Mário Moniz Pereira, que descobriu o caminho (para o caso, aéreo) para consagrar – depois de 39 anos de árduo trabalho – Portugal no mastro mais alto dos Jogos Olímpicos em Los Angeles, voltou a ser recordado e homenageado com o Memorial que foi instituído a partir deste ano na Cidade de Lisboa.
Na oportunidade, o vereador Ângelo Pereira teve oportunidade de entregar a um representante da família de Moniz Pereira uma placa alusiva ao Memorial, um evento que se vai perpetuar ao longo dos anos, recordando este enorme “descobridor” e “fazedor” de campeões no atletismo português.
Numa parceria entre a Associação de Atletismo de Lisboa e a Câmara Municipal da capital do país foi possível congregar, esta sexta-feira, uma mão cheia de atletas estrangeiros de categoria, que se juntaram a um lote mais extensivo de portugueses, também em luta para obter os mínimos para os mundiais de Oregon e Europeus absolutos.
De salientar que, ainda que com idade de veteranos, os campeões Francis Obikwelu (que foi recordista europeu dos 100 metros durante vários anos) e Carlos Calado (que há 25 anos voltou ao Estádio Universitário de Lisboa para recordar os 8,36 alcançados no salto em comprimento, então um novo recorde nacional), que foi distinguido pela Associação de Lisboa.
Apesar das excelentes condições ambientais (temperatura entre os 22º e 52% de humidade), os resultados globais tiveram um pico ou outro numa ou noutra prova sem chegar à superação que alguns podiam ter pensado antes da competição.
Do grupo global, extrai-se os 17 metros alcançados pelo brasileiro Almir Júnior no triplo salto, com o português Tiago Pereira (Sporting) a chegar aos 16,50; os 10,18 (+0,8) de Frederico Curvelo (Benfica) nos 100 metros (com o atleta a subir a sexto de sempre no ranking português e ficando a escassos dois centésimos da marca de qualificação para os Europeus de Munique’22); os 13,49 (+0,7) do brasileiro Gabriel Constantino nos 110 barreiras; os 46,22 e do sul africano Mazan Al Yassim
aos 6,96 metros (+2,2, marca não homologada) de Evelise Veiga no salto em comprimento, no que seria um dos melhores resultados da presente época.
Registo ainda para a portuguesa Jessica Inchude, com 18,05 no peso e para as cubanas Silinda Morales Zenea (58,51 no disco) e Ballart Rojas (60,07 no dardo).
Miguel Monteiro em destaque no Meeting World Para Athletics Grand Prix em Paris
O expoente foi o recordista mundial do lançamento do peso F40, Miguel Monteiro, que venceu a prova. Ao quinto ensaio, o atleta da Casa do Povo de Mangualde, alcançou a marca vitoriosa de 11,48 metros. O parcial do recordista português e mundial foi o seguinte: 10,96 – 10,97 – 11,06 – 11,26 – 11,48 – 11,37. O português deixou atrás de si o germânico Yannis Fischer (10,85 m) e o croata Matija Sloup (10,02 m).
Ao segundo lugar do pódio da prova dos 1500 metros subiu Sandro Baessa, atleta do FC Oliveira do Douro, que terminou em 4.01,70, atrás do norte-americano Michael Branningan (3.52,51).
Na mesma distância, mas em T20, Cristiano Pereira, da Casa do Povo de Mangualde, obteve o 4º lugar com 4.03,50, a sua melhor marca do ano.
Entretanto, Ana Filipe, do ACM, da ilha Terceira, subiu ao terceiro lugar do pódio no salto em comprimento, graças ao salto de 5,22 metros (vento: 0,5 m/s), registo que lhe garante a revalidação no Projeto de Preparação Paralímpica. Triunfou a turca Fatma Altin (5,22 metros).
Também no salto em comprimento, Lenine Cunha (Oliveira do Douro) foi sétimo classificado, com 6,16 metros (v: 0,1 m/s).
Entretanto, no Meeting Samorin, a World Athletics Continental Tour silver level, realizado na Eslováquia, Cátia Azevedo foi terceira nos 400 metros, com 52,94.
Nos 400 m barreiras, Vera Barbosa foi também terceira com 57,26.
Por seu lado, Tsanko Arnaudov, no Trond Mohn Games 2022, um meeting de nível bronze do World Athletics Continental Tour, disputado em Bergen, Noruega, foin 2º no peso, com 20,06.