Domingo 24 de Novembro de 1308

Portugal iniciou Liga das Nações com felicidade, empatando com a Espanha

espanha vs portugal jun 2022 ricardo horta

FPF

Num encontro em que os espanhóis tiveram mais iniciativa, apresentaram-se mais frescos – de espírito e físico – e dominaram nos principais vectores, sem dúvida que o empate frente a conseguido frente a Espanha, no seu próprio país, acabou por ser uma bênção para Portugal.

Os espanhóis deram corpo a um sistema de jogo que não deixou Portugal quase “mexer na bola”, com uma defesa articulada que deu boa réplica às poucas investidas “a sério” por parte da formação lusa, a Espanha quase se limitou a gerir o processo, ainda que também não tivesse jogado muito bem.

Apesar da supremacia, consubstanciada em 11-7 remates, dos quais apenas 2-2 para a baliza, os espanhóis somaram 61/39% na posse de bola, mas não souberam engendrar a fórmula que rendesse aquilo que poderiam esperar, vencendo nem que fosse pelo mínimo.

Portugal denotou quase sempre uma falta de ligação dos sectores e, daí, a falta de audácia para chegar mais depressa e mais longe, se bem que (18’) Rafael Leão tivesse tido o golo nos pés, que não se verificou por que chutou com o “pé mais à mão” (esquerdo) e levou a bola a sair perto do poste.

Não marcou Portugal mas a Espanha aproveitou a primeira grande falha da linha média lusa quando (25’), Morata chegou ao 1-0, numa jogada iniciada no meio campo luso, que redundou de uma perda de bola num “desencontro” entre Raphael Guerreiro e Bruno Fernandes, com Gavi a dominar o esférico, isolou-se a partir do meio campo, endossou para Sarabia fez o mesmo para Morata chegar defronte do guardião luso e fazer o 1-0.

Pouco depois (29’), a Espanha podia ter chegado ao 2-0 quando o avançado espanhol Soler surgiu frente ao guardião luso, que ofereceu o corpo à bola, que ressaltou para o mesmo jogador, em que a bola saiu por cima da trave.

Ainda nesta fase mais animada, André Silva (34’) apareceu em boa posição dentro da grande área à guarda dos espanhóis mas rematou com o pé esquerdo, à meia volta, levando a bola a sair muito perto do poste, numa altura em que os portugueses começaram a apresentar desgaste físico, fruto de tentarem controlar a equipa espanhola, sem grande êxito.

No que foi provado pelos 6-3 remates, dos quais 2-0 (um deles a resultar em golo) para a baliza e numa posse de bola de 58/42% para Espanha, comprovando a supremacia espanhola no primeiro tempo.

A segunda parte começou com a bola a ir bater (50’) no braço de Danilo, que os tinha aberto, depois de a bola ter ressaltado no corpo de Bruno Fernandes, tendo os espanhóis protestado porque queriam grande penalidade, o que não foi atendido nem pelo árbitro nem pelo VAR, que foi chamado a intervir.

A falta de competitividade na equipa portuguesa foi notória ainda na primeira parte, mas esperava-se que, com as substituições que tinham que ser feitas (Rui Patrício, Ronaldo e outros estavam no banco), pelo que se esperava uma maior proximidade de Portugal da baliza espanhola para, pelo menos, chegar ao empate.

Ronaldo entrou (62’) mas acabou por ser Ricardo Horta (82’, que tinha entrado dez minutos antes) que resolveu o assunto ao marcar um golo de belo efeito, dando o melhor caminho à bola recebida de Cancelo.

Do lado português voltou a surgir as velhas situações de quedas para tentar ganhar livres e ou cartões amarelos ao adversário (Portugal teve cinco amarelados e a Espanha 3), não tendo o árbitro ido na conversa.

A Espanha voltou a ter o 2-1 nos pés de Jordi Alba (87’), que não certou na baliza, tendo o jogo terminado com o empate a uma bola, lisonjeiro, mas bom para Portugal, porquanto não perdeu pontos de forma directa para um dos candidatos ao apuramento para a fase seguinte.

Registe-se ainda que a Espanha fez 617 passes de bola, enquanto Portugal conseguiu 393.

No outro encontro do grupo de Portugal, a República Checa venceu (2-1) a Suíça e passou a liderar, seguindo-se Portugal e Espanha (1 ponto) e os suíços, com 0.

Apesar de ter marcado dois golos, os suíços perderam porque um deles foi obtido por Djibril (fazendo um auto-golo, 58’), e Okator (44’), enquanto os checos marcaram por Kutcha (11’)

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