta semana.
A Itália continua no topo da classificação de medalhas após três vitórias e 19 medalhas de ouro no total, seguida por EUA (16) e Brasil (15).
Eram ainda 9h50 da manhã quando caiu o primeiro recorde mundial do dia no Complexo de Piscinas do Funchal. O neozelandês Leslie venceu os 50m livres masculinos S4 bateria 2 em 36,75, baixando sua própria marca em 0,27 (36,75).
Mundial de Budapeste com dois portugueses
José Paulo Lopes e Diana Durães são os únicos nadadores portugueses a participar no Mundial de Budapeste (Hungria), que esta sexta-feira se iniciam.
O bracarense irá competir nos 400 e 800 livres, de que é recordista de Portugal e a benfiquista está inscrita nos 1500 livres, de que também tem a melhor marca nacional.
José Paulo Lopes inicia a participação portuguesa no Campeonato do Mundo de Budapeste amanhã, sábado dia 18 de junho, nos 400 livres, primeiro dia de competições.
O olímpico bracarense compete na terceira série, das cinco que totalizam o programa na distância de 400 livres, às 9h27 locais, menos uma hora em Portugal continental. Detentor do recorde nacional com 3.50,56 minutos a 6 de junho de 2021 em Barcelona, registo que o coloca na 29.ª posição entre 46 inscritos.
Diana Durães irá competir nos 1.500 metros, no segundo dia de provas, dia 19 de junho às 9h10 locais, menos uma hora em Portugal continental.
A olímpica do Benfica benfiquista que detém todos os recordes nacionais dos 200 aos 1500 livres. Em Budapeste apresenta-se na segunda de três séries com 16.26,82 de 2021 que lhe dá o 19.º tempo entre as 28 inscritas. O máximo de Portugal da pupila de Ricardo santos16.15,12 foi fixado em 2021 em Coimbra. A americana Katie Ledecky, recordista mundial (15.20,48), lidera com 15.29,81 de 2020.